Pra variar, mas só pra variar mesmo, a culpa é da população. É dessa forma que o Governo do Estado de Sérgio Cabral sempre reage quando há algum problema no Rio de Janeiro, não é mesmo?
Desta vez, a Cedae culpa os moradores e os comerciantes do Leblon pelo mau cheiro que toma conta do bairro quando chove forte.
E fica aqui a pergunta do blog: será que um desses moradores que causam o mau cheiro no bairro é o viajante governador Sérgio Cabral, que pernoita no bairro quando visita o Rio de vez em quando?
Não adianta: mesmo querendo tirar o corpo fora de novo - como faz sempre - Cabral tem culpa pelo cheiro de cocô no Leblon.
Leia abaixo a íntegra da reportagem de O Globo
Sempre que chove, o morador do Leblon já sabe que terá que conviver com o mau cheiro em algumas ruas do bairro. A associação de moradores acredita que o problema seja gerado pela galeria de esgoto, que costuma transbordar nas calçadas. A Cedae garante que não há vazamentos e culpa as ligações clandestinas de esgoto nas galerias de águas pluviais. Segundo o presidente da companhia, Wagner Victer, comerciantes e condomínios também contribuem para o mau cheiro porque não possuem sistemas adequados de esgotamento de gorduras.
De acordo com Victer, só na Rua Dias Ferreira, três comerciantes foram notificados porque seus estabelecimentos não tinham um sistema de caixas de gordura adequado:
- O cheiro ruim é provocado pelas ligações clandestinas de esgoto na galeria de águas pluviais e isso é responsabilidade da prefeitura. O que também acontece é que muitos comerciantes não têm um sistema regular e fazem ligações indevidas da caixa de gordura com as galerias de águas pluviais ou mesmo nas sarjetas para não terem que limpar o sistema. Existem casas, por exemplo, que viraram restaurantes e seus proprietários não adaptaram o sistema interno. Isso é comum no bairro.
Ele acrescentou que alguns condomínios contribuem para o mau cheiro e avisa que fará uma fiscalização no bairro:
- Alguns prédios, quando limpam a caixa de gordura, jogam os detritos no ralo. Vamos fazer um levantamento dos prédios e comércios da Ataulfo de Paiva e da Dias Ferreira, as mais problemáticas, e quem estiver irregular será notificado. O responsável terá um prazo para corrigir a irregularidade e, quem não fizer isso, será multado e o caso, encaminhado ao Ministério Público.
A Secretaria municipal de Obras também se comprometeu a enviar técnicos da Coordenadoria Geral de Conservação para fazer uma vistoria nas galerias de águas pluviais do bairro em busca de ligações clandestinas de esgoto.
A presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig, conta que, frequentemente, há bueiros de esgoto vazando nas ruas do bairro:
- Sempre que isso acontece, o reparo da Cedae é imediato. Mas acho que o bairro precisa de uma obra mais estrutural, principalmente na Ataulfo de Paiva e na Dias Ferreira. O Leblon cresceu, mas a infraestrutura não acompanhou.
Clique no link e leia a íntegra da reportagem:
