A gente costuma criticar duramente os excessos cometidos pela polícia. Este blog já lembrou como a chamada banda podre da polícia foi combatida durante os governos Garotinho e Rosinha e volta a agir com liberdade no governo de Sérgio Cabral.
Mas não podemos aceitar a injustiça.
A maioria da polícia merece o respeito dos cidadãos fluminenses.
A maioria é composta de homens abnegados e corajosos, que saem de casa de manhã, se despedem da família e não sabem se voltarão para os seus lares no fim do dia.
Como aconteceu com o agente penitenciário Marcelo Martins dos Santos, assassinado por assaltantes perto do Centro do Rio.
Como aconteceu com o PM Enio Roberto Santiago, atingido por um tiro na cabeça ao tentar impedir um assalto a um casal e quje agora está lutando pela vida no CTI de um hospital.
Enio é um policial altamente qualificado, treinado e zeloso de sua missão. Um herói, infelizmente atingido pelo descontrole a que chegou a violência no Estado.
Os maus policiais do Rio devem ser expulsos, quando não for o caso de levá-los às barras da prisão. É o que merecem por trair a farda e a insígnia que receberam.
Mas os bons policiais, a maioria, merecem ser respeitados pelos cidadãos e, principalmente, tratados com dignidade pelo governo do Estado, o que não está acontecendo.
Recebem salários de fome.
Não têm acesso a boas moradias.
Moram em locais perigosos, onde suas famílias estão expostas à vingança dos criminosos.
São obrigados a usar equipamentos de péssima qualidade.
Enfrentam bandidos muito mais bem armados.
Sabem que serão mortos assim que forem identificados, mesmo que estejam à paisana ou fora do horário de expediente.
São obrigados a fazer bicos indignos para complementar o salário de fome a que são submetidos.
O governo Sérgio Cabral tem tanto respeito pela sua polícia quanto os marginais que os policiais enfrentam nas ruas: nenhum.
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