Com a popularidade cada vez mais no fundo do poço, com medo da possível candidatura de Anthony Garotinho e recém-avaliado pelo instituto DataFolha como um dos piores governadores do país, Sérgio Cabral não quer se encrencar ainda mais e resolveu não aumentar o valor das passagens de seu precário sistema de transportes, como trens, metrô e barcas. Em 2010 os valores continuam iguais a 2009.
O medo de perder votos e de tomar mais vaias é tão grande que Cabral deu uma desculpa esfarrapada para esconder os reais motivos. Vale a pena dizer aqui o famoso bordão: "me engana que eu gosto".
Segundo ele, a ideia de não aumentar as tarifas em 2010 já vinha sendo discutida ao longo do semestre, quando os indicadores econômicos apontavam para uma deflação no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas para avaliar os custos do transporte, entre outros itens. Segundo a FGV, o IGP-M acumulado no ano revela uma inflação negativa de 1,64%.
Como o governo estadual adota o IGP-M como indexador para as tarifas de transporte, a medida beneficiaria mais de um milhão de passageiros na Região Metropolitana. As próprias concessionárias já estão cientes de que não terão reajuste. Os primeiros 20 dias de dezembro confirmam a tendência negativa da inflação, de acordo com a medição da FGV.
Para o consumidor, no entanto, o gasto com transporte aumentou 3,16% ao longo dos últimos 12 meses. E aumentou também, com certeza, a irritabilidade e o estresse da população que é obrigada a conviver diariamente com os precários transportes públicos de Sérgio Cabral.
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Cabral agora vai querer ganhar terreno porque sabe que está cada vez pior nas pesquisas. Os números que aparecem por aí não condizem com um governante que quer se reeleger e que pode usar a máquina toda a favor.
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