No Rio de Janeiro de Sérgio Cabral é assim, infelizmente: não há investimentos em melhorias de infraestrutura e a culpa é sempre dos moradores. Na Penha, a luz tem até horário marcado para acabar. Quando falta água, a culpa também é do povo, segundo reportagem do jornal Extra.
Leia abaixo:
A Cedae encontrou um culpado pela rotina de torneiras secas na Baixada Fluminense: o povo. Segundo a concessionária, algumas regiões, chamadas de áreas de manobra, não recebem água todos os dias porque o mesmo sistema abastece vários bairros, alternadamente.
Ficar sentado com os vizinhos na calçada à noite na Rua Aymoré, na Penha, significa mais do que manter um hábito típico do subúrbio. É também sinal de mais uma falta de luz na região. Ali, os moradores têm hora para ficar às escuras: das 19h às 6h.
— Já perdi uma geladeira e um freezer. Esse problema começou no fim do ano, e temo perder a geladeira nova e a TV que comprei. Quando conseguimos reclamar com a Light, dizem que a preferência de conserto é para emergências — reclama o taxista Walter Ribeiro Júnior, desconfiado da resposta: — Sempre que ligo, perguntam se moro no início ou no fim da rua, que dá acesso à Favela Grota. Isso é errado. As contas chegam aqui e são pagas com antecedência.
— Esse problema começou há mais de um ano e piorou com a onda de calor. A gente reclama e eles não vêm aqui. E piora quando chove — contou a dona de casa Rosemary da Cruz, prevendo o pior com a tempestade que se anunciava à tarde.
Culpa sobre o consumo
O também taxista Francisco Gonçalves da Cunha, morador da Rua Francisco Venâncio Filho, concorda:
— Toda noite é isso. Tenho de correr para desligar tudo e dormir com o ventilador fraquinho devido à falta de luz.
Em nota, a Light informou que enviou equipes às duas ruas, ontem à noite, e mais uma vez atribuiu o problema ao aumento de consumo de energia, de até 25%, devido ao calor. Também houve quedas de energia nos bairros de Jacarepaguá, Cachambi, Campo Grande, Realengo, Pavuna, Santa Teresa, Laranjeiras, Méier, Bangu e Maracanã.
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