Passageiros revoltados com as novas regras para as vans de Cabral

O governador Cabral estabeleceu novas regras para as vans intermunicipais, mas esqueceu que do outro lado do problema está a população, que utiliza o serviço todos os dias. Como de costume, ninguém ligado a Cabral teve a iniciativa de perguntar ao povo se as mudanças atenderiam à população.

A revelação é do jornal O Globo, que, ao que parece, desistiu de vez de blindar Sérgio Cabral

Os passageiros que utilizam as vans intermunicipais como meio de transporte já estão sentindo os efeitos das novas regras estabelecidas pelo governo estadual.

O primeiro dia da regulamentação do transporte alternativo intermunicipal foi marcado por maior fluidez no trânsito, mas de maior superlotação dos ônibus e trens. Os usuários rejeitaram a nova regra que obriga todas as linhas de vans da Região Metropolitana a fazer ponto final na Leopoldina - e não mais na Central do Brasil, que agora só recebe os veículos que chegam da Região dos Lagos.

A nota abaixo foi publicada pelo jornalista Eucimar Oliveira, no site Youpode, e reflete bem o sentimento da população do Rio com a questão das vans. Afinal, foi bom pra quem?

Vida de gado
// Postado por YouPode
Todos os jornais constataram (exceção do Jornal do Brasil), mas nenhum explicou na forma mais simples e importante para o leitor o que representou a decisão conjunta dos governos Paes e Cabral ao regulamentar a circulação de vans no Rio de Janeiro e os prejuízos financeiros e pessoais causados aos usuários.

Bom mesmo foi para os automóveis particulares, de uso individual, que andaram mais livremente pelas ruas. Bastava pegar um ilustre passageiro, daqueles que o repórter tinha ao seu lado para ver, acredite, que ele perdeu muito mais tempo e dinheiro com a nova medida. Bastava entrevistar alguém e mostrar quando tempo esta pessoa levava até chegar ao trabalho quando as vans paravam na Central do Brasil e agora, com ponto final na Leopoldina.

Conta simples, de mais 40, 50, 60 minutos por dia para concluir que ao final de um mês o morador da Baixada vai gastar mais de um dia além do normal no deslocamento entre a casa e o serviço. E como será obrigado a pegar mais uma condução em grande parte das vezes, seu escasso dinheirinho irá acabar nos cofres das empresas de ônibus. Os coletivos ficaram superlotados e os trens, também. Vida da gado. E vai piorar o desconforto quando chegar o verão.

Nenhum jornal pensou nisso e nem mostrou a chibatada moral e financeira que levaram os moradores da Baixada Fluminense. Os governos têm o direito e, mais do que isso, o dever de organizar o funcionamento urbano, mas precisam considerar o que de mais importante há nas ruas: o cidadão. E sobre isso é que devem ser cobrados firmemente pelos jornais.

1 Comente aqui:

Fernanda disse...

Pois é, nesses tres anos de governo Cabral fez alguma coisa que prestasse? Não ouvir a população é o que ele mais faz.