PT mandou o desesperado Cabral tomar “Cuidado com a língua”. Ou seja: em boca fechada não entra formiga

O PT resolveu reagir as ameaças de Cabral de abandonar a candidatura de Dilma Rousseff se ela continuar apoiando o ex-governador Garotinho.

O PT simplesmente mandou Cabral calar a boca com a seguinte frase: “Cuidado com a língua Cabral”.

" A postura dele (Cabral) já atrapalhou o acordo do pré-sal. Dilma não recusará o apoio de ninguém. Se Garotinho apoiá-la, vamos ter dois palanques", afirmou Cândido Vaccarezza, líder do Governo na Câmara.

Mais direto impossível. O PT e Lula passaram quatro anos apoiando Cabral. Se ele, agora, está mal nas pesquisas é problema unicamente dele, afirmam fontes do Palácio do Planalto consultadas pela reportagem de O Globo desta quarta-feira de cinzas.

Cabral faz o inverso do inverso: como não tem popularidade, quer o apoio de Lula para se reeleger e faz ameaça como se fosse o dono dos votos no Rio de Janeiro.

Se assim fosse qual seria a serventia do apoio de Lula? Se fosse mesmo toda essa Brastemp, Cabral não estaria tão mal nas pesquisas e desesperado pelo apoio de Lula.

Cabral só está certo numa coisa: ele de fato tem que se preocupar com Garotinho, pelo o que o ex-governador fez e ele (Cabral) não fez e ainda desfez.

É essa comparação que amedronta Cabral. Mas ele deveria ter pensado nisso antes. No início do governo. Quando deveria ter arregaçado as mangas e trabalhado.

Mas, ao contrário, preferiu dar duas voltas ao mundo em viagens quase sempre inúteis ou de passeio.

Leiam abaixo

Deu no Blog do Noblat, reproduzindo O Globo

"Cuidado com a língua, Cabral”

Cobrança do governador por exclusividade de Dilma desagrada ao Planalto; Vaccarezza reage

De Gerson Camarotti, Chico Otavio e Flávio Tabak:

As declarações do governador Sérgio Cabral (PMDB) cobrando fidelidade da ministra Dilma Rousseff (PT) e advertindo que, no Rio, ela não poderá subir no palanque do ex-governador Anthony Garotinho (PR) desagradaram ao Palácio do Planalto, ao comando do PT e aos coordenadores da campanha de Dilma. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), criticou duramente a postura de Cabral. Ele chegou a lembrar que foi essa postura radical do governador que inviabilizou um acordo na Câmara para a votação do projeto que cria o marco regulatório do pré-sal e modifica a divisão de royalties.

- O Sérgio Cabral precisa tomar cuidado com a língua. A postura dele já atrapalhou o acordo do pré-sal. A Dilma não recusará apoio de ninguém - advertiu Vaccarezza.
Ele lembrou que, em vários estados, haverá palanques duplos. Citou a Bahia, onde o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, do PMDB, sairá candidato contra o governador Jaques Wagner (PT), que disputa a reeleição.

- Na Bahia, vamos ter dois palanques, inclusive um de oposição local, que é o Geddel, do PMDB. A regra tem que valer para todo o Brasil. Não pode haver uma regra especial só para o Rio. O PR apoiou Lula em 2002 e em 2006. Portanto, se Garotinho apoiar a Dilma, vamos ter dois palanques no Rio - avisou Vaccarezza.

Na véspera, ao chegar ao Sambódromo para o desfiles do Grupo Especial, Cabral reclamou que, no Rio, "a equação não fecha".

- Acho o seguinte: quando há dois palanques, pode ser um problema. Como é que ela (Dilma) vai no mesmo dia para um palanque de situação e para um de oposição? Vai acabar perdendo o voto até da minha mulher - disse o governador, na Marquês de Sapucaí.

Garotinho estava viajando ontem e não foi encontrado. A vereadora Clarissa Garotinho (PR), filha do ex-governador, disse que não há negociações para a retirada da candidatura do pai. Sobre as declarações de Cabral, Clarissa ironizou:

- O voto da mulher dele (Cabral) não deve ser muito ideológico. Acho que Cabral está preocupado demais com Garotinho.


Leiam o que publicamos antes em:

http://amigosdogarotinho.blogspot.com/2010/02/desespero-toma-conta-de-sergio-cabral.html

1 Comente aqui:

Daniela Freitas disse...

Essa é uma novidade na política: um partido aliado mandar um governador do estado calar a boca. Ele mereceu