Carioca revela o seu maior medo: ser atingido por balas perdidas

Fonte: Monkey News/Sinfrônio

Pesquisa da organização não-governamental Rio Como Vamos (RCV) – publicada no Globo On Line – informa que o maior medo do carioca hoje é ser atingido por uma bala perdida.

“No estudo Percepção 2009, encomendado ao Ibope, o medo de bala perdida foi apontado por 36% dos entrevistados, conforme foi antecipado pela coluna de Ancelmo Gois. Eles disseram sentir esse temor mesmo se não estiverem envolvidos em uma situação de tiroteio. Os moradores da Zona Norte foram os que demonstraram mais este receio: 44% deles. Nesta quarta-feira, um adolescente de 15 anos foi vítima de bala perdida na Favela do Mandela, em Manguinhos.

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Aparece como segundo maior medo dos cariocas, segundo a pesquisa, é ser roubado ou assaltado (23%), seguido de sair à noite (19%), presença do tráfico de drogas (7%) e abordagem policial (4%). Disseram não sentir medo 4% dos entrevistados.

O cariocas citaram também: estar no trânsito e briga de torcida dos clubes, ambos com 2%, além de multidão, alagamentos e andar de ônibus, trem ou metrô, cada um citado por 1% dos entrevistados. No total, foram entrevistadas 1.358 pessoas em todas as regiões da cidade.

Comparando-se os dados da pesquisa com os do Relatório Temático sobre Balas Perdidas do Instituto de Segurança Pública do Estado (ISP), a ONG chegou à conclusão que o temor dos residentes da Zona Norte não é infundado.

Segundo o relatório do ISP, das 79 pessoas vitimadas (entre mortos e feridos) por balas perdidas no primeiro semestre deste ano na capital, quase a metade foi atingida em bairros da Zona Norte, área que concentra o maior número de domicílios em favelas da cidade (49,78%, segundo dados do Censo 2000 do IBGE).

As balas perdidas foram também o maior temor apontado por 36% dos moradores de Barra/Jacarepaguá; 35% no Centro; 34% na Zona Sul e 24% na Oeste. Na Barra e em Jacarepaguá, o receio de ser assaltado, respondido por 31%, é maior do que no resto da cidade. Já no Centro e na Zona Sul, destaca-se o medo de sair à noite (23%)”.

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