Campeões olímpicos reclamam do lixo e do descaso do governo Cabral com a Baía de Guanabara

O depoimento a seguir é do velejador Torben Grael, campeão olímpico, que já venceu provas nos sete mares do planeta e que, indignado, expõe a preocupação da maioria dos velejadores com o descaso do (des) governo Sérgio Cabral com a Baía de Guanabara, local que será palco de várias modalidades esportivas nos Jogos Olímpicos de 2016.

"Tem tanto lixo na Baía de Guanabara que é até sacanagem fazer a competição lá. Fora dali (em mar aberto) tem muito lixo também, porém menos. É um fator muito negativo e um péssimo cartão de visita para quem vai organizar a Olimpíada de 2016", criticou o atleta, uma das principais atrações do Mundial. "Se quiser realizar a competição de vela no Rio (nos Jogos de 2016), tem de melhorar bastante. Do jeito que está..."

Reportagem publicada nesta segunda-feira (11) no caderno de esportes do jornal O Estado de S. Paulo - como sempre a denúncia é de um jornal paulista - revela que a Baía de Guanabara agoniza, vítima da poluição dos esgotos domiciliares e industriais, além dos derrames de óleo e outros dejetos. E é justamente ali que vão ser realizadas, a partir de terça-feira (12), pelo menos uma das seis regatas do Campeonato Mundial da Classe Star, competição que envolve 81 barcos de 20 países.

Robert Scheidt, outro iatista de ponta do País na disputa do Mundial, não fugiu da polêmica e disse que o alerta tem de ser ligado desde já para 2016. "Se o estrangeiro velejar aqui e enganchar no lixo, não vai gostar. É um sinal de que a Baía de Guanabara precisa melhorar as suas condições para ser sede dos Jogos Olímpicos."

Lamentável!

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