O governador Sérgio Cabral e o seu filhote Eduardo Paes investiram dinheiro do povo do Rio de Janeiro para patrocinar um torneio de hipismo do qual 99,9% dos cariocas nem podem passar perto.
Uma vergonha para o Estado.
São Paulo, o estado mais rico do país, se recusou a dar dinheiro para o torneio dos milionários. Cabralzinho e Paes "quebraram o galho" do pessoal, com quase R$ 10 milhões.
A denúncia está na FOLHA porque os jornais do Rio não têm coragem de atacar Cabral.
A denúncia está na FOLHA porque os jornais do Rio não têm coragem de atacar Cabral.
Cofres públicos bancam 63% do Athina Onassis
Esse valor seria suficiente para pagar, por um ano, o Bolsa Atleta (programa do governo federal) a 317 atletas nas categorias olímpica e paraolímpica.
Para realizar o Athina Onassis pela primeira vez no Rio, o gasto total, privado e público, é de R$ 15 milhões. Transferido de São Paulo, o evento foi idealizado em 2007 pelo cavaleiro brasileiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda.
Ele trouxe para o Brasil uma das etapas do Global Champions Tour, principal circuito mundial do hipismo. A etapa brasileira ganhou o nome de Athina Onassis, casada com Doda e uma das mulheres mais ricas do mundo, com fortuna avaliada em R$ 2 bilhões.
Com essa grife, o evento nunca teve dificuldade para atrair patrocinadores. Neste ano, são 14 empresas, entre elas, Bradesco, Gerdau e Coca-Cola.
Não é à toa. O público é formado pela elite do país. As arquibancadas custam R$ 100, e os camarotes, R$ 250 por dia. Uma mesa para oito pessoas sai por R$ 16 mil pelos três dias.
No evento, há loja da Daslu, boate e restaurantes de primeira linha. A sede é a Sociedade Hípica Brasileira, reformada a um custo de R$ 2 milhões.
"É AA [o público] pelo interesse do esporte", contou o sócio da Aktuell Rodrigo Rivellino, um dos organizadores do evento. Ele admite que o perfil dos espectadores é essencial para atrair os patrocinadores.
"Onde encontro um evento com 12 mil pessoas com esse target [alvo]? É difícil, né?"
Mas não dispensa dinheiro público. Assim que desistiu de São Paulo, a organização recorreu aos governos do Rio.
O investimento do Estado, que corresponde à metade do custo total, foi obtido via lei estadual de incentivo ao esporte. Parecida com sua versão nacional, prevê a renúncia fiscal.
"Fomos procurados pelos organizadores no início do ano com o interesse de realizar o evento no Rio. Garantimos todo o apoio necessário, inclusive logístico", disse a assessoria da secretaria de Esporte.
A prefeitura também ajudou com R$ 2 milhões, que serão usados na premiação, além de apoio com infraestrutura.
Elitizado, concurso de hipismo recebe investimento de R$ 9,5 milhões dos governos municipal e estadual do Rio
Realizada pela 1ª vez na capital fluminense, etapa nacional do circuito mundial tem ingressos que variam entre R$ 100 e R$ 16 mil
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirigido à elite nacional, o Concurso de Saltos Athina Onassis, cujo início foi adiado para hoje, recebeu R$ 9,5 milhões dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro. Ou seja, os cofres públicos bancam quase dois terços do custo da competição, cujos ingressos vão de R$ 100 a R$ 16 mil.
Realizada pela 1ª vez na capital fluminense, etapa nacional do circuito mundial tem ingressos que variam entre R$ 100 e R$ 16 mil
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirigido à elite nacional, o Concurso de Saltos Athina Onassis, cujo início foi adiado para hoje, recebeu R$ 9,5 milhões dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro. Ou seja, os cofres públicos bancam quase dois terços do custo da competição, cujos ingressos vão de R$ 100 a R$ 16 mil.
Esse valor seria suficiente para pagar, por um ano, o Bolsa Atleta (programa do governo federal) a 317 atletas nas categorias olímpica e paraolímpica.
Para realizar o Athina Onassis pela primeira vez no Rio, o gasto total, privado e público, é de R$ 15 milhões. Transferido de São Paulo, o evento foi idealizado em 2007 pelo cavaleiro brasileiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda.
Ele trouxe para o Brasil uma das etapas do Global Champions Tour, principal circuito mundial do hipismo. A etapa brasileira ganhou o nome de Athina Onassis, casada com Doda e uma das mulheres mais ricas do mundo, com fortuna avaliada em R$ 2 bilhões.
Com essa grife, o evento nunca teve dificuldade para atrair patrocinadores. Neste ano, são 14 empresas, entre elas, Bradesco, Gerdau e Coca-Cola.
Não é à toa. O público é formado pela elite do país. As arquibancadas custam R$ 100, e os camarotes, R$ 250 por dia. Uma mesa para oito pessoas sai por R$ 16 mil pelos três dias.
No evento, há loja da Daslu, boate e restaurantes de primeira linha. A sede é a Sociedade Hípica Brasileira, reformada a um custo de R$ 2 milhões.
"É AA [o público] pelo interesse do esporte", contou o sócio da Aktuell Rodrigo Rivellino, um dos organizadores do evento. Ele admite que o perfil dos espectadores é essencial para atrair os patrocinadores.
"Onde encontro um evento com 12 mil pessoas com esse target [alvo]? É difícil, né?"
Mas não dispensa dinheiro público. Assim que desistiu de São Paulo, a organização recorreu aos governos do Rio.
O investimento do Estado, que corresponde à metade do custo total, foi obtido via lei estadual de incentivo ao esporte. Parecida com sua versão nacional, prevê a renúncia fiscal.
"Fomos procurados pelos organizadores no início do ano com o interesse de realizar o evento no Rio. Garantimos todo o apoio necessário, inclusive logístico", disse a assessoria da secretaria de Esporte.
A prefeitura também ajudou com R$ 2 milhões, que serão usados na premiação, além de apoio com infraestrutura.
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Um governador que só governa para os ricos tem que realizar eventos para ricos. De pobre ele quer distância
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