Reportagem do Jornal do Brasil mostra o abandono da Biblioteca Pública do Estado, no Centro, e a de Niterói.
Bibliotecas públicas do Rio em estado de calamidade
Uma vergonha!
Bibliotecas públicas do Rio em estado de calamidade
Idealizada pelo antropólogo e ex-secretário estadual de Educação Darcy Ribeiro (1922-1997), a Biblioteca Pública do Estado, batizada Biblioteca Estadual Celso Kelly, foi entregue às traças. Literalmente. Fechada desde o ano passado para obras que ainda não começaram, o espaço abriga até hoje um acervo de 120 mil títulos, apontado por especialistas o maior sobre a história da capital carioca.
Seu fechamento, em dezembro de 2008, acabou provisoriamente com a mais importante fonte de consulta para pesquisadores, que aguardam ansiosos pela reabertura. Outro público que ficou órfão da biblioteca estadual é formado por pessoas que moram em longe e trabalham no Centro.
– A reforma era necessária, mas infelizmente, o fechamento causa transtorno a muitos usuários, como moradores da Zona Oeste e Baixada, que compunham grande parte dos frequentadores diários – ressalta a professora de biblioteconomia da Uni-Rio Maura Esandola, que lembra a importância do acervo histórico.
As bibliotecas públicas cariocas nunca estiveram tão maltratadas. Das 26 unidades da capital fluminense, a maioria está esquecida pelo poder público e, principalmente, por grande parcela da sociedade, que vê pouca utilidade nesses centros de empréstimo e consulta de livros.
Instalada no coração financeiro do Rio de Janeiro, em plena Avenida Presidente Vargas, Biblioteca Estadual Celso Kelly é um dos maiores reflexos do abandonada que sofreu nas últimas administrações estaduais.
Assim como a Celso Kelly, a Biblioteca Estadual de Niterói também está fechada desde dezembro para restauração. Instalada em um imóvel tombado, deve ser reaberta em meados de 2010.
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