Fecomércio-RJ pede a Sérgio Cabral o impensável: que o governador trabalhe

A Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio) resolveu pedir o impensável a Sérgio Cabral: que o governador trabalhe.

No caso, se ele estiver no Brasil, para que faça uma intervenção para acabar com os constantes apagões na rede de distribuição da Light.

Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio-RJ, os estabelecimentos comerciais tiveram, em média, prejuízo de R$ 9,8 mil com a falta de energia.

Pedir energia de Cabral, porém, é o mesmo que pedir a crianças que não comam doce.

Leiam a reportagem do Jornal do Brasil:

Fecomércio pede intervenção ao governador

A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, (Fecomércio) enviou nesta quarta-feira um ofício ao Governador Sérgio Cabral solicitando sua intervenção nos constantes apagões da rede de distribuição da Light S/A. De acordo com uma pesquisa da instituição, estabelecimentos comerciais tiveram, em média, prejuízo de R$ 9,8 mil com as interrupções de energia elétrica nos últimos dois meses do ano passado, durante o horário de funcionamento dos estabelecimentos.

Entre os que sofreram com a falta de energia elétrica, 53,7% tiveram perdas. Desse grupo, a maioria (78,6%) amargou um prejuízo médio de R$ 9,8 mil causado por impossibilidade de atender os clientes. Houve também quem teve aparelhos danificados e perda parcial ou total do estoque.

Parte das lojas populares do Saara foram atingidas pelo apagão de desta quarta. O presidente da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega, Ênio Carlos Bittencourt, afirmou que, somente na manhã de desta quarta, os filiados à associação comercial que preside registraram prejuízo superior a R$ 500 mil.

– Todas as lojas entre as Ruas dos Andradas e da Conceição ficaram sem energia. Essa quantia dobrou pela tarde, quando o movimento costuma ser maior. Deixamos de vender mais de R$ 1 milhão – disse ele, que apresentou fax que teria sido enviado pela Light, assinado pelo superintendente da concessionária, Eduardo Camilo, onde a empresa se prontifica a arcar com os prejuízos gerados pelo apagão.

No entanto, apesar de Ênio ter afirmado que chegou a conversar com o funcionário da empresa, a Light nega o envio do fax.

Na rua da Alfândega, os vendedores, que recebem por percentual nas vendas, apresentavam semblante de tristeza. A DSBH Confecções, funcionava com algumas velas sobre o balcão, o que não adiantava.

– Em torno de 80% das nossas vendas são feitas por cartões de crédito. Sem energia, as máquinas não funcionam, não podemos vender. As velas ajudam a enxergar, mas o clima fica macabro e o cliente não entra. Nem as roupas, eles podem experimentar, não há como se ver no espelho – disse Daniel Oliveira, de 30 anos, balconista da loja, que afirmou não ter arrecadado “nem 10% da féria atingida em dias normais”.

1 Comente aqui:

Maria Eduarda disse...

vai ser difícil em Fecomércio. Nem o Rio consegue faze-lo trabalhar.