Governo do Rio brinca de fazer UPAs e não bota os grandes hospitais para funcionar

Manchete da cidade do G1:

‘Minha vida está um lixo’, diz marido de grávida que morreu sem vaga em UTI

“Minha vida está um lixo, eu estou perdido, sem saber o que fazer da vida”. A declaração é de José Manoel da Silva, um pernambucano de 28 anos, que viu a mulher grávida de nove meses morrer na segunda-feira (6) sem atendimento no Hospital da Posse, na Baixada Fluminense. O bebê, que se chamaria David, era o primeiro filho dele e o terceiro da esposa.

O drama de Maria do Socorro Silva Moreira, de 31 anos, começou no domingo (5) quando ela foi levada para o Hospital Maternidade São Francisco Xavier, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio. Segundo José Manoel, a esposa, natural do Piauí, deu entrada na unidade com tosse, dores no corpo, muito frio e febre.

Um dia depois, o estado de saúde dela se agravou, e o marido recebeu a notícia de que ela precisaria ser transferida para uma unidade médica que tivesse UTI - no caso, em Nova Iguaçu, outro município da Região Metropolitana.

Segundo o chefe da maternidade do hospital de Itaguaí, médico Haílton Falocci, o Hospital da Posse foi então consultado e avisado da necessidade da transferência da paciente.

“Ela deu entrada com uma patologia pulmonar no domingo, mas, cinco horas depois, seu quadro se agravou. Como não temos CTI nem UTI, entramos em contato com o Hospital da Posse para conseguir uma vaga lá. É um protocolo. Ligamos, pedimos a vaga e seguimos o protocolo”, conta.
Maria do Socorro foi levada para o Hospital da Posse numa ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Baixada, mas não conseguiu a internação.

Comentário do blog:

Por quanto tempo mais os cidadãos deste Estado morrerão por falta de atendimento nos hospitais públicos, enquanto o governador brinca de criar UPAs, que só servem para resolver problemas de pequena importância, que normalmente não custam vidas humanas?

O governo do Estado do Rio está criando factóides ao preço de vidas.

Basta de UPAs, que consomem rios de dinheiro e não acabam com o caos da saúde pública!
UPA é complemento. Não se faz complemento sem fazer o principal. E o principal é botar os hospitais públicos para funcionar.

Estão brincando com a vida das pessoas, estes irresponsáveis.

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