O título acima foi feito em cima da afirmação da mulher que emprestou seu nome (Maria da Penha) à lei 11.340 — que aumentou a punição para os agressores de mulheres — e se sente indignada com fim trágico de Eliza Samudio.
Maria da Penha está indignada porque Eliza procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá em setembro de 2009, quase um ano antes de desaparecer, e nada foi feito em sua defesa.
Leiam abaixo a reportagem do jornal Extra:
“O estado (do Rio) tem que responder. Ele foi negligente com o pedido de socorro dessa mulher”. A afirmação foi feita por Maria da Penha Fernandes. A biofarmacêutica de 66 anos emprestou seu nome à lei 11.340 — que aumentou a punição para os agressores de mulheres — e se sente indignada com fim trágico de Eliza Samudio.
A jovem procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá em setembro de 2009, quase um ano antes de desaparecer. — A Lei Maria da Penha veio para dar proteção às mulheres, mas tem que ser aplicada para valer. Providências tinham que ter sido tomadas no caso dessa mulher. Aguardaram que ela desaparecesse para fazer alguma coisa — disse ela.
Maria acha que ocorrências como a de Eliza podem também desestimular que mulheres agredidas procurem as delegacias. E, para ela, não adianta ser construída uma Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) — coisa que apenas 1,7% das cidades brasileiras, incluindo o Rio, têm, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — se o policial que trabalha nela for negligente.
Polícia se cala
A repórter ligou para a delegada Martha Rocha, diretora do Departamento de Polícia de Atendimento a Mulher (DPAM). Ela disse que não falaria sobre o caso Eliza Samudio e pediu que fosse feito um contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil. Um e-mail foi enviado ao órgão, pedindo explicações sobre o episódio, mas a mensagem não foi respondida.
Leiam abaixo o que publicou em seu blog o jornalista Claudio Humberto a respeito do assunto.
Se a polícia de Cabral tivesse trabalhado...
Consciências pesadas
Em outubro, Eliza Samudio denunciou à polícia do Rio seqüestro, tortura, cárcere privado, ameaça de morte etc. Ninguém fez nada. Só após a repercussão do caso é que pediram e decretaram a prisão dos bandidos, por esses crimes. Se tivessem agido antes, ela estaria viva.
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