Para libertar comunidades do tráfico, Estado tem que ser melhor que o bandido

Do Jornal do Brasil:


A implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não conseguiu eliminar o tráfico de drogas nas comunidades que ocupam, segundo comandantes do 2º (Botafogo) e 18º (Jacarepaguá) batalhões da Polícia Militar e moradores do Morro da Babilônia (Leme).

Na noite de segunda-feira, ocorreram dois tiroteios nas duas favelas ocupadas por UPPs: Babilônia e Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Zona Oeste. No mesmo dia, um traficante foi preso no Morro Dona Marta, em Botafogo, Zona Sul, que também possui UPP.

No Morro da Babilônia, moradores afirmaram que o confronto teve a participação de traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) que teriam voltado à favela depois de serem expulsos há um ano por rivais do Terceiro Comando Puro (TCP). Não houve feridos na operação.

Foi o segundo tiroteio na comunidade desde o fim de semana.

Comentário do blog:

O trabalho que o governo chama de pacificação não pode se limitar à invasão da polícia nas comunidades e, como fez agora, à proibição de bailes funk.

Depois das operações policiais, deve vir a presença de outras áreas do Estado no local.

Antes de mais nada, a polícia precisa ficar no morro ou na favela, com forte contingente, para rechaçar tentativas de reocupação de bocas de fumo por parte dos traficantes que haviam sido expulsos.

Simultaneamente a isto, o Estado deve se fazer presente com escolas, creches, atividades institucionais e obras de melhorias do bairro.

A população precisa ver com os próprios olhos que o Estado é melhor do que o traficante e o miliciano.

Mas, para isso, o Estado precisa mesmo ser melhor.

O governo que queremos ver eleito em 2010 será melhor.

1 Comente aqui:

Candida disse...

Tá certo