Cabral gasta milhões em publicidade para mostrar realizações que não são dele

Sob o título "Propaganda vazia, mas cara, a da cultura", o professor e presidente do Instituto Republicano, Fernando Peregrino, faz uma análise de mais uma publicidade paga de Sérgio Cabral, no jornal O Globo.

No anúncio, o atual Governo do Estado diz que "nos últimos três anos multiplicou por quatro os investimentos feitos em cultura".

Leiam abaixo a íntegra do artigo

http://fperegrino.blogspot.com/2009/12/propaganda-vazia-mas-cara-da-cultura.html

PROPAGANDA VAZIA, MAS CARA, A DA CULTURA

Em mais uma publicidade de página inteira de O GLOBO de hoje, O Governo do Estado afirma que " nos últimos três anos multiplicou por quatro os investimentos feitos em cultura". Será mesmo? Se o fator de multiplicação (4) é tão destacado, por que nao anunciam o valor? O site Contas Abertas não revela isso, ao contrário, mostra um crescimento vegetativo do orçamento.

O Governo Rosinha aplicou cerca de R$70 milhões no último ano apenas em incentivos fiscais em projetos culturais. O atual governo, pela propaganda, teria aplicado 4 vezes mais, ou seja, R$280 milhões!!? Difícil acreditar, é muita fantasia, é muita pirotecnia, ou melhor, é considerar o cidadão um ignorante!

A matéria esbanja dinheiro publico em publicidade e parece ser rigorosamente a transcrição de um relatório burocrático de atividades que comunica pouca coisa que interessa ao cidadão. E como tal, não corresponde nem de longe ao fato de ter quadruplicado os investimentos!. Senão vejamos:

a) se considera tão importante o acesso da população ao cinema, quantas salas de exibição abriu nos municípios que carecem desse equipamento? Ao contrário, dados indicam que o atual governo fechou a maioria das salas de cinema inauguradas no governo Rosinha Garotinho;

b) Que fim levou o premio Governador do Estado da Cultura?

c) Quais os incentivos a novos talentos das artes e cultura do Estado?

d)Que museus criou? Cadê a conclusão da obra do Theatro Municipal que foi adiada sucessivamente várias vezes? Que outros equipamentos culturais criou que justificasse esse fantasioso investimento?

A propaganda, ao contrário, se perde em minúncias, porque coisas a divulgar não há. Alardeia, por exemplo, que a secretaria fez seminários e palestras!! Ora, ora, com todo respeito, se ao menos divulgassem o conteúdo dos seminários, seria um serviço de difusão de informação, aliás se o evento justificasse, mas dizer que fez uma discussão sobre um tema, por mais relevante que seja, francamente. E restrita apenas aos que assistiram presencialmente....

Mas toda essa publicidade tem um preço, muito mais que a edição do anunciado "dois milhões de reais no circuito das artes" (sic).

E para quem disse na campanha que não iria gastar recursos em propaganda, apenas em serviços de publicidade de utilidade pública, isso é realmente um descaso com o eleitor. Acabou até com o Fala Cidadão, este sim, de utilidade pública e respeito ao cidadão.

Última: a Rio Film Comission foi implantada no Governo Rosinha Garotinho, não dá para usurpar assim! Mas isso parece ser praxe no atual governo. Juntar forças, digo, juntar obras dos outros e divulgar como suas (PAC, Pontes, Estradas, Saneamento da Barra, Despoluição de lagoas, etc). Desculpem a ironia...

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