O Rio "pacificado" de Cabral e Beltrame é assim: cabines são retiradas de bairros da Zona Norte e outras blindadas ficaram na promessa

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O (des) governador Sérgio Cabral e o secretário de (in) Segurança, José Mariano Beltrame parecem acreditar mesmo que o Rio não é violento.

Vejam só o que ocorreu no Grajaú e na Tijuca. As cabines da PM foram retiradas dos locais definitivamente, causando revolta e indignação nos moradores dos dois bairros da Zona Norte do Rio, região onde há altos índices de criminalidade e presença de inúmeras favelas dominadas por diferentes facções.

Além disso, cabines blindadas que seriam instaladas pela cidade ficaram na promessa, e as torres também caíram no esquecimento.

Uma vergonha!

Leiam abaixo:

Fim de cabines da PM causa revolta
A retirada de uma cabine da Polícia Militar, semana passada, de um dos acessos ao Morro da Divineia, no Grajaú, provocou revolta de moradores da Rua Caçapava. A insatisfação é semelhante à de quem mora próximo à Praça Xavier de Brito, que também perdeu uma cabine. A PM informou que, em cada ponto, haverá uma dupla com um veículo para patrulhamento.

Instalada há mais de dez anos, a cabine da Rua Caçapava foi retirada definitivamente na quarta-feira. Moradores contaram que, na madrugada de sábado, traficantes fizeram barricadas com móveis velhos e entulhos, enquanto homens armados circularam de moto ‘avisando’ que eles agora controlavam a área. Um caminhão da Comlurb foi ao local no dia seguinte retirar os móveis que fechavam a parte alta da rua.

Na Praça Xavier de Brito, na Tijuca, polícia diz que medida foi estratégica

“Não havia mais confrontos, nem boca de fumo, nem bandido armado. Não tinha sequer ‘aviãozinho’ pela rua. Vivíamos em paz. Eles agora já revistaram moradores e queriam saber quem entrava na rua. A polícia saiu e deixou o tráfico voltar. Estamos com medo”, desabafou um morador da Praça Xavier de Brito.

A assessoria de imprensa informou que a cabine da Praça Xavier de Brito foi retirada por questão estratégica. A PM não informou se outros bairros também ficarão sem os cabines e afirmou que o comando da corporação está reavaliando todas as modalidades de policiamento.

Um absurdo!

Cabines blindadas ficam na promessa - como sempre

Enquanto cabines são retiradas de locais com altos índices de criminalidade, das 60 cabines blindadas anunciadas por Cabral ficam na promessa. Apenas 24 foram instaladas. Cada unidade custou R$ 96 mil aos cofres públicos.



Outra promessa de Cabral também está em atraso

Anunciado por Beltrame para aumentar a segurança dos policiais militares, as torres estão atrasadas. O prazo para a instalação das cabines era novembro de 2008, mas até o momento somente duas torres foram instaladas. Uma vergonha!

Serviços públicos de Cabral desagradam população

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De um ano para cá, o percentual de cariocas insatisfeitos os serviços públicos oferecidos no Rio se manteve, mas os usuários descontentes afiaram suas críticas em comparação ao ano passado, aponta pesquisa da ONG Rio Como Vamos, publicada hoje no jornal O Dia.

Entre os serviços precários destacados estão transporte e segurança: em Transporte, por exemplo, ‘superlotação’, ‘falta de conforto’ e ‘mau estado mecânico’ receberam 26 queixas a mais este ano.

Os passageiros mais críticos — que deram notas de 1 a 5 — explicaram o porquê: o metrô, por exemplo, lidera o número de reclamações de superlotação este ano, com 37, e os trens, com a falta conforto, com 24 votos.

Usuários do sistema metroviário, diante da enxurrada de reclamações contra o serviço, organizam, via Internet, um boicote ao serviço. O movimento prega que o metrô não seja usado dia 30.

Em Segurança, a maioria continua insatisfeita: nota 4,8. Mas Cabral e Beltrame acham que o Rio de Janeiro "não é violento" e vive "tempos de paz".

Casa de ferreiro, espeto de pau: maioria dos prédios da Prefeitura de Eduardo "Cabralzinho" Paes não tem habite-se

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Em agosto, a vereadora Clarissa Garotinho já tinha feito a denúncia de que o prédio localizado na Rua Afonso Cavalcanti 455, onde fica o Centro Administrativo São Sebastião (Cass), principal sede da prefeitura, não tinha habite-se.

Agora, reportagem do jornal O Dia revela que levantamento feito em 26 prédios ocupados por órgãos municipais mostrou que 14 deles estão sem a licença. Entre eles, sedes da Guarda Municipal, Comlurb e a Procuradoria Geral.

Casa de ferreiro, espeto de pau. Apesar de adorar mostrar para a mídia o combate às construções irregulares, a Prefeitura do Rio tem mais da metade de seus prédios oficiais sem habite-se — documento atestando que o imóvel segue as exigências da legislação para ocupação do solo.

Os edifícios irregulares da prefeitura abrigam ainda os seguintes órgãos: Geo-Rio; Vigilância Sanitária Municipal; Suprefeitura do Centro; Suprefeitura da Zona Oeste; Imprensa da Cidade; Fundação Parques e Jardins; Escola Municipal Campos Sales, secretarias de Transporte, de Trabalho, de Habitação, de Ciência e Tecnologia e o Centro de Acolhimento Dom Hélder Câmara.

Bombeiros cobram gratificação, e Cabral debocha dos profissionais

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O (des) governador Sérgio Cabral foi criticado e cobrado na segunda-feira por cerca de 1.200 Bombeiros Militares, quando tentava contar as suas mentiras no Maracananzinho. Assim como os policiais, professores, médicos e tantos outros, os Bombeiros Militares não acreditam mais nas promessas de Cabral.

Leiam abaixo reportagem do Uol Notícias

Sérgio Cabral se desentende com bombeiros durante evento contra a dengue
Vitor Abdala

Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, desentendeu-se hoje (23) com uma plateia de 1.200 bombeiros no Ginásio do Maracanãzinho, durante lançamento da campanha Cultura Antidengue e da apresentação dos militares que vão atuar como agentes contra focos de mosquito em seus horários de folga.

Em dois momentos, os bombeiros discordaram, em coro, do que discurso de Cabral. Na primeira ocasião, Cabral disse que os bombeiros recebem uma gratificação de R$ 700 pelo trabalho contra a dengue. Em coro, os bombeiros responderam "não" e passaram a se manifestar cada vez que o governador repetia o valor, que é repassado ao estado pelo Ministério da Saúde.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio, o valor pago é de R$ 566. Apenas somando-se os R$120 de auxílio-alimentação é que o valor se aproxima de R$ 700, chegando a R$ 686.Em resposta à reação dos bombeiros, Cabral disse que aqueles que quisessem poderiam desistir do trabalho antidengue, porque havia dois mil bombeiros esperando pela oportunidade.

Em outro momento, quando Cabral voltou a falar de gratificações no Corpo de Bombeiros, a plateia se manifestou contra o governador mais uma vez. "Eu estou numa assembleia do Corpo de Bombeiros ou no lançamento do [programa contra] dengue? Não estou entendendo. A gente está falando aqui de salvar vidas. E a gratificação que estamos dando está dentro da realidade orçamentária do estado", disse Cabral.

Lamentável as palavras do (des) governador Cabral.

Os policiais, também pais de família, estão morrendo por nada

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Leiam abaixo o artigo do editor de Cidade do Jornal do Brasil em que cobra ações mais inteligentes do Governo Cabral na luta contra a violência no Rio de Janeiro.

Carta aberta ao governador do Rio
Marcelo Migliaccio

mm@jb.com.br
jblog.com.br/rioacima.php

Governador Sérgio Cabral, permita-me tratá-lo por “você”, porque finalmente a nossa geração chegou ao poder. Decidi escrever-lhe esta carta após o nosso encontro do último dia 12, quando, com muita coragem, você defendeu a legalização das drogas – desde que numa decisão internacional respaldada pela ONU e a OMS – como alternativa para frear os violentos combates entre policiais e traficantes.

Ocorre que essa decisão, se um dia vier a ser tomada, ainda está longe de acontecer. E, enquanto as liberdades individuais não chegarem a esse requinte, muitas pessoas inocentes vão morrer pelo simples fato de viverem em favelas. Os embates entre traficantes armados até os dentes e policiais militares e civis atingiram uma virulência impensável, capaz de derrubar helicópteros e avariar veículos blindados.

Pela lei brasileira, um gover-nador de estado não tem o poder de acabar com a proibição das drogas, mas pode colocar um ponto final nesta guerra que não leva a nada, a não ser à desgraça de famílias que não têm dinheiro para morar longe dos esconderijos das quadrilhas.

A cada três meses, o Instituto de Segurança Pública divulga os números do combate ao crime: quilos e mais quilos de drogas apreendidas, novas prisões de bandidos que superlotam as cadeias. Mesmo assim, o poder do tráfico só aumenta. No lugar de um traficante morto ou capturado, há sempre, infelizmente, um substituto pronto para entrar.Governador, há décadas, a nossa polícia está enxugando gelo.

Os policiais – também pais de família – estão morrendo por nada, porque não há efeito prático nenhum nessas operações. Crianças, trabalhadores, aposentados são vitimados quase semanalmente pelas famosas balas perdidas. Não são meus filhos, governador, nem seus.Mas são os filhos do garçom que nos serve no restaurante, da faxineira que deixa nossas casas um brinco ao fim de uma dura jornada de trabalho, dos operários que movem nossas indústrias. Essas são as maiores vítimas de uma guerra que pode mudar de rumo com uma simples decisão sua.

Não dá para ler no jornal que crianças de escolas públicas estão sendo treinadas para se abrigar de tiroteios. Nem que o estresse delas é semelhante ao dos meninos e meninas iraquianos ou bósnios.Acabe com isso, governador, você pode. Dê-nos de presente de Natal a paz! Invista mais em Unidades de Polícia Pacificadora, e menos em caveirões. Fiscalize melhor as fronteiras estaduais por onde entra esse armamento pesado.

Quando o estado chega com cidadania, a bandidagem some.Sem um tiro sequer.Incomoda o fato de a polícia agir de formas diferentes em situações análogas, revelando preconceito.Quando recebem um aviso de que há um assalto com reféns, como os policiais procedem? Cercam o lugar. Não invadem para não colocar em risco a vida de inocentes. Isso é ensinado em qualquer academia de formação de oficiais e praças: preservar a vida do cidadão primeiro, depois tentar prender o marginal.

Mas, nas favelas, onde a população é obrigada a conviver com os traficantes – já que é refém da sua própria condição financeira – esse preceito é ignorado. Em suas incursões, a polícia contraria seu primeiro mandamento, que é resguardar o cidadão honesto que está na linha de tiro.Vamos investir na inteligência, no combate ao crime com precisão, na antecipação dos conflitos entre quadrilhas e das invasões como a desta semana na Tijuca.

Cerquemos as favelas, asfixiemos a venda de drogas e quando a polícia entrar, que seja para ficar. Mas não disparemos mais nenhum tiro. Podemos vencêlos sem desgraçar famílias cujos mortos não serão repostos no dia seguinte como acontece com drogas, armas e soldados do tráfico.

Burocracia e falta de equipamento de fotocópia prejudicam doentes crônicos no Hospital dos Servidores do Estado

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Leiam abaixo a crítica publicada na coluna Informe do Dia sobre o comércio de fotocópias na porta do Hospital dos Servidores do Estado. Como a farmácia do hospital não tem máquina de fotocópia, doentes crônicos são obrigados a pagar caro por três cópias de um formulário.



O despreparo de Eduardo Cabralzinho Paes com o choque de ordem

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Em artigo assinado no domingo no jornal O Dia, o diretor de teatro e cineasta Moacyr Goes critica a absurda ideia do prefeito Eduardo "Cabralzinho" Paes, com seu (des) choque de ordem fajuto, de proibir a venda de cocos nas praias cariocas.

Leiam abaixo:

Retrato do despreparo
Diretor de teatro e cineasta
Rio - Pode ser desastroso, ou até risível, quando a vontade repressora não vem de uma compreensão dos valores éticos, morais e culturais que regem uma sociedade. Explico: querem proibir a venda do coco nas praias! No Rio de Janeiro!

Sugerem beber da caixinha industrializada. A alegação é que o coco suja. Por que não se faz uma campanha de educação e a Comlurb não se prepara para limpar? Parece piada, mas é loucura, e sem método.

No que querem transformar o Rio de Janeiro? Alegam que numa cidade ordeira. Isso eu também quero, mas que ainda permaneça Rio, com suas referências culturais. Por esse caminho ainda veremos piorar e vou logo dando algumas sugestões.

Podemos fazer uma campanha para embagulhar as mulheres e impedir o turismo sexual. Azulejar a praia para evitar micoses. Matar os cachorros e gatos (como fez Mao Tse-Tung) para não mais sujarem as ruas.

Poderíamos também comprar carros sem rodas, para impedir engarrafamentos e estacionamentos irregulares, pois eles não sairão da garagem. Ou sugerir às companhias de cigarro que adicionem quantidades exorbitantes de nicotina para matar logo quem fuma. Assim os doentes não gastam grana do estado com tratamento e não é preciso resguardar o direito de quem insiste.

E que tal fechar o Maracanã e o Engenhão para as torcidas e evitar brigas e bebedeiras. Que vejam pela televisão e bebam em casa.

Há coisas que beiram o ridículo, mas que, depois de um olhar mais atento, revelam o despreparo e uma motivação apenas moralista pela ordem.

Piscinão de São Gonçalo vira campo de pelada de futebol

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Um dos principais projetos de lazer do governo Rosinha Garotinho, o Piscinão de São Gonçalo está abandonado pela prefeitura local e esquecido pelo atual governo do estado e virou campo de pelada, conforme nota publicada na coluna Informe do Dia.

Vejam abaixo:


Falta de estrutura de UPA de Cabral faz família desistir de doar órgãos

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A falta de um neurologista em uma UPA de Cabral na Zona Oeste do Rio fez com que a família de Eunice Pereira, de 41 anos, passasse por um calvário para constatar a morte cerebral dela, o que acabou inviabilizando a doação de órgãos da paciente. A demora no diagnóstico foi de mais de 20 horas.

Eunice morreu, no sábado, de parada cardiorrespiratória na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campo Grande. O médico constatou a morte, mas o Rio Transplante - que coordena a doação de órgãos no estado - exige que o óbito seja confirmado por um neurologista, com o uso de um tomógrafo.

De acordo com parentes de Eunice, após a morte dela, às 18h de sábado, o médico da unidade sugeriu a doação dos órgãos. A família concordou, mas a equipe do Rio Transplante não apareceu. Às 11h de ontem, os médicos ainda aguardavam a chegada de um neurologista para constatar a morte encefálica. Um médico contou que o problema começou quando, ao ligar para o órgão, uma enfermeira exigiu que antes fosse feita uma tomografia:
Sobrinha de Eunice, Elaine Pereira contou que um parente passou a noite na UPA para assinar os papéis da doação:
- Foi muita confusão. A começar pelo médico da UPA, que chamou o pessoal do transplante sem antes fazer os procedimentos necessários.

Leiam abaixo também artigo do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro ressaltando que os médicos também são vítimas da bagunça na saúde pública.

Os médicos também são vítimas
Luís Fernando Moraes , Jornal do Brasil

RIO - É consenso que todos nós, médicos ou não, estamos cada vez mais expostos à crescente violência que atinge as principais cidades do país. Não há mais o local ermo ou o horário crítico para se evitar a fim de não correr riscos desnecessários. Esta nova dinâmica também repercutiu nas unidades de saúde do Estado do Rio de Janeiro. Se a atuação dos médicos era antes respeitada pelos criminosos, hoje eles são reféns em potencial. Não faltam relatos de sequestros de ambulâncias e de profissionais para atendimento de feridos em confrontos, de invasões a hospitais para execução de rivais ou de resgates de pacientes custodiados feitos por bandidos fortemente armados.

Nos últimos anos, uma série de episódios de violência contra médicos e hospitais dominou o noticiário. As balas perdidas atingem com tanta frequência os hospitais próximos a áreas de conflito – como o Bonsucesso, o Andaraí e o Getúlio Vargas – que surgiram boatos de que algumas unidades seriam blindadas pelo Ministério da Saúde.

Há quase um ano, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – Cremerj - denunciou às autoridades que traficantes praticavam atos de violência dentro do Hospital Orêncio de Freitas, em Niterói. Aterrorizados, médicos, funcionários e pacientes denunciavam que traficantes circulavam livremente pela unidade e cometiam sequestros-relâmpagos e assaltos no estacionamento, nos corredores e até na cozinha do hospital, que é considerado referência na formação de cirurgiões.

Medidas extremas já foram tomadas por conta da guerra urbana. A violência forçou a desativação do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, que ficava no Caju, por exemplo. Desde o seu fechamento em 2008, o Rio não conta com um hospital referência em tratamento de doenças infecciosas. Isto mostra que a maior prejudicada pela violência e pela falta de presença do Estado é a própria população.

Nos deslocamentos para os plantões, muitas vezes em horários de pouco movimento nas ruas, os médicos correm riscos. Um dos casos mais recentes é o do pediatra que foi baleado ao sofrer tentativa de sequestro-relâmpago, quando saída do plantão na UPA de Belford Roxo. Trabalhar diretamente com o público também é complicado. Ameaças de morte para forçar atendimento também são rotineiras nas emergências superlotadas.

Médicos peritos também reclamam da violência a que estão expostos nas unidades da Previdência Social. São constantes os casos de agressão por parte dos pacientes insatisfeitos, que querem manter a licença médica a qualquer custo. Cadeiras e mesas dos consultórios foram pregadas no chão para evitar que sejam usadas como armas.
Por conta desta total falta de segurança, reduz a cada ano o número de jovens médicos que aderem às chamadas para integrar equipes na linha de frente - serviços de urgência e emergência - de unidades de saúde localizadas em áreas mais críticas. Esta evasão, a médio prazo, será refletida na dificuldade de formar equipes na rede pública de saúde. E quem vai sofrer de imediato é a comunidade, já vítima do descaso das autoridades.
Esta atitude dos médicos é uma medida de autodefesa. Não se pode condenar um cidadão que abre mão da possibilidade de salvar vidas, para proteger a sua integridade física. É do Estado a obrigação de investir em ações para conter a violência, além de preservar e proteger as unidades de saúde. Os profissionais que atuam nestas unidades precisam de garantias para prosseguir com seu trabalho com tranquilidade.

Não podemos ser reféns deste sistema que expõe o médico e o isola em supostas “zonas de segurança” bem afastadas das pessoas que mais precisam de atendimento e acompanhamento na saúde pública. Somente uma mudança de paradigma, com investimento em saúde básica, em educação e em esportes, poderá modificar o status quo. É preciso acenar para a população com a possibilidade de ascensão e de inclusão social e não apenas repressão policial.

Luís Fernando Moraes é presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – Cremerj.
Leiam abaixo a bronca da coluna Informe do Dia para o descaso do Samu no atendimento a uma mulher em Sepetiba, que morreu devido a falta de uma ambulância para socorrê-la.


Segurança Pública do Rio de Janeiro "pacificado" de Cabral é reprovada

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Pesquisa do Ibope para a ONG Rio como Vamos, publicada na coluna Informe do Dia nesta segunda-feira, revela que a segurança no Rio de Janeiro "pacificado" de Cabral e Beltrame recebeu nota vermelha: 4,8, na média.

Dos entrevistados para a pesquisa, 17% declararam que algum conhecido tinha sido assassinado nos 12 meses anteriores.

Ou seja, não adianta o (des) governador Sérgio Cabral e o secretário de (in) Segurança Pública acharem que o Rio de Janeiro não é violento ou pacificado. A população conhece muito bem o lugar onde mora e sabe, infelizmente, que a violência ronda a todos no Rio de Janeiro.

Por que Garotinho de novo: Édino Fonseca

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O Deputado Estadual Édino Fonseca (PR) também quer ver Anthony Garotinho de novo à frente do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Assista ao video abaixo:

Por que Garotinho de novo: Geraldo Pudim

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O Deputado Federal Geraldo Pudim (PR) também quer ver Anthony Garotinho de novo à frente do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Assista ao video abaixo:


Sérgio Cabral e Eduardo Cabralzinho Paes estão de “parabéns”. Exportaram empregos que seriam do Rio.

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Leiam abaixo:

Entrada da Cia. Aérea Azul em Campinas impulsiona economia local

CAMPINAS - A entrada da Azul no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, em dezembro passado, abriu uma guerra entre as principais companhias aéreas no setor, fez cair as tarifas em até 50%, ampliou o fluxo de pessoas no terminal e turbinou o volume de negócios na cidade paulista, é o que mostra matéria de Erica Ribeiro, publicada nesta sexta-feira, no GLOBO.

O movimento de embarque e desembarque praticamente triplicou entre 2008 e 2009. De janeiro a outubro do ano passado, 912,5 mil pessoas passaram pelo aeroporto. Este ano, no mesmo período, foram 2,604 milhões, segundo a Infraero. Até dezembro, a estimativa é que esse número atinja 3,2 milhões - também o triplo de 2008 e o equivalente à toda população da Região Metropolitana de Campinas.

Propulsora desse crescimento, a Azul, fundada pelo empresário David Neeleman, chegou a escolher o Santos Dumont para iniciar suas atividades. Mas, diante da resistência do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes - contrários também à abertura do terminal carioca para voos além da ponte aérea - a Azul optou por Viracopos.

A reportagem mostra ainda que o aeroporto da cidade emprega dez mil pessoas e que para Adalberto Febeliano, diretor de Relações Institucionais da Azul, o Rio continua nos planos da empresa, mas que tudo dependerá das condições futuras de mercado. Enquanto isso, Campinas recebe dois novos destinos em dezembro: Natal, no dia 1, e Florianópolis, no dia 15.

Por que Garotinho de novo: Dr. Paulo Cesar

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O Deputado Federal Dr. Paulo Cesar (PR) também quer ver Anthony Garotinho de novo à frente do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Assista ao video abaixo:

Cabral e Beltrame vão ter que explicar uso de dinheiro público com Madonna

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Advogado denuncia Cabral e Beltrame por uso de verba pública na excursão de Madonna a morro do Rio.

A revelação é do colunista Cláudio Humberto:

Madonna: muito PM...

O Comando da PM do Rio deve responder em 15 dias ao advogado carioca Cláudio José de Souza sobre desvio de verbas públicas com os cerca de 20 batedores na comitiva da popstar Madonna, há dias.

...para nada, no Rio

A escolta de Madonna pela PM foi para “evitar tumulto”, segundo o governo estadual. A “diva” foi ao morro Dona Marta, e levou R$ 20 milhões de ricaços deslumbrados para sua fundação... no Maláui.

No morro "pacificado", Madonna usa colete à prova de balas

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Namorada de Jesus Luz, Madonna, que de boba não tem nada, foi precavida na visita ao "pacificado" Morro Dona Marta, na sexta passada.

Ela vestiu sob a jaqueta preta um colete à prova de balas.

A revelação é da coluna Gente Boa, de O Globo

Detalhe: reparem no paletó apertado de Cabral. Será que ele vestia também colete à prova de balas? É o que parece.

O Rio imerso no caos e Eduardo Cabralzinho Paes quer proibir a venda de coco na praias

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Numa cidade carente de tudo, o prefeito do Rio, Eduardo Cabralzinho, está mais preocupado – incrível, extraordinário!!!- com a venda de coco nas praias. Como diz Alcemo Gois, “choque de ordem é uma coisa, falta do que fazer é outra. A proibição pela prefeitura da venda de coco na orla do Rio fora dos quiosques se inscreve na segunda opção”.
E não falta o que fazer, como demonstra hoje – leia abaixo – o jornal O Globo, do mesmo colunista:
Criado há um ano e seis meses para tentar melhorar o trânsito da cidade na hora do rush, o "polígono de restrição" a veículos de carga e descarga parece ter caído no esquecimento de muitos motoristas e, principalmente, da prefeitura. Nesta quarta-feira, equipes do GLOBO percorreram ruas da Zona Sul e do Centro onde é proibida a circulação de carros de entrega das 6h às 10h e das 17h às 20h e flagraram vários exemplos de desrespeito à lei.

Na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, pelo menos dois caminhões de gelo podiam ser vistos estacionados junto à ciclovia, enquanto homens despreocupadamente descarregavam a mercadoria por volta das 9h. Mais adiante, na Avenida Atlântica, mais um caso: no Posto 5, outro caminhão de gelo parado na pista. A prefeitura admite que a fiscalização é falha. E, para tentar evitar o desrespeito às regras, pretende instalar novos pardais para flagrar e multar os caminhões que furam o cinturão.
De acordo com os decretos 29.231, de 25 de abril de 2008, e 29.250, de 7 de maio de 2008, caminhões, caminhonetes, vans e Kombis estão proibidos não só de parar, mas também de rodar por uma área delimitada pela orla marítima e por 26 vias da cidade, nos horários entre 6h e 10h e 17h e 20h dos dias úteis.

O chamado "polígono de restrição", que abrange toda a Zona Sul, o Centro, a Tijuca, Vila Isabel e Méier, além de um trecho da Barra e de parte de Jacarepaguá, só não vale para caminhões de transporte de valores e de combustíveis que abasteçam aeroportos; veículos de emergência e de socorro; caminhões de mudanças; e os de serviços essenciais, como os da Comlurb.

A falência da segurança pública do Estado do Rio: tráfico expulsa pastor e faz da casa dele esconderijo

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A ausência do Estado e de uma política verdadeira e eficiente de combate ao crime geram histórias absurdas como esta no Rio de Janeiro "pacificado" e "não violento" de Sérgio Cabral e José Mariano Beltrame. Um pastor de Vigário Geral foi obrigado pelo tráfico a sair de casa porque ele não cooperava com os bandidos e porque começou a pregar no Jaracezinho, favela comandanda por uma facção rival.

Leiam abaixo a reportagem do jornal O Dia:

Pastor é expulso de Vigário Geral por traficantes
Quando chegou à Favela de Vigário Geral, há dois anos, para trabalhar com evangelização na Igreja Pentecostal Deus é Amor, na comunidade, o pastor Odilon Calixto da Cunha, 32 anos, não imaginava que sua vida a partir dali se transformaria num inferno. Perseguido por traficantes, que não aceitavam o fato de ele não colaborar com o crime, o pastor e sua família foram expulsos da favela no domingo.

Depois de passar a noite com a mulher e os seis filhos sob a marquise de um supermercado em Duque de Caxias, o pastor procurou a 38ª DP (Brás de Pina). Na terça-feira, policiais foram à comunidade para que Odilon pudesse recuperar seus pertences. A casa de dois andares, tinha virado um dos ‘quartéis’ do bando: havia drogas, munição de fuzil e pistola, roupas camufladas e até uma granada abandonada pelos traficantes, que fugiram.

“Sei que não poderia ter este sentimento de revolta, mas quando meu caçula de dois anos me abraçou, sentindo frio, deitado na calçada, não pude querer outra coisa senão que todos eles sejam presos e paguem pela humilhação que nos fizeram passar. Foi muita covardia mandar minha mulher e meus filhos saírem de casa só com a roupa do corpo, sem poder almoçar a comida que estava no fogão. Quero que eles sofram”, desabafou.

Mineiro, Odilon chegou a Vigário Geral trazido por um outro pastor, que ele descobriu mais tarde, atuar como colaborador do tráfico. Comprou uma casa por R$ 12 mil e não queria que os filhos crescessem em meio a homens armados, mas só deixaria a comunidade depois que quitasse o pagamento do imóvel, que ainda não chegou à metade.

“Eles me criticavam porque eu não os apoiava. Certa vez, pediram para eu que socorresse um bandido ferido no meu carro, e eu disse que estava quebrado. Quiseram que eu levasse armas até Acari, e eu falei que jamais poderia fazer aquilo. Ofereceram frango de uma carga roubada, e não aceitei, mesmo só tendo feijão e arroz em casa. Eles diziam que outro pastor era um ‘braço’ deles e que, se eu não ajudava em nada, era porque tinha ligações com a polícia”, contou.

Polícia já tem pistas sobre três invasores da residência

No dia em que chegou a Vigário, Odilon foi ‘convidado’ a ir até a boca de fumo, onde teve que apresentar ao gerente geral do tráfico Carlos Eduardo Amorim de Oliveira, o Du Gordo, as certidões de nascimento das crianças, sua certidão de casamento, as passagens da viagem e a carteira que comprovava que era pastor.

O religioso pregava duas vezes por semana na favela e, nos outros dias, visitava comunidades, presídios ou igrejas fora da cidade. “Evitava passar perto deles, mas quando tinha que falar com os bandidos, chamava até de senhor. Meus filhos nunca brincaram na rua porque nosso mundo é muito diferente do deles, viemos da roça. Vi muita coisa triste, muita guerra, um inferno. As crianças nunca perceberam minha preocupação e agora, mesmo sem esquecer a humilhação, só quero ter paz”, disse ele, antes de carregar a Kombi que levou seus pertences para fora do Rio.

O pastor indicou os apelidos dos três bandidos que expulsaram a família, China, Pixinguinha e Átila. A polícia vai identificá-los para pedir a prisão por roubo, violação de domicílio, roubo no interior de residência, porte ilegal de arma e tráfico.

Mais uma noite de terror para os moradores da Tijuca

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Enquanto o (des) governador Sérgio Cabral e o secretário de (in) Segurança Pública dizem o Rio vive "tempos de paz" e que não é violento, um novo tiroteio voltou a assustar moradores, na noite desta quarta-feira, no Morro da Formiga, na Tijuca, Zona Norte do Rio. O confronto também apavora motoristas que passam pela Rua Conde de Bonfim, a principal via do bairro. Não há informações de feridos. A comunidade está ocupada por policiais militares do 6º BPM (Tijuca).

Mais cedo, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fizeram uma incursão na localidade, mas já deixaram a favela. Em uma outra ação, dessa vez no Morro do Andaraí, também na região da Grande Tijuca, homens do Bope trocaram tiros com um 'bonde' formado por traficantes. Houve troca de trios e um homem ainda não identificado morreu.

Em entrevista à Folha de SP, atriz Glória Pires diz que é preciso dar dignidade à polícia

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O blog Repórter do Crime ressalta o que passou quase despercebido em entrevista publicada na Folha de SP, no último fim de semana. Na entrevista, a execelente Glória Pires que, como Sérgio Cabral, está vivendo em Paris, compara (falta ???) a segurança na capital francesa e a implantada no Rio de Janeiro.

Vale a pena ler:

A atriz Glória Pires - que está imperdível em "Se eu fosse você 2" - deu uma entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da "Folha de S. Paulo", que pode explicar porque o governador Sérgio Cabral e tantos outros cariocas adoram Paris.

Radicada na capital francesa, Glória está vindo ao Brasil para o lançamento do filme "Lula, o filho do Brasil", do qual participa como dona Lindu, a mãe de Luiz Inácio. Glória disse que tem uma sensação de segurança na Cidade luz, que é incomparavelmente maior do que a que tem no Brasil (isso porque ela não precisar morar em favela e nem na periferia de nenhuma grande cidade brasileira).

Glória conta que é muito bom poder andar de metrô usando casacos, relógios, bolsas. "No Brasil, somos prisioneiros trancados em carros blindados", disse. Como sugestão para se melhorar a segurança, ela repete o que muito especialista fala, mas poucos governos ouvem: a prioridade é dar dignidade à polícia para que ela retome seu "posto de guardiã".

O trecho da entrevista no qual Glória Pires abre o verbo sobre a violência no Rio está meio escondido dentro da página inteira da entrevista, publicada no domingo passado.

Vamos, pois, colocar uma lente de aumento nessa parte da entrevista.

"FOLHA - E Paris, que tal?

GLÓRIA - Divino, divino.

FOLHA - fica pra sempre?

GLÓRIA - Pra sempre é muito tempo. E o nosso Brasil, vamos respeitar, né? É um lugar incrível também. Faz falta. Mas aqui está muito bom. Eu tô muito feliz, usufruindo cada dia dessa sensação de segurança, que traz a liberdade. É uma sensação ma-ra-vi-lho-sa.

FOLHA - Que que você não tem aqui?

GLÓRIA - Aí você tem medo de ficar exposto a tanta demência, a tanta violência. Você tem medo de estar no trânsito e de ser assaltado, de levar um tiro por nada. Todo mundo que vem pra cá tem essa mesma sensação. Quando entram no metrô, as pessoas comentam: é tão bom isso, né? Poder entrar no metrô usando seus casacos, seus relógios, suas bolsas. No Brasil, somos prisioneiros trancados em carros blindados.

FOLHA - Usa carro blindado aqui?

GLÓRIA - Claro.

FOLHA - Vê solução?

GLÓRIA - Eu acho que primeiro você tem que dar dignidade à polícia. Não pode deixar espaço para eles serem subornados pelo lado oposto. Da mesma formaque tem que ganhar dignidade para ser cobrada em suas atitudes, a polícia tem que reaver o seu posto de guardiã."

Eu sempre admirei a integridade de Glória Pires. E, após essa entrevista, sou ainda mais seu fã.