Multidão recepciona Garotinho, que anuncia acordo com o PT do B e garante que, eleito, fará uma faxina no Governo do Rio


Uma multidão dentro do salão de convenção de um hotel, no Centro do Rio, e uma outra ainda maior, que não conseguiu entrar no recinto, comemorou neste domingo (27) a manutenção da candidatura de Anthony Garotinho ao governo do Estado do Rio. Se eleito for, Garotinho promete recuperar os programas sociais criados por ele, e destruídos por Sérgio Cabral, e que vai varrer do Palácio Guanabara a corja que está intslada lá.

Compareceram lideranças partidárias, líderes religiosos e comunitários, deputados, vereadores, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, pré-candidatos a senador e a deputado federal e estadual, militantes e simpatizantes de várias regiões do estado.

No encontro, foi informado o acordo selado na véspera entre o PR e o PT do B. Segundo Garotinho, o PR fechou, na noite de sábado, uma aliança com o PT do B e lança ao Senado o cantor evangélico e ex-pagodeiro Waguinho, juntamente com o pastor Manoel Ferreira (PR), líder das igrejas Assembléia de Deus.

Deputado federal e chefe da campanha de Garotinho, Geraldo Pudim, um dos que discursaram, lembrou os recentes ataques contra o ex-governador e disse que a Justiça Eleitoral não pode ser a protagonista das eleições:

“O protagonista tem que ser o povo, que é soberano na sua escolha e decisão. A Justiça Eleitoral tem que julgar, sim, mas não pode essa política de judicialização das eleições. Garotinho não tem nada contra ele e vai provar mais uma vez que tem as mãos limpas e voltará ao governo do Rio de Janeiro nos braços do povo", afirmou.

A vereadora Clarissa Garotinho, filha do casal Garotinho, convocou os presentes para fazerem uma vigília nesta segunda-feira (28) na porta do TRE-RJ para cobrarem isenção e Justiça dos juízes, que julgam um recurso de Garotinho de uma decisão que o tornou e a sua mulher, Rosinha, inelegíveis.

“Esse processo é todo um absurdo. Meu pai não ocupava nenhum cargo público quando entrevistou a Rosinha em seu programa de rádio. Ele entrevistou vários outros políticos”.
O presidente do PT do B, Vinícius Cordeiro, ressaltou as ligações trabalhistas com o PR e afirmou que os 174 candidatos do seu partido a deputados federal e estadual no Rio de Janeiro vão engrossar o pedido de “Volta Garotinho”.

Muito emocionado com a recepção, Garotinho pediu que cada um dos presentes fosse um agente multiplicador nas próximas eleições, mostrou confiança na manutenção da sua candidatura no TSE e disse que vai banir a “corja que está no Palácio Guanabara”:

“Quero fazer uma pergunta: por que Cabral tem tanto medo de mim? Porque sabe que eu tenho as mãos limpas e as deles estão sujas pela corrupção e pelo sangue da matança que está acontecendo nas comunidades carentes e que os jornais não mostram. Cabral teme o debate. O olho no olho. Ele não tem como explicar a origem dos quatro milhões de reais que usou para comprar uma mansão em Mangaratiba. Fui governador, tenho só uma casa que herdei de meus pais em Campos e sobrevivo como radialista. Três meses depois que deixei o Palácio já estava trabalhando nas rádios. Se eu fosse bandido como eles afirmam, eu teria necessidade de trabalhar? É claro que não”.

Garotinho não acredita numa decisão a seu favor no TRE-RJ e aposta na isenção dos juízes do TSE, em Brasília. Disse ainda que o seu desejo de voltar ao governo do estado é para fazer a retomada dos programas sociais que criou e foram abandonados por Cabral:

“E também para voltar a tratar os cidadãos de bem com dignidade. Para retomar o projeto das Delegacias Legais, para tratar os dependentes químicos com dignidade, os servidores públicos com o respeito que eles merecem e não serem chamados de vagabundos como faz esse governador. Vamos recriar ainda a Secretaria de Defesa Civil, que Cabral desmontou. Quando houve a tragédia das chuvas no meu governo em Petrópolis, cinco minutos depois a Defesa Civil estava socorrendo as vítimas. Agora, as vítimas de Angra e de Niterói ficaram totalmente desamparadas. É preciso que se diga também que é necessário fazer uma faxina na Assembléia Legislativa e que temos eleger uma bancada federal que defenda os interesses do Rio. O PMDB de Cabral é que conspira contra o Rio na questão dos royalties. Se não fosse o grito da Rosinha contra essa barbaridade, o pior já tinha acontecido”.

Garotinho lembrou ainda o desastre dos serviços de transportes:

“Cabral não comprou sequer uma vagão de trem. E não faz nada contra o descaso da SuperVia com os passageiros. E não faz porque a mulher dele é a advogada da empresa. Cabral está no bolso da SuperVia e do Metrô”.

A reunião terminou num quase baile de carnaval com a multidão cantando o jingle da futura campanha de Garotinho. O encontro deste domingo foi preparatório para a Convenção do PR, que acontece no próximo dia 30 e que lançará oficialmente a candidatura de Garotinho ao governo do Estado do Rio.

Assista abaixo dois vídeos do Encontro do PR:


1 Comente aqui:

Luciamara disse...

Força Garotinho