Novo secretário de Cabral diz que política de segurança é um fracasso no Rio

Esse é o cotidiano no Rio de Janeiro (Foto: O Dia)

A política de segurança pública do Governo Sérgio Cabral fracassou. Quem disse isso não foi ninguém da oposição, nem os cidadãos, que estão cansados de saber desse fiasco que é Sérgio Viajando Cabral.

A afirmação, publicada em todos os jornais do fim de semana, é do novo secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, coronel Mário Sergio Duarte.

Leia o que ele disse e o que os jornais publicaram:

"Os PPCs (Postos de Policiamento Comunitário) e DPOs (Destacamentos de Policiamento Ostensivo), (Postos da PM em favelas), não servem para nada. Existe uma negociação com o crime para o policial entrar (na favela). Existe uma fonte de corrupção porque, se o policial não se corromper, ele morre. Vamos acabar com isso. Também vou acabar com o Gpae. O problema é que o Gpae perdeu força ao longo do tempo. Eu pretendo fazer muitas mudanças. O grande desafio vai ser mudar a cultura da estrutura de poder dentro da PM. Desafio de transformar uma estrutura de poder em estrutura de serviços. Hoje temos o formato do Exército, com primeira, segunda, terceira seção, temos que desburocratizar. A PM tem uma crença de que antiguidade é posto. Isso é uma besteira. Agora, competência é posto."
O secretário promete também tirar dos quartéis e colocar nas ruas mais PMs. Garotinho fez isso e reduziu a criminalidade com uma política de segurança investida na inteligência e não na truculência de Cabral.
Em 2000, quando Garotinho era o governador, mais de 1.200 homens foram deslocados para o policiamento. Esse blog torce pela melhora da segurança, assim como Garotinho, que foi governador e secretário de segurança, que comenta em seu blog o investimento em mais policias:
"É uma medida paliativa. Tanto que no meu governo, a usei até à incorporação de mais policiais militares. Foram mais de 10.600 policiais que a PM ganhou na minha gestão. O problema é que muitos desses policiais estão há longo tempo – alguns mais de 10 anos – dentro do quartel, uma boa parte fora de forma e necessitando reciclagem. Mas podem contribuir emergencialmente numa operação de visibilidade, posicionados em trechos onde há muitos assaltos".

1 Comente aqui:

Anônimo disse...

Antes de mais nada, Cabral toca em feridas antes ignoradas. Se a violência atinge os níveis de hoje, é pq governos anteriores ignoraram completamente o crescimento das favelas, a desordem urbana, a corrupção na segurança e outros fatores.
Hoje em dia, não se vê mais aquela cena de viaturas sendo desmontadas dentro de batalhões;
Há confrontos sim, mas Tb há situações em que chefes do trafico são presos sem que um tiro seja disparado;
Há um combate à corrupção policial e às milícias como nunca antes.
Qual o problema hoje? O secretário não é daqui e esta fora dos esquemas? Acabou o loteamento de delegacias e batalhões para políticos?Só pode ser
Isso sem contar o reajuste que já foi prometido pra esse semestre e ao aumento do efetivo em 200% até 2012.