Acompanhada do apresentador Paulo Henrique Amorim, da Rede Record, produtora do Domingo Espetacular tentou impedir que equipe do Jornal Povo do Rio acompanhasse operação em Vigário Geral e diz que polícia estava na comunidade para uma matéria produzida pelo programa.
Enquanto a população sofre com a falta de segurança no Estado do Rio, a Polícia Militar, do (des) governador Sérgio Cabral, e do secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, brinca de fazer novela nas favelas do Rio.
Segundo denúncia publicada na edição de hoje do jornal O Povo do Rio, a TV Record usou cerca de 30 homens da Polícia Militar do Rio de Janeiro para produzir mais um de seus folhetins. Além disso, a emissora ainda proibiu o acesso de outros veículos de comunicação, que pensaram que a incursão à favela fosse verdadeira.
Uma vergonha!
Leia abaixo a íntegra da reportagem
Segundo denúncia publicada na edição de hoje do jornal O Povo do Rio, a TV Record usou cerca de 30 homens da Polícia Militar do Rio de Janeiro para produzir mais um de seus folhetins. Além disso, a emissora ainda proibiu o acesso de outros veículos de comunicação, que pensaram que a incursão à favela fosse verdadeira.
Uma vergonha!
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Mais uma novela da Record
Emissora de TV usa Polícia para produzir mais um de seus folhetins e diz que marcou entrevista com delegada dentro de Vigário
GISELLE SANT´ANNA E MÁRCIO CORRÊA
'Isso aqui não é uma operação de verdade. Eles estão aqui por nossa causa'. Foi assim que uma produtora do programa 'Domingo Espetacular', comandado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, na Rede Record, definiu uma incursão realizada por policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), na manhã de ontem, na Favela Vigário Geral, no subúrbio do Rio.
Emissora de TV usa Polícia para produzir mais um de seus folhetins e diz que marcou entrevista com delegada dentro de Vigário
GISELLE SANT´ANNA E MÁRCIO CORRÊA
'Isso aqui não é uma operação de verdade. Eles estão aqui por nossa causa'. Foi assim que uma produtora do programa 'Domingo Espetacular', comandado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, na Rede Record, definiu uma incursão realizada por policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), na manhã de ontem, na Favela Vigário Geral, no subúrbio do Rio.
A profissional tentou, em vão, evitar que a equipe do Jornal POVO do Rio acompanhasse a ação dos cerca de 30 homens na comunidade. De um lado, a polícia insiste em informar que a operação estava planejada para checar informações sobre bandidos. Do outro, a Rede Record, através de sua assessoria de imprensa, declara que a equipe marcou uma entrevista com a delegada da especializada, Márcia Beck, na favela.
A equipe do POVO do Rio foi informada de que haveria uma operação em Vigário Geral e se deslocou até o prédio onde fica a sede da Drae, na Zona Portuária, por volta das 8h30min. Meia hora depois, um furgão da Rede Record apareceu no local, levando Paulo Henrique Amorim, sua produtora, cujo nome não foi informado e um cinegrafista. Logo em seguida, as sete viaturas policiais se dirigiram até a comunidade, sendo seguidas pela equipe do POVO do Rio e da Record.
Ao perceber que não acompanhava o comboio sozinha, a produtora ligou para a redação do POVO do Rio, dizendo que a equipe do jornal não podia continuar no comboio 'porque era uma matéria produzida para o Domingo Espetacular'. Com 10 anos de experiência em cobertura policial, a repórter decidiu permanecer na operação, entendendo que uma operação em uma favela pode ser acompanhada por qualquer órgão de imprensa.
— Se fosse uma entrevista em um gabinete ou em algum lugar particular, a postura seria outra. No entanto, entendemos que uma ação da polícia, que é uma instituição pública, não deve ser encarada como uma matéria planejada, exclusiva — disse o presidente do Jornal POVO do Rio, Alberto Ahmed.
Sindicato dos Jornalistas do Rio pedirá esclarecimentos à emissora
Ao chegar à favela, a mesma produtora se aproximou da equipe do jornal e disse que 'aquilo não era uma operação de verdade'.
Sindicato dos Jornalistas do Rio pedirá esclarecimentos à emissora
Ao chegar à favela, a mesma produtora se aproximou da equipe do jornal e disse que 'aquilo não era uma operação de verdade'.
— A polícia só veio aqui porque é uma matéria produzida. Por isso pedimos para vocês saírem — afirmou para a repórter e o fotógrafo. Os policiais foram direto para uma casa onde haveria armas. Lá, encontraram uma geladeira e, ao arrastar o eletrodoméstico, tinha um buraco, onde foram achadas duas metralhadoras, duas escopetas calibre 12 e uma pistola e drogas. As duas equipes de reportagem registraram o momento da apreensão. Em todos os momentos, Paulo Henrique Amorim conduzia a sua matéria para a atuação da delegada Márcia Beck.
— Vocês vieram na minha, né? Tem que dividir o salário comigo — alfinetou, sorrindo, Paulo Henrique Amorim, se dirigindo ao fotógrafo do Jornal POVO do Rio. A delegada se limitou a dizer que uma operação estava planejada e que foi contatada pela emissora de TV para que fosse feita uma matéria com policiais da especializada.
— O que houve foi uma operação normal da delegacia.
1 Comente aqui:
Absurdo. Acho que eles deveriam participar também do Zorra Total. O governo Cabral é uma piada.
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