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Eduardo Paes e Sérgio Cabral ignoram epidemia de crack no Rio de Janeiro

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Calcula-se que hoje pelo menos 1, 2 milhão de pessoas usem crack no Brasil. A maioria jovens. No Rio de Janeiro, de Sérgio Cabral e Eduardo Paes, que tanto apóiam marchas a favor da liberação da maconha, nada foi feito para minimizar um dos maiores problemas da saúde pública enfrentados pela sociedade brasileira no século 21: a epidemia do crack.

Segundo reportagem do Jornal do Brasil, não existem mais vagas para acolhimento de jovens carentes dependentes de crack no município.

Das 60 unidades públicas da cidade, apenas três são direcionadas para adolescentes entre 12 e 17 anos e, nelas, já há 40 meninos e 20 meninas sob acompanhamento.

Hoje, 70% dos 1.200 menores que vivem nas ruas do Rio já tiveram contato com a droga, conhecida por viciar rapidamente.

Em seu blog, o ex-governador Anthony Garotinho destaca a iniciativa da mídia em abordar o assunto, mas faz a ressalva de que a imprensa não comenta o abandono das clínicas gratuitas de tratamento de dependentes, criadas por Garotinho e Rosinha. Muito menos cobrando de Cabral a criação de um programa de atendimento às pessoas que querem se livrar do vício.

Segundo Garotinho, “só para vocês terem uma idéia do absurdo, o governo do Estado não tem hoje uma única vaga para tratamento de dependentes de crack. Justamente a droga que mais avança e mais mal provoca. É como se o crack não existisse para Cabral. Descaso total!”

Lamentável!

Leiam abaixo a reportagem do site G1 e o post sobre o tema no Blog do Garotinho:

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/06/epidemia-de-crack-esta-fora-de-controle-adverte-especialista.html

http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=6006

Glória e Catete, abandonadas por Eduardo Paes, viram refúgio do crack

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Alô Eduardo Paes. Olha o que está ocorrendo em dois dos mais tradicionais bairros do Rio de Janeiro. Além dos travestis à noite, fazem parte do cenário degradante moradores de rua usando crack, jogados pelas calçadas, em plena luz do dia. Com as ocupações de outros morros, a cracolândia mudou-se para o Santo Amaro, no Catete.

Uma vergonha!


Leia abaixo a íntegra da reportagem do Jornal do Brasil


O novo refúgio do crack

A atenção dedicada pelas autoridades municipais e estaduais aos bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon é motivo de inveja para moradores e comerciantes da Glória e do Catete, situados na mesma região da cidade, mas considerados por muitos o lado B da Zona Sul do Rio.

Os problemas enfrentados por esses dois bairros podem ser constatados com uma simples caminhada. Além do abandono de monumentos como a murada da Glória – tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1983 – prostitutas, feiras ilegais e moradores de rua usando crack, bebendo ou jogados pelas calçadas também fazem parte do cenário degradante. Com as ocupações de vários morros da Zona Sul, usuários migraram, aumentando a frequência na cracolândia do Morro Santo Amaro, no Catete.

– A nossa vida não está fácil. Peço para clientes não comprarem fraldas para os pedintes. Sei que eles vão vender o produto para comprar crack – revela Geraldo Souza, 40, proprietário de uma farmácia.

Os problemas são confirmados por um jornaleiro da região que, no entanto, prefere não se identificar.

– Já presenciei brigas com facas no meio da rua. Os clientes deixaram de parar para comprar jornais ou revistas com medo de serem abordados pelos viciados – destaca.

Mesmo sendo proibida pela Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), uma feira de antiguidades funciona diariamente nas calçadas da Rua da Glória, em frente ao Palácio São Joaquim. O presidente da Associação de Moradores do bairro, Mauro Vidal, diz que mulheres e idosos são os maiores alvos dos drogados.

– Não estamos reclamando de violência armada. O problema é que até menores estão cometendo delitos na nossa região devido ao consumo do crack. Eles atacam idosos ou mulheres que não sabem se defender – afirma.

A Igreja do Outeiro da Glória, tombada desde o ano de 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), serve de residência e local de uso de drogas para moradores de rua. Alguns deles montam verdadeiras casas, com lonas nos acessos à igreja. A prostituição masculina é outro problema que incomoda os moradores.

– Tenho um bar na Rua Correia Dutra, no Catete, e moro na Glória. Quando passo na Rua Augusto Severo com a minha filha pequena, ela sempre pergunta o que são aquelas pessoas vestidas daquela forma – conta o comerciante Carlos Martins, 41 anos.

Uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que já beneficia nove comunidades, parece ser o grande sonho de moradores.

– Se o governo olhasse com mais cuidado para os dois bairros, perceberia que uma UPP resolveria os problemas. A ocupação do Santo Amaro acabaria com o consumo de crack – analisa o coordenador jurídico Rafael Vilela, 33.

A Secretaria de Segurança informou que o Morro Santo Amaro está entre os 100 estudados para a implantação de UPPs, mas não confirmou se a favela será beneficiada ainda este ano, quando 40 comunidades devem receber o policiamento comunitário.

Prefeitura programa ações diárias nos bairros

Funcionários da Operação Bacana, realizada pela prefeitura nas ruas da Zona Sul do Rio, realizaram uma ação na semana passada nos dois bairros. Depois de visitar alguns pontos como o Outeiro da Glória, onde famílias inteiras foram localizadas morando em barracas, 34 pessoas acabaram conduzidas para abrigos municipais, entre elas 13 menores de idade.

De acordo com o coordenador da Operação Bacana, Marcelo Maywald, a partir de agora haverá uma intensificação nas ações.

– Atuaremos diariamente nessa região com aproximadamente 10 homens. Percebemos que o Catete e a Glória estavam mesmo precisando de uma atenção maior da nossa operação – analisou.

Enquanto desencadeava as operações na Rua Cândido Mendes, na Glória, muitos moradores se apresentavam ao coordenador das ações para reclamar da presença de usuários de crack dormindo e abordando pessoas nas ruas.

Num primeiro momento, serão realizadas ações em três turnos para conseguir combater também a prostituição.

– É uma questão mais complicada de se resolver. Não podemos prender pessoas pelo simples fato delas se prostituírem. Somente se acharmos alguém que esteja agenciando a prática sexual – lembrou.

Monumentos são os mais vandalizados da cidade

Responsável por cuidar dos monumentos do Rio, a Fundação Parques e Jardins prometeu uma atenção especial aos dois bairros. Segundo a diretora de monumentos e chafarizes, Vera Dias, a área é a mais prejudicada da cidade pelas ações de vandalismos.

– Naquela região da Glória e do Catete, há uma circulação muito grande de veículos, mas o número de pedestres é reduzido. Isso acaba facilitando a ação de quem depreda o patrimônio público – contou.

Sobre a murada da Glória, Vera Dias informou que a obra é feita de ferro fundido, material que possui um custo muito elevado. Ainda de acordo com ela, o trecho da construção que teve o parapeito danificado já está no orçamento municipal, mas ainda não existe a previsão de recolocação da obra.

Baixada no Catete e na Glória

Segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência Social, pessoas se concentram nas ruas dos dois bairros pelos mais diversos motivos. Há ainda um significativo número de sem teto que migrou da Baixada Fluminense para as calçadas doa região. Segundo a pasta, o local possui uma distribuição considerável de comida e esmola, o que colabora para a concentração da população de rua nos passeios públicos.

O tenente-coronel Antônio Carballo, que na última quinta-feira assumiu o comando do 2º BPM (Botafogo) – responsável pelo policiamento nos bairros da Glória e do Catete – prometeu reforçar o efetivo naquela na área e combater as cracolândias existentes.

O novo comandante contou que precisa de alguns dias para poder fazer um diagnóstico completo dos principais problemas dos bairros

– Eu tenho que concentrar esforços para combater roubos de veículos e a transeuntes. Só não sabemos se as ações estão diretamente relacionadas com a questão das drogas ou com uma explosão da violência – afirma o tenente-coronel Antônio Carballo.

Segundo as últimas estatísticas apresentadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), houve aumento dos crimes de roubo a estabelecimento comercial e roubo a residência no comparativo do acumulado nos dois últimos anos nos bairros da Glória, Catete e Botafogo. Apesar disso, a Polícia Civil preferiu não comentar os números.

Horror dos horrores: agentes públicos drogam menores presos para evitar rebeliões

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A capacidade do ser humano de atingir cada vez mais a degradação parece, infelizmente, não ter limites.

É o que se constata lendo abaixo a reportagem do jornal O Dia, na qual se fica sabendo – horror dos horrores – que, para evitar rebeliões, agentes públicos distribuem crack – a mais terrível das drogas – a menores que deveriam receber tratamento contra o vício.

Isso ocorre nas celas do Departamento Geral de Ações socioeducativas.

A ‘terapia’ do crack
Menores relatam que, para evitar rebeliões, agentes distribuem pedras da droga em unidades do Degase


POR MAHOMED SAIGG

Rio - A dependência do crack — droga que causa a maior parte das internações de menores infratores no Rio — pode estar sendo alimentada justamente onde deveria ser tratada: nas celas do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). As pedras da ‘droga da morte’, segundo relatos dos próprios internos, não circulam ali às escondidas, tampouco são vendidas aos adolescentes. Elas foram a ‘receita’ encontrada por grupo de agentes para acalmar os ânimos dos internos durante as frequentes crises de abstinência.

De acordo com o depoimento do adolescente M., 17 anos, ouvido por O DIA no Educandário Santo Expedito, em Bangu, a droga é distribuída pelos servidores rotineiramente. “Os funcionários sabem que somos viciados, e que se a gente ficar muito tempo sem crack vai arrumar tumulto na cadeia (sic). Todo mundo fica muito nervoso quando dá vontade de fumar e não tem (crack). Por isso eles dão umas pedras pra gente se acalmar”, revelou o garoto, que há três anos é dependente da droga.

O deputado Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, que também ouviu o depoimento de M., vai cobrar explicações da direção do Degase e da Secretaria Estadual de Educação. “Vamos exigir que identifiquem e afastem os agentes que estão distribuindo drogas. Isso leva os garotos para um caminho sem volta”, alertou.

O defensor público Carlos Benati também quer mudanças. “Nenhum projeto de ressocialização pode conviver com a tortura e a distribuição de drogas”, frisou.

Procurada pela reportagem do DIA, a direção do Degase informou que “alguns adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação podem receber, cumulativamente, a medida protetiva de tratamento ao uso de drogas”, e que todas as unidades do Degase possuem núcleos de saúde mental, com assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras capacitados para atendimento especializado.

‘ACORDO’ COM INTERNOS

“Os funcionários que não sabem do esquema pensam que é a nossa família que traz as pedras. Eles nem imaginam que são os próprios colegas deles que fortalecem a gente. É como se fosse um acordo que a gente fechou: eles conseguem crack pra gente e ninguém tumultua a cadeia”, explicou outro menor, que experimentou o crack e se viciou dentro do Educandário Santo Expedito.

Mais em:

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/12/a_terapia_do_crack_54750.html