Cabral dá um presente à SuperVia pelos péssimos serviços prestados

Mesmo com os péssimos serviços oferecidos pela SuperVia, o governo Cabral mostra seu total apoio à concessionária e seu desrespeito com a população - que sofre todos os dias com a precariedade dos trens - e renova o contrato de concessão dos serviços ferroviários.

E o pior, nem o governo (???) Cabral acredita que o serviço pode melhorar. (Veja a declaração marcada em vermelho).

Então, por que renovou a concessão?

Mistério...

Leiam abaixo a reportagem da Folha de S.Paulo:

Recordista em multas, Supervia renova contrato com RJ

Operação dos trens é marcada por falhas diárias e acidentes

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Campeã de multas após três colisões de trens que provocaram 12 mortes e uma centena de feridos, agressões a passageiros e problemas diários, a Supervia deve ter a concessão para operação do transporte ferroviário do Rio renovada.

Se concretizada, a medida, 13 anos antes do fim do primeiro contrato, estenderá até 2048 a atuação da empresa. O atual contrato prevê essa hipótese, que só depende das partes.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) quer com a medida obter apoio para o plano de investimento prometido ao Comitê Olímpico Internacional para os Jogos de 2016. O Estado dividiria com a empresa melhorias de R$ 2,3 bilhões.

A Supervia, que opera os trens desde 1998, é a campeã de multas aplicadas pela Agetransp (agência reguladora do transporte no Rio). Desde 2005, foi multada oito vezes em mais de R$ 1 milhão ao todo.

O acordo com a Supervia prevê, por parte da empresa, adequação de estações, melhora da sinalização e vias férreas. O Estado compraria 90 novos trens.

"Do jeito que está hoje, não podemos exigir um serviço melhor", afirma o governo do Estado. O governo pretende fechar o acordo até abril.

"A renovação antes de completar a metade do primeiro contrato é escandalosa", diz o deputado estadual Alessandro Molon (PT), da oposição.

Para o governo, aguardar o final do contrato prolongaria "por muitos anos serviço de baixa qualidade". Atualmente, 10% dos trens chegam com atraso às estações. Em média, há 4,4 falhas diárias que impedem a saída das composições.

"Houve uma defasagem muito grande, atrasos em compromissos contratuais, o que fez com que a reforma do material rodante não se desse na velocidade necessária", diz José Carlos Leitão, diretor da Supervia.

Falhas graves já causaram três colisões de trens. Na pior delas, em 2007, houve oito mortes. A empresa atribuiu o acidente a falha humana. No caso em que seguranças açoitaram usuários, admitiu "excesso". Sobre o atraso de uma hora dos trens, na semana passada, ela suspeita de sabotagem.

2 Comente aqui:

Carlos Roberto disse...

e quem pagará por isso é a população, que ainda sofrerá muito mais nos trilhos da Supervia e do Metrô

Fabrício disse...

Tudo feito, claro, $em nenhum intere$$e financeiro