O que todos os usuários do metrô já sabiam foi descoberto nesta segunda-feira (25) por técnicos do Ministério Público e do Sindicato dos Metroviários: a bagunça é completa no metrô e assustadora. Eles fizeram uma vistoria e apontaram falhas de segurança na operação do metrô.
Uma parte da equipe andou num dos vagões, outra ficou dentro da cabine do condutor, indo da estação Carioca até a do Maracanã. O que mais chamou a atenção foi o fato de a liberação das composições funcionar de maneira manual. Um absurdo com a segurança da população!
Paradas entre as estações foram necessárias para que despachantes da empresa fizessem anotações e entregassem um papel autorizando o prosseguimento da viagem.
Vistoria do MP detecta falhas no metrô
RIO - Vistoria realizada na tarde desta segunda-feira tarde por técnicos do Ministério Público e do Sindicato dos Metroviários, além do deputado estadual Alessandro Molon (PT), apontou falhas de segurança na operação do metrô. Uma parte da equipe andou num dos vagões, outra ficou dentro da cabine do condutor, indo da estação Carioca até a do Maracanã. O que mais chamou a atenção foi o fato de a liberação das composições ser manual. Paradas entre as estações foram necessárias para que despachantes da empresa fizessem anotações e entregassem um papel autorizando o prosseguimento da viagem.
Hidrantes trancados com cadeados nas estações
Os técnicos listaram outros problemas que prejudicariam a segurança na operação do metrô: parte da sinalização nos trilhos estava coberta com sacos pretos; hidrantes nas estações estavam trancados com cadeados, dificultado o uso em caso de urgência; superlotação, com cerca de nove pessoas por metrô quadrado, de acordo com técnicos do Ministério Público; temperatura elevada, chegando a 30,5 graus; intervalos longos, alcançando dez minutos; e falta de saída de emergência no trecho entre a Central do Brasil e São Cristóvão.
- Causou estranheza o fato de o trem estar operando com a parte da sinalização coberta por sacos pretos - disse o promotor da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, Carlos Andresano, que participou da vistoria.
O Sindicato dos Metroviários afirmou que faltam condições de trabalho para os condutores. Já Molon defendeu a volta ao sistema antigo, com a baldeação em Estácio, e a construção do projeto original, que leva a Linha 2 até a Carioca, via Praça da Cruz Vermelha.
- Essa ligação é uma gambiarra que foi entregue inacabada - reclamou Molon.
Ajustes estão sendo feitos para melhorar refrigeração
Diretor de relações institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores afirmou que os cadeados dos hidrantes serão retirados. Ele explicou que ajustes no ar-condicionado estão sendo feitos para melhorar sua capacidade, mas voltou a lembrar que o equipamento não foi dimensionado para funcionar em local aberto, como na Linha 2. A empresa informou, ainda, que não há saída de emergência na Linha 2, já que a via não fica em túneis. Joubert Flores criticou ainda o método usado na vistoria para medir o número de pessoas por metrô quadrado, que, de acordo com ele, não passariam de 7,2:
- Fico surpreso com a operação com despachantes. Vou ter que apurar isso. A sinalização fixa está funcionando.
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Só espero que não fique na promessa. Tem que haver punição para o metrô, mesmo com a vergonhosa defesa da primeira dama.
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