Jornalista lembra que Brizola advertiu que cidade poderia sentir o cheiro de pólvora

O experiente jornalista Teixeira Heizer analisa o péssimo momento vivido pelo Rio de Janeiro.

Ele lembra que Brizola, infelizmente, estava certo em sua previsão de que a cidade sentiria o cheiro de pólvora se não investisse em educação.

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A CIDADE MALDITA//
Postado por youPode
Por Teixeira Heizer


Uma conspiração urdida por diabos de todos os infernos, está fazendo do Rio – a mais bonita cidade do mundo – uma referência maldita, inóspita e indesejável, afugentando aqueles que pretendiam estar por aqui nas Copa do Mundo e Olimpíada. Só se tratar-se de um teste de bravura para aqueles que aceitarem o desafio de meterem-se no meio de um fogo cruzado, só imitado nas cenas das guerras que se ascenderam terras afora, estimuladas por bestas humanas, de todas as cores e etnias.
Todo o esforço conjugado visando a atrair as maiores competições esportivas do mundo para o Brasil pode diluir-se diante da rotina da violência que domina o Rio de Janeiro. Os últimos dias revelaram um mundo conflagrado, sintetizado na Cidade Maravilhosa. Uma cenografia, construída com pólvora e fogo, desafiaria o mais fantasioso dos cineastas, se ele aceitasse o confronto. A cruel guerra de Bagdá e do Afeganistão valeria como um trailer do que ocorre, ao vivo e à cores em nossos rincões.


BRIZOLA AVISOU

Odiado, sobretudo pela direita burra, o ex-governador Leonel Brizola nunca foi contestado, entretanto, em seus prenúncios sobre questões ligadas à educação e aos desníveis que se avultavam na sociedade brasileira. Sua preocupação com as crianças revelava propósitos maravilhosos, sempre ajustados às expectativas de Darcy Ribeiro – ele, ao que parece, incontestável, até por seu saber inigualável. Milhares de escolas no Rio Grande do Sul resultaram em absoluto êxito nos Pampas.

Para o Rio, em l982 – após o exílio – reservara um futuro espetacular: a extinção do analfabetismo. Os CIEPs foram construídos e elogiados no mundo inteiro, embelezados, também, pela arquitetura de Oscar Niemeyer. “Se oferecermos alimentação, esportes e educação nos CIEPs, o Rio será exemplo para o mundo. Caso contrário, daqui a pouco, a cidade sentirá o cheiro de pólvora”. Prevaleceu a última parte do vaticínio de Brizola

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