Estatuto do Globo para as eleições não dura nem um dia

O jornalista Dacio Malta revela no YouPode o que esse blog já sabia: o estatuto do Globo, publicado na quinta-feira, sobre o comportamento do jornal nas eleições era para inglês ver. Ou seja, era de mentirinha.

Leiam abaixo
‘O Globo’ não respeita estatuto

No estatuto das eleições de ‘O Globo’, divulgado ontem, as duas ultimas frases dizem o seguinte:
“Entre as normas que devem ser especialmente observadas neste período estão as de jamais publicar acusações em off (sem identificação do autor). Da mesma forma, especialistas ligados a partidos ou candidatos devem ser sempre apresentados como tal”.
Agoram vejam o que foi publicado hoje pelo jornal.
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“Convencida de que a eleição para o governo do Rio pode ser resolvida no primeiro turno, dirigentes do PMDB estadual estão apertando o cerco aos partidos nanicos. Integrantes de pequenas legendas confirmaram que foram procurados por interlocutores do governador Sérgio Cabral, que tenta a reeleição, com promessas de ajuda nas eleições proporcionais ou eventual participação no governo.

No PTdoB, há pressão para que seja enterrada a pré-candidatura de Carlos Dias ao governo. E, no PSC, a pré-candidatura ao Senado do vereador Márcio Pacheco foi sacrificada para que a legenda, que controla a Secretaria de Trabalho, pudesse integrar a coligação do governador.

A estratégia dos peemedebistas aparentemente surtiu efeito.

Na avaliação de uma liderança do partido, a pré-candidatura pelo PR do ex-governador Anthony Garotinho ficou isolada, sem apoio de outras legendas.

Por outro lado, o pré-candidato pelo PV, Fernando Gabeira, se mantém com a aliança PPS-PSDB-DEM. Segundo os peemedebistas, por enquanto 14 partidos deverão compor a coligação de Cabral. Dez deles não fizeram parte da aliança articulada em 2006. A campanha pela reeleição do governador deverá contar com PT, PP, PDT, PSB, PTB, PCdoB, PSC, PMN, PSL, PSDC, PRTB, PHS, PTN e PRP.

Um integrante do PTN, que não faz parte do governo, afirmou que o partido vai entrar na coligação. Segundo ele, houve uma proposta de ajuda na campanha para deputados, assim como de participação no governo.

Outro político de um partido nanico disse que a campanha majoritária ofereceu ceder todo o material de propaganda para os candidatos a deputado”.
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Aparentemente foram seis os entrevistados.

E todos em ‘off’. Ninguém está identificado.

O termo “jamais”, utilizado pelo ‘O Globo’, foi desrepeitado no dia seguinte em que o estatuto entrou em vigor.