A Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados quer ouvir o governador Sérgio Cabral sobre os recentes confrontos da polícia com os traficantes no Rio.
Cabral, se não fugir para Paris, vai ouvir que a orientação da política de segurança do Rio diante da crise é “reativa, carente de planejamento estratégico, prevenção e intervenção duradouras e estruturais”.
Leiam abaixo:
Câmara chama governador e secretário para falar sobre segurança
Vasconcelos Quadros, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - A Comissão de Segurança da Câmara vai ouvir o governador Sérgio Cabral, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame sobre a crise de segurança no Estado. Autora do requerimento, a deputada Marina Magessi (PPS-RJ) explicou que audiência pública será a oportunidade para esclarecer o efeito prático da propalada parceria entre os governos federal e do Rio e, especialmente, a crise gerada com as declarações contraditórias entre Cabral e Beltrame sobre de onde partiu a ordem para a invasão do Morro dos Macacos e se a polícia do Rio sabia com antecedência do ataque, conforme chegou a afirmar o secretário.
Vasconcelos Quadros, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - A Comissão de Segurança da Câmara vai ouvir o governador Sérgio Cabral, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame sobre a crise de segurança no Estado. Autora do requerimento, a deputada Marina Magessi (PPS-RJ) explicou que audiência pública será a oportunidade para esclarecer o efeito prático da propalada parceria entre os governos federal e do Rio e, especialmente, a crise gerada com as declarações contraditórias entre Cabral e Beltrame sobre de onde partiu a ordem para a invasão do Morro dos Macacos e se a polícia do Rio sabia com antecedência do ataque, conforme chegou a afirmar o secretário.
– O Beltrame disse que a Polícia Civil soube antecipadamente do ataque, mas o governador Cabral o desmentiu na mesma entrevista – afirmou a deputada.
Ela acha que a confusão e as recentes declarações de Beltrame criticando o governo federal revelam uma crise que pode ter efeito político e terminar com a saída do secretário. Beltrame, que é delegado federal, reclamou da falta de apoio da Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas no Rio e na repressão ao contrabando de armas de alto poder de fogo pelas regiões da fronteira.
– Acho que o Beltrame pode estar querendo deixar o governo – sugeriu Magessi, presidente da Comissão de Segurança da Câmara. O requerimento de convocação é assinado também pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e não estipula data. A audiência depende da agenda dos convocados.
Os dois escrevem no requerimento que a orientação da política de segurança do Rio diante da crise “é reativa, carente de planejamento estratégico, prevenção e intervenções duradouras e estruturais”. A Comissão quer avaliar os efeitos do Plano Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) – que já liberou cerca de R$ 450 milhões para o Rio – na região metropolitana, onde cerca de 100 mil jovens entre 15 e 19 anos estão fora da rede de ensino. O governador Sérgio Cabral e o secretário Beltrame também serão questionados sobre as operações de combate às milícias.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, será questionado sobre a ação da Polícia Federal nas áreas de fronteira para combater o contrabando de armas e uma eventual articulação entre os órgãos de segurança e Forças Armadas para o desarmamento das quadrilhas nos morros do Rio. A apreensão de sete fuzis em Primavera do Leste (MT) terça-feira mostrou que a rota da droga é a mesma das armas. No mesmo trecho, que inclui Rondônia, Mato Grosso, Distrito Federal, Minas e Rio, pela BR 070, já foram apreendidas 45 armas este ano.
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