Na festa de filiação ao PR, multidão grita “volta, volta, Garotinho!”

Uma das inúmeras faixas de apoio a Garotinho no Salão de Convenções do Hotel Guanabara



Garotinho recebe o abraço de Agnaldo Timoteo, que homenageou o ex-governador com uma canção



Garotinho recebe placa comemorativa de filiação ao PR das mãos do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que é do PR


Mais de 4 mil pessoas prestigiaram a filiação de Garotinho ao PR, no Hotel Guanabara


Garotinho discursa entre Rosinha e Clarissa



Ao fim da cerimônia, o cumprimento caloroso dos partidários, fãs e amigos de Garotinho

Nunca na história do PR houve uma cerimônia de filiação tão animada quanto na festa promovida no início da semana pelos partidários de Anthony Garotinho. Uma multidão calculada em mais de quatro mil pessoas lotou os dois salões de convenções do Hotel Windsor Guanabara, no Centro do Rio, e, mesmo assim, centenas de simpatizantes ainda ficaram de fora porque não havia mais espaço.

Muito antes da chegada de Garotinho, o salão principal do hotel estava tão cheio que foi necessário abrir outro, ao lado, para acomodar a multidão. Não deu certo e as cadeiras tiveram que ser recolhidas neste segundo salão para acomodar ainda mais pessoas.

Participaram da cerimônia dezenas de deputados federais e estaduais do Brasil inteiro e de várias siglas. Além destes, muitos políticos conhecidos, como: o presidente nacional do PR, Sergio Tamer; o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento; os senadores Magno Malta (ES) e Cesar Borges (BA); o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues; o líder do PR na Câmara Federal, deputado Sandro Mabel, e a prefeita de Campos, esposa de Garotinho e ex-governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, acompanhada da filha e vereadora carioca, Clarissa Garotinho (PMDB), entre outros.

Antes, em entrevista aos jornalistas, Garotinho disse que vai apoiar a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República: “Somos amigos desde quando éramos do PDT. Quanto ao Lula, não tenho problemas com ele. Eu sempre o apoiei. Depois, houve aquele inexplicável cerco ao Governo de Rosinha. Quem falava dele e atacou até sua família eram o Sergio Cabral e o Eduardo Paes”

Alegria – Todos que discursam, sem exceção, falaram sobre a importância política da entrada de Garotinho para o PR e pediram que o ex-governador atendesse a multidão que gritava “Volta Garotinho”. Presidente do PR, Sergio Tamer tinha uma surpresa reservada para a cerimônia: ele anunciou que Garotinho não só estava entrando no partido como também já passava a ser o primeiro-secretário nacional da sigla.

“A filiação de Garotinho é nossa maior conquista esse ano. O governo do Rio de Janeiro será o início de uma grande caminhada”, declarou o dirigente máximo do partido.

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, classificou como “histórica” a filiação: “O povo gosta de Garotinho porque ele, no governo, foi sábio entre fazer e servir. Garotinho serviu a população, que lhe é grata. Garotinho está credenciado a disputar novamente o governo do estado. O povo o quer novamente no governo. E se vocês acham que foi um bom governo, ele fará um ainda melhor, porque está mais experiente”.

Magno Malta previu dias melhores para o PR, que é da base de sustentação do governo Lula e voos ainda mais altos: “Para mim, é uma enorme felicidade participar dessa festa. Garotinho executou uma política social competente. Não foi à toa que ele teve 17 milhões de votos na campanha presidencial. Agora, podemos sonhar até com a Presidência da República”, empolgou-se o senador do Espírito Santo.

O vereador carioca Fernando Moraes – policial civil que chefiou a Divisão Anti-sequestro nos governos Garotinho e Rosinha – ressaltou o legado de Garotinho e criticou o atual governador fluminense: “Ninguém se lembra, mas foi com Garotinho e Rosinha que acabaram os crimes de sequestro no Rio. Era uma praga, que foi erradicada. Foi fruto do acerto de se investir em inteligência. Hoje, a política é de bangue-bangue. É política do extermínio.

Vitória – O palco estava tão cheio que Garotinho, no seu discurso de agradecimento pela filiação, teve que subir numa cadeira para ser visto e ouvido por todos os presentes:

“Agradeço a todos que vieram nesta festa. Vejo políticos de vários partidos que mostram, com a sua presença, que não podem ser comprados. Agradeço também à minha mulher e à minha filha, ambas do PMDB. Se, lá na frente, o PR e o povo me quiserem como candidato, estarei pronto para servir. Antes, vou trabalhar muito para que o PR tenha representações em todos os 92 municípios do Rio de Janeiro. Vou trabalhar também para que, em cada bairro da capital, tenha gente trabalhando pelo nosso partido”, declarou.

Garotinho falou ainda que a grande mídia tem preconceito com ele e que sua caminhada não será fácil: “Hoje, numa reunião deste tamanho, não saiu nenhuma notinha nos jornais. Eles têm preconceito contra mim porque vim do interior. Mas, amanhã, eles terão que falar dessa festa. Não vão poder ignorar.

Sempre interrompido por gritos de “volta, Garotinho!”, o ex-governador fluminense deu um recado aos presentes:

“Como não temos muito espaço na imprensa, é importante que cada um de vocês divulgue nossas realizações. Basta comparar o que eu e Rosinha fizemos com o que Cabral não fez. Vamos fazer um livrinho com nossas realizações para que vocês possam divulgar. Eu criei 100 delegacias legais. Cabral, nem uma. A rede social de proteção que criamos foi desmontada. O nosso maior adversário será o PC, o Partido do Contra. Deixei o governo, segundo o Instituto Datafolha, com noventa e dois por cento de aprovação. O atual governador não pode nem andar na rua porque é vaiado aonde vai. Também, não fez nada...

Sobre sua candidatura ao governo do estado, Garotinho voltou a afirmar que ainda não é candidato: “Se disser que serei candidato, vão dizer que estou antecipando a corrida eleitoral. Vamos decidir com calma”, afirmou para uma platéia atenta e ativa, que gritava várias palavras de ordem.

Garotinho encerrou o seu discurso lembrando que os mais jovens talvez não conheçam suas realizações e, por isso, devem receber trabalho especial. E terminou com o brado “Vitória! Vitória! Vitória!”, para delírio dos presentes.

Homenagem de Agnaldo Timóteo a Garotinho

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