Transportes precários, contratos ilegais de Cabral

Além de calamitosa, a situação dos transportes de Cabral no Rio de Janeiro alcança um ponto agora em que até os contratos são ilegais. Enquanto isso, a população sofre com o descaso e a precariedade dos transportes no Rio: barcas, ônibus, vans, bondes...

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) declarou ilegal o contrato da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) com a T’Trans, empresa responsável pela modernização dos bondinhos de Santa Teresa.

Que vergonha, Cabral.

Leia abaixo a íntegra da matéria publicada pelo jornal O Dia.

Bonde desce ladeira
Declarado ilegal contrato entre estado e empresa que fez reformas

Rio - O Tribunal de Contas do Estado (TCE) declarou ilegal o contrato da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) com a T’Trans, empresa responsável pela modernização dos bondinhos de Santa Teresa. Domingo, um acidente envolvendo um táxi, um bonde e um ônibus provocou a morte de uma mulher e deixou oito passageiros feridos. Após a decisão do TCE, o deputado estadual Alessandro Molon (PT) encaminhou, ontem, ofício ao secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, pedindo que o Estado suspenda o pagamento de quaisquer valores à T’Trans.

No documento, o parlamentar pede que os recursos sejam revertidos para a manutenção dos antigos bondes para que não haja prejuízo aos usuários do sistema. O deputado pede ainda que o estado retire imediatamente de circulação os bondes reformados pela T’Trans. Segundo a Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), o novo sistema de freios das composições não é seguro. Na sessão de ontem, na Assembléia Legislativa, a Amast fez manifestação para pedir a imediata retirada de circulação dos bondes reformados.Segundo informações do TCE repassadas ao deputado, por meio de um ofício, a Central não atendeu à exigência de entregar uma planilha de custos detalhada referente aos serviços prestados pela T’Trans.

O TCE decidiu ainda aplicar multa de 3 mil Ufir’s (cerca de R$ 5,7 mil) ao presidente e ao diretor de Administração e Finanças na época da assinatura do contrato, em 2005. Ontem, o vereador Paulo Messina (PV) entrou com um requerimento na Câmara pela criação de uma comissão especial para ajudar a solucionar o caos viário em Santa Teresa.

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