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Sindicato dos Médicos dá a receita contra o mal de Cabral: o voto em outro candidato

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Em artigo publicado no jornal O Dia, o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, critica a postura do (des) governo Cabral de deixar os profissionais da saúde do Estado do Rio de fora dos reajustes e o calamitoso sistema de saúde estadual.

Segundo o médico, “ único caminho para o resgate da dignidade profissional e da qualidade do atendimento à população é o cumprimento da lei. São precisos a implantação imediata do PCCS, o pagamento de salários que façam justiça ao trabalho realizado e uma gestão transparente que respeite o controle social".

De acordo com Darze, "essas são iniciativas que devem ser adotadas para que a saúde seja, de fato, direito de todos. Do contrário, podemos aplicar ainda um remédio sem contraindicação: o voto em outubro”.

Leiam a íntegra do artigo abaixo:

Jorge Darze: Resposta ao governador

Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro

Rio - Pelo terceiro ano, o governo estadual deixa a saúde pública de fora dos reajustes concedidos a outros setores da administração, o que se soma a uma década de vencimentos congelados. Também o fechamento do Iaserj, única e importante instituição de assistência aos servidores, acarretou grande dano aos mais de dois milhões de servidores públicos e seus parentes, que ficaram sem atendimento.

O desrespeito não para por aí. Dizer que o cumprimento da Constituição e da legislação do SUS causou as mazelas conhecidas é absurdo. Justificar que a saída é a privatização da gestão e a terceirização da mão de obra não faz sentido, pois sabemos que os resultados não dependem do modelo empregado, mas da escolha dos gestores, feita por este mesmo governo.

Prova disso são os vários exemplos de gestão pública eficiente, entre eles o do Inca e o do Instituto de Cardiologia de Laranjeiras.

Através desse modelo privatizante, profissionais são contratados sem concurso e com salários que representam 25% dos dos servidores públicos. Como era de se esperar, o Supremo Tribunal Federal vem, através das suas últimas decisões, ratificando normas constitucionais, como a exigência do concurso público e dos servidores estatutários.

O único caminho para o resgate da dignidade profissional e da qualidade do atendimento à população é o cumprimento da lei. São precisos a implantação imediata do PCCS, o pagamento de salários que façam justiça ao trabalho realizado e uma gestão transparente que respeite o controle social.

Essas são iniciativas que devem ser adotadas para que a saúde seja, de fato, direito de todos. Do contrário, podemos aplicar ainda um remédio sem contraindicação: o voto em outubro.

Depois dos fogos da inauguração, a volta à realidade: UPA de São Gonçalo não tem médicos

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Passada a festa do (des) governador Sérgio Cabral em São Gonçalo, junto com o presidente Lula e o prefeito-nuvem Lindberg Farias, eis que a realidade voltou à UPA recém-inaugurada por Cabral.

Um dia depois da inauguração, a UPA de São Gonçalo começou a funcionar sem médicos. Inacreditável!

Leia abaixo a nota publicada na coluna Extra, Extra, do jornal Extra.

Cabral já nem surpreende mais a população com mais uma má notícia

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Sinceramente, esse governo (?) é de uma capacidade de promover más notícias como nunca se viu antes no estado.
A nota acima é da sempre atenta Berenice Seara, do Jornal Extra

Leiam o que Garotinho escreveu em seu blog sobre a mania de Cabral de terceirizar os serviços públicos e se livrar dos problemas para os quais foi eleito para resolver:
http://www.blogdogarotinho.com.br/

Médicos denunciam propaganda enganosa de Cabral na saúde

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Nem os milhões que Cabral despeja em publicidade oficial na imprensa encobre a realidade. É o que demonstra o artigo do presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, publicado hoje no Jornal do Brasil.


Leiam abaixo a íntegra do artigo.

Propaganda enganosa

Jorge Darze, Jornal do Brasil

RIO - É impressionante a campanha publicitária que o governo do estado veicula diariamente nos principais meios de comunicação e nos outdoors espalhados pela cidade com o intuito de vender uma imagem exitosa na gestão da saúde pública do Rio de Janeiro. São cômicos e trágicos os anúncios que falam em “milhões” de atendimentos realizados e “milhares” de exames na área da imagem, inclusive o que mostra um caminhão com um tomógrafo móvel anunciando que o governo vai disponibilizar o equipamento para as populações de várias regiões. Tudo isso, evidentemente, custeado por muito dinheiro retirado de verbas destinadas a assistência da população. É claro que a campanha objetiva minimizar os efeitos da grave crise da saúde pública, que tem abalado o apoio popular ao atual governo, mas ao mesmo tempo demonstra uma total incapacidade de gerir o sistema.

Entrando no quarto ano de mandato do atual governo, continuamos a conviver com as mesmas mazelas divulgadas pela imprensa anteriormente. Com um salário que tem vencimento básico de R$ 151, os médicos do Rio de Janeiro recebem o mesmo valor no contracheque mensal dos últimos 13 anos, o que tem levado a uma grande evasão na área. Até hoje o governo não quis implantar a nossa carreira, aprovada em lei em 2002: uma flagrante violação constitucional. Gritamos, denunciamos, esperneamos através de manifestações e ações jurídicas, mas nada mudou. Inclusive as velhas cooperativas, típicas fraudes ao contrato de trabalho segundo o Ministério Público, continuam sendo contratadas e hoje sustentam uma política salarial discriminatória em que algumas poucas especialidades recebem remunerações correspondentes a quatro vezes mais do que se paga ao médico concursado.

A propaganda diz que são milhões as consultas e milhares os procedimentos realizados. E a qualidade? Ninguém fala dela, que é a questão central, geradora da insatisfação da nossa população. As UPAs, que têm sido o carro-chefe da propaganda governamental, como projeto de assistência à saúde pública, além de muito caras, estão longe de representar a solução do caos atual. Hoje, essas unidades vivem superlotadas, com tempo médio de espera de quatro a cinco horas por atendimento, com déficit enorme de médicos e pacientes internados com longa permanência, o que descaracteriza o seu papel anunciado.

Outro fato que contraria a propaganda oficial pode ser exemplificado pela visita recente realizada ao Hospital Estadual Getulio Vargas por nós, acompanhados pelo deputado Paulo Ramos (PDT), membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Nos espaços que deveriam comportar no máximo 16 pacientes, encontramos mais de 40 macas espalhadas de tal maneira que um paciente ficava quase sobre o outro. Lá, além da grande quantidade de moscas, o forte mau cheiro demonstrava total falta de higiene e de dignidade com o ser humano.

Ao verificar os prontuários de alguns pacientes, constatamos que as visitas médicas obedeciam ao grave déficit de médicos clínicos, o que já foi denunciado por nós. Muitos desses pacientes estavam sem assistência há mais de quatro dias. A sala onde são internados os pacientes graves e que tinha entre eles muitos que deveriam estar num CTI, não tem médicos escalados para permanecer as 24 horas do dia como manda a lei.

Por volta da meia-noite, um homem foi trazido por uma ambulância do Samu com um oficial bombeiro que relatou ao chefe do plantão que o paciente tinha anemia e provavelmente necessitaria de uma transfusão sanguínea. O responsável pela equipe do hospital, médico civil, informou que o seu estoque de sangue era mínimo, contendo algumas poucas bolsas destinadas a casos mais graves como baleados e vítimas de atropelamentos, que poderiam correr o risco de morrer se faltasse sangue.

Foi quando uma carteirada foi dada através de ordem militar determinando que o paciente ficasse mesmo assim, demonstrando que a militarização da saúde se sobrepõe às boas regras do exercício ético-profissional. Aliás, este não será o primeiro nem o último episódio relatado por médicos de outras equipes de hospitais que têm passado por este constrangimento, onde o determinante é internar o paciente de qualquer maneira, sem se preocupar com o atendimento que ele receberá. As ameaças de prisão tornaram-se uma rotina e uma preocupação para os médicos civis do Rio.

Longe de nós querer atribuir àquela corporação militar a responsabilidade por esses desatinos. Não se pode ignorar o excelente trabalho realizado diariamente pelo grupo do GSE além dos atendimentos externos, com a importante redução da mortalidade dos acidentados e baleados face ao pronto atendimento competente. Na verdade, os médicos civis e militares são vítimas do mesmo sistema, que joga em suas costas a responsabilidade de administrar uma crise que não é da sua competência e nem gerada por eles.

Para estarrecer ainda mais, a Resolução nº 187, de 19 de outubro de 2009, retira do Fundo Estadual de Saúde R$ 10 milhões para gastos com publicidade. Além de coincidir com período pré-eleitoral e de não ter tido a aprovação do Conselho Estadual de Saúde, trata-se de uma flagrante violação da legislação do SUS, que vincula os recursos do Fundo às ações em saúde. A dor e o sofrimento do nosso povo e o desrespeito aos médicos são realidades que falam mais alto.

Jorge Darze é presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro.