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Paulo Coelho volta a criticar Cabral pela contratação de Tony Blair

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O escritor Paulo Coelho voltou a criticar o governador (???) Sérgio Cabral pela escolha do ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair, para ser assessor das Olimpíadas de 2016, no Rio. A informação foi publicada no site YouPode. Segundo Coelho, “Blair tem as suas mãos sujas de sangue”.

O também escritor e jornalista Zuenir Ventura teme ainda que Sérgio Cabral em mais uma de suas ideias estapafurdias resolva também contratar como consultor George Bush, o "senhor da guerra".

Coelho desmonta uma série de afirmações positivas sobre Blair, mostra a sua decadência junto à opinião pública inglesa, lembra que o outro metido na insanidade da guerra do Iraque (George W. Bush) não recebeu (felizmente) o mesmo convite e que Blair, queiram ou não, tem as mãos sujas de sangue.

Leia abaixo a íntegra da nota do YouPode:

Paulo Coelho volta a criticar contratação de Blair por Cabral: "Ele tem as mãos sujas de sangue"

O prestigiado escritor Paulo Coelho (mais de 100 milhões de livros vendidos em todo o mundo) voltou hoje, pela Internet, a fazer duras críticas ao desejo do governador Sérgio Cabral de contratar o ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair, para ser consultor especial das Olimpíadas Rio-2016. Hoje, na Inglaterra, Blair mais uma vez foi acusado de mentiroso.

Coelho desmonta uma série de afirmações positivas sobre Blair, mostra a sua decadência junto à opinião pública inglesa, lembra que o outro metido na insanidade da guerra do Iraque (George W. Bush) não recebeu (felizmente) o mesmo convite e que Blair, queiram ou não, tem as mãos sujas de sangue.

E faz uma previsão: até maio, os empresários (amigos do governo do Rio) que bancariam a contratação vão rever a sua posição. Por fim, prometeu não se estender mais sobre o tema, mas fará isso se “tamanha barbaridade seguir adiante”.

Leiam abaixo o que escreveu Zuenir Ventura:



Revista portuguesa: “salvem com urgência a Cidade Maravilhosa”

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“O governador e o prefeito, quando estão por aqui, anunciam providências”.

As aspas acima fazem referência ao colunista Zuenir Ventura, que revela ainda que a “influente revista Visão, de Portugal, acaba de fazer um ‘apelo lancinante” às autoridades brasileiras:

“Salvem com urgência a Cidade Maravilhosa”, escreveram na revista.

Leiam abaixo:

O Rio de quem vem ver

Zuenir Ventura

Mais uma reportagem do “El País” detonando o Rio, o que não é nada agradável para a nossa autoestima. Mas nem por isso deve-se permitir que o amor próprio ferido recuse tudo o que o repórter espanhol denuncia, mesmo que ele tenha exagerado nas tintas com que pintou sua incursão no que chama de “cidade de Deus e do Diabo”. Pode-se até alegar que a implacável matéria talvez tenha sido motivada por uma certa dor de cotovelo.

Afinal, Madri não achou muita graça em não ser escolhida para sede das Olimpíadas. Mas, de fato, não há aí inverdades como na semana anterior, quando outro autor do mesmo diário escreveu que na ocupação pacífica do Morro Dona Marta “correu sangue durante dias” (ele nunca deve ter visto tourada). Trata-se agora de longo relato de um enviado especial que entrou “em um inferno de 700 favelas, em um campo de batalhas entre policiais, paramilitares e narcotraficantes, com quase 20 homicídios por dia”. Ele veio para cobrir “a guerra”, e por isso não enxergou mais nada além dela. Às vezes, parece estar falando de Bagdá.

Quando informa que “a Zona Norte é tomada por traficantes” e “a Zona Oeste, conquistada pelas milícias”, ele esquece de advertir que nem todas as regiões do Rio estão conflagradas e nem todo carioca vive em meio ao tiro cruzado. Não adianta reclamar. A sede das Olimpíadas vai estar no foco até 2016.

Em NY, Fortaleza e Campo Grande, Porto Alegre ou Vitória, em todos os lugares onde estive ultimamente, a cobrança é mais ou menos a mesma: como o Rio suporta tanta violência? Por que vocês não fazem nada? A intolerância com o crime é maior de quem está fora do que de quem mora aqui. Não nos escandalizamos nem quando o arcebispo denuncia que os traficantes usam a igreja da Penha para monitorar a polícia. A não ser nas cartas dos leitores, não existe clamor popular.

A indignação por um corpo deixado num carrinho de supermercado não leva mais de 40 pessoas em protesto à orla de Copacabana. “A maioria dos cariocas”, afirma o repórter, “olha para outro lado. Não quer falar da violência.” As autoridades até que falam. O presidente da República promete “limpar a sujeira”. O presidente do STF prega uma “ação articulada do Estado” contra o contrabando de armas e o tráfico de drogas.

O governador e o prefeito, quando estão por aqui, anunciam providências.

A polícia diz que os bandidos estão acuados. Todo mundo parece saber o que fazer. Só não se sabe por que não fazem. Por que governo federal, estadual, municipal, PM, PC, PR, Exército, Marinha, Aeronáutica, Justiça não se juntam para fazer? Enquanto isso, a Terra do Cristo Redentor continuará sendo a cidade do diabo para os jornalistas estrangeiros. A influente revista “Visão”, de Portugal, acaba de fazer um “apelo lancinante” às autoridades brasileiras: “Salvem com urgência a Cidade Maravilhosa’.