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No Rio "pacificado" de Cabral, hospital da PM tem janelas substituídas por paredes para evitar balas perdidas

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O (des) governador Sérgio Cabral adora dizer que o Rio de Janeiro está pacificado, mas pelo o que se vê, nem o próprio Governo do Estado acredita nessa balela. Vejam só a que ponto chegou o Hospital Central da Polícia Militar: a unidade murou as janelas do prédio com uma parede de tijolos com medo de balas perdidas. Inacreditável!

Onde estão os “tempos de paz” de Cabral?

Leiam abaixo a reportagem do Jornal do Brasil.

O Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, está murado. As janelas da unidade mostram que a luz do sol deu espaço a uma parede de tijolos que, segundo a PM, faz parte de “reformas”. Os funcionários, no entanto, têm outra versão: afirmam que foi a única maneira encontrada para proteger pacientes e equipe das balas perdidas que constantemente atingem o lugar, causando pânico em quem precisa circular pelo prédio central.

Localizado na Rua Estácio de Sá, número 20, o hospital foi construído em 1943 com a fachada principal voltada para o Morro de São Carlos, também no Estácio (Zona Norte). Com o avanço da criminalidade e a utilização de armas de longo alcance, a partir da década de 80, o local tornou-se alvo dos traficantes. O caso mais recente ocorreu no último domingo, quando um projétil de fuzil atingiu o quinto andar da unidade, durante um tiroteio entre bandidos e policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Funcionários do hospital afirmam que o problema é frequente e dizem que só após a construção do paredão de tijolos no CTI passaram a se sentir mais seguros.

– É muito comum isso acontecer por aqui. Não é raro eu chegar e uma amiga me contar algum caso de tiro nas paredes ou janelas – conta uma funcionária da limpeza do hospital, que pede para não ser identificada. – Ainda bem que eu nunca vivenciei uma situação dessas, ficaria desesperada. O paredão torna o segundo andar mais seguro.

Em 2004, durante um confronto entre criminosos rivais, tiros atingiram o quarto e o quinto andares do hospital. Balas já perfuraram janelas e fizeram buracos nas pilastras da enfermaria. A Polícia Militar não sabe informar quantas vezes o local já foi alvo de balas perdidas. Quem precisa utilizar o serviço sente medo.

– Estou aqui com o meu filho com a perna quebrada, mas sempre que vejo essa comunidade enorme na minha frente fico receosa – conta Sandra Passo, 62, no setor de ortopedia. Acho que a PM poderia mudar o hospital de lugar.

A PM afirma que não faz planos para transferir a unidade.

Atualmente, o hospital é referência no atendimento de baleados e conta com 400 oficiais de saúde, 600 praças e funcionários civis em seus quadros. Cardiologia, Clínica Médica, Oftamologia, Ginecologia e Urologia são algumas das especialidades do hospital, que tem 257 leitos.

PM nega proteção

Mesmo após a afirmação dos funcionários, o comando da Polícia Militar negou que o muro tenha o objetivo de evitar balas perdidas.

– Atualmente, isso não existe. Porém, se fosse preciso selar as janelas, nós selaríamos.

Afinal de contas, são estratégias que foram utilizadas antes do modelo de pacificação para a violência – afirmou o comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte.

A assessoria de imprensa da corporação alega que os tijolos fazem parte de obras de reparo realizadas no segundo andar. Os trabalhos, no entanto, não foram especificados.

Então tá!