Cabral está na moita sobre os muros nas favelas, que a imprensa governista apoia

Não há notícia de que o governador Sérgio Cabral tenha declarado, numa de suas passagens pela cidade entre uma viagem e outra ao exterior, que desistiu da ideia fascista de cercar 11 favelas da Zona Sul da Capital do Rio de Janeiro com muros de concreto de três metros de altura.

A ONU já condenou a idéia e cobrou explicações do governo Lula, que passou a bola para Cabral. A Anistia Internacional denunciou a medida como discriminatória. As pesquisas mostram que, embora exista um universo de habitantes do asfalto a favor da idéia, o cerco às favelas é condenado pela esmagadora maioria dos que vivem nestas comunidades.

Como a criação dos guetos tem apoio em parte da imprensa, justamente aquela parte que esconde os desmandos de Sérgio Cabral, é provável que os muros estejam sendo construídos em silêncio, na calada da noite, para que se transformem logo, logo em fato consumado. Cabral, que vai criar os guetos da Zona Sul, com apoio do seu fiel escudeiro Eduardo Paes, é o mesmo governador que, não faz muito, afirmou que as favelas são fábricas de marginais, o que suscitou esta charge curiosa que circula no território livre da internet: