Bangue-bangue no Rio "pacificado" de Cabral teve participação de PM e bombeiro

Inacreditável, mas o bangue-bangue na Avenida Brasil, na altura de Guadalupe, registrado pelo jornal O Dia e que chocou os cariocas, teve como “artistas principais” um PM e um bombeiro. Isso mesmo: dois integrantes do Governo do Estado que são pagos para nos proteger e salvar.

Leia abaixo a reportagem do jornal O Dia desta quinta-feira (4)

Faroeste na Brasil teve PM e Bombeiro

Menos de 24 horas depois de O DIA flagrar as cenas de faroeste em plena Avenida Brasil, na altura de Guadalupe, em que um homem morreu e outro ficou gravemente ferido, agentes da Delegacia de Homicídios (DH) conseguiram identificar praticamente todos os personagens desse novo capítulo do bangue-bangue carioca.

O surpreendente é que, além dos atingidos pelos disparos, outros homens que aparecem no flagrante são um policial militar — que veste camisa preta e calça jeans — e um bombeiro, que estava de camisa lilás. É ele que chega a pisar na cabeça de um dos baleados, identificado como Marcio Luiz da Silva, que morreu no local. Antes de deixar a cena do crime, o bombeiro é flagrado pegando a arma que estava escondida na cintura de Márcio.

Os nomes e as patentes da dupla de militares estão sendo mantidos em sigilo pelos investigadores. Mas, no fim da tarde de ontem, o bombeiro se apresentou à Delegacia de Homicídios, onde até o fim da noite prestava depoimento. Já o outro homem que foi atingido por quatro tiros (dois no peito, um no joelho e outro no ombro), reconhecido como Benício Souza Torres, continua internado no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Benício foi levado para a unidade, onde foi operado e está sendo mantido sob custódia policial. Com ele, os policiais apreenderam uma carteira falsa de agente penitenciário.

No quebra-cabeças para tentar desvendar cada passo do crime, a DH já descobriu peças importantes, que remetem a um outro crime, ocorrido em Marechal Hermes minutos antes do duelo. De acordo com informações repassadas à polícia, Márcio e um comparsa teriam praticado uma ‘saidinha de banco’ a um cliente de uma agência do Itaú.

Na pista de descida da Avenida Brasil, cerca de 300 metros antes da entrada do estacionamento de um supermercado, onde ocorreu o confronto, eles teriam parado em um posto de gasolina. Testemunhas ouvidas pela polícia contaram que os dois estariam trocando a placa da moto quando moradores avisaram aos seguranças do comércio local. Na tentativa de fuga, Márcio teria conseguido escapar na moto e entrado no mercado.

Bangue-bangue carioca no Rio "pacificado" de Sérgio Cabral

Os jornais do Rio já começam a dar sinais de independência aos milhões de reais que são despejados pelo governo (???) Sérgio Cabral e mostram – ainda que de forma tímida – que o Rio de Janeiro não está esse paraíso todo mostrado à população por Cabral.

Em reportagem de capa nesta quarta-feira (3), o jornal O Dia mostra o flagrante de uma intensa troca de tiros que terminou com a morte de um homem em meio ao tráfego pesado da Avenida Brasil, um dos locais mais perigosos atualmente na cidade.

A cena registrada pelo jornal lembra bem os filmes de faroeste de John Wayne. A diferença é que em Hollywood os melhores filmes ganham a estatueta do Oscar. Aqui no Rio, a população continua ganhando tiros e a sensação de que a insegurança aumenta a cada dia.

Este foi mais um episódio da violência cotidiana que aterroriza os cariocas.. Ao escutar os disparos, às 13h40, a equipe de reportagem presenciou um ‘duelo’ na entrada do estacionamento de um hipermercado em Guadalupe, que fica ao lado de um ponto de ônibus cheio.

Dois homens travavam um tiroteio enquanto pedestres, apavorados, tentavam fugir das balas. Motoristas que seguiam no sentido Centro, na pista lateral, aceleravam para escapar do fogo cruzado.

O carro onde estava a equipe de reportagem de O DIA seguia na pista central da Avenida Brasil e parou junto à mureta diante do tiroteio.

O confronto se estendeu por pouco mais de um minuto: mesmo feridos, os dois homens não paravam de atirar.

Um deles, identificado como Benício Souza Torres, 30 anos, foi atingido por quatro balas: uma no ombro esquerdo, duas no peito e uma no joelho esquerdo. Já caído no chão, ele continuou disparando contra o rival, reconhecido como Márcio Luiz da Silva, 35 anos.

Baleado, Márcio até tentou escapar correndo pela via. Mas a fuga foi impedida por pelo menos dois conhecidos de Benício que, com armas em punho, o perseguiram por entre os carros. Os dois homens que ainda não foram identificados pela polícia conseguiram atingir Márcio, que caiu. Deitado no chão, ele teve a cabeça pisada por um dos homens que, em seguida, apontou a arma para o rosto dele.

Lamentável!

Avenida Brasil se transforma em um deserto econômico por causa da violência do Rio de Sérgio Cabral

O alto índice de criminalidade registrados na Avenida Brasil transformou a via, que já foi sinônimo de progresso do Rio de Janeiro, em um deserto econômico. Os empresários que ainda resistem à violência, se armam como podem em busca de defesa.

Seguranças particulares, alarmes e câmeras representam gastos elevados. Um custo que impede investimentos em novas contratações, por exemplo.

De acordo com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), em nove meses pesquisados, entre o segundo semestre de 2008 e 2009, foram registrados 74 assaltos a estabelecimentos comerciais. Ou seja, para fazer estatística tem polícia, mas para combater o crime na via não há!

Lamentável!

Serviço de internet de Sérgio Cabral na Avenida Brasil não funciona. Sem fio e sem conexão

Nada com o (des) governador Sérgio Cabral funciona mesmo. Quando funciona, é precariamente. O jornal EXTRA foi a campo verificar a eficiência (ou a falta dela) do serviço de internet gratuita e sem fio da Avenida Brasil.

O programa, lançado no início desta semana pelo (des) governador Cabral, é precário. E a população, que acreditou em outra lorota de Cabral de navegar na internet de graça, ficou mais uma vez a ver navios.

Leiam abaixo todos os detalhes, incluindo um vídeo com o teste, no blog De Lan em Lan, do jornal Extra.

Avenida Brasil: internet sem fio e sem sinal

As antenas repetidoras foram colocadas nos postes da Avenida Brasil, mas o acesso sem fio à internet, lançado esta semana pelo governador Sérgio Cabral, continua na contramão dos usuários de computador que tentam acessar a grande rede na principal via expressa do Rio de Janeiro. O EXTRA testou o serviço e encontrou falhas que comprometem a sua eficiência.

O início da aventura transcorreu sem maiores problemas. Para encontrar a conexão, utilizando um laptop com a configuração recomendada, não houve dificuldade. Logo após o acionamento da chave Wi-Fi, comando que faz o computador buscar os sinais disponíveis no ar, surgiu na tela o ícone Avenida Brasil Digital.

A partir daí, foi só decepção. Teoricamente, bastaria clicar no comando "conectar" para iniciar o passeio pelas ondas do mundo virtual, mas, desde o início da área de cobertura, em Manguinhos, a conexão apresentou variações entre "lenta" e "muito lenta". De acordo com o projeto do Governo do Estado, a internet sem fio iria correr os 58 km da Brasil. Na prática, ela mal conseguiu levantar e tropeçou antes da metade do caminho. Na altura do Jardim América, ainda na Zona Norte da cidade, estabilizou em "muito lenta" até o sinal cair, definitivamente.

A falta de estabilidade da conexão impediu a navegação com um mínimo de qualidade. Devido a um congestionamento na pista, causado por dois acidentes sem gravidade envolvendo ônibus de linhas urbanas, trafeguei por 90 minutos na via expressa, sem acessar um site sequer. Até a página do buscador Google, reconhecidamente leve e pouco exigente com a conexão, se recusou a mostrar sua cara na tela.

No trecho paralelo ao bairro de Marechal Hermes, poucos quilômetros antes da Zona Oeste, o sinal desapareceu e a espera pela conexão ganhou ares de missão impossível. Passaram bairros como Vila Militar e Realengo, ganhei a companhia de outro engarrafamento, mas perdi de vez a possibilidade de acessar a internet.

http://extra.globo.com/geral/casosdecidade/video/2009/16017/