Descaso da prefeitura de Eduardo Paes faz com que o mosquito da dengue volta a aparecer e já preocupa os cariocas.
Leia abaixo a reportagem do jornal O Globo
Publicada em 22/01/2010 às 23h45m
Célia Costa e Rafael Galdo
O mosquito Aedes aegypti parece estar ganhando a guerra no Rio. Os índices de infestação predial na cidade continuam altos e, segundo especialistas, como o entomologista Rafael Freitas, da Fiocruz, o número de vítimas da dengue só não é grande porque a maioria da população já teve a doença e está imune aos três vírus que circulam no país.
Conforme o último Levantamento do Índice de Infestação Rápido pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro do ano passado, a média do Rio é 2,9%, quase três vezes o tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é 1%.
Existem pontos na cidade onde a situação é ainda pior. Na Área Programática (AP) 3.1, que compreende os bairros de Penha, Ilha do Governador e Ramos, o índice é 5,2%. Os dois bairros com maior infestação têm realidades distintas. Santo Cristo, bairro degradado e com áreas abandonadas, tem 9,5%.
Mesmo índice apresenta a Lagoa, região nobre, mas com problemas como água empoçada em áreas públicas, como o Parque do Cantagalo. Ainda não há levantamentos dos índices do verão, mas a preocupação é com o grande volume de chuvas e as altas temperaturas, condições favoráveis à proliferação do mosquito da dengue.
Três mutirões de combate à dengue, de acordo com o secretário de Saúde, foram feitos recentemente na região da Penha e na do Maracanã. Nas últimas semanas, foram visitados 45 mil imóveis e 40 toneladas de lixo foram removidas. Os agentes detectaram 15 mil focos do Aedes aegypti.
Na Lagoa, bairro com maior índice de infestação na Zona Sul, é com desconfiança que moradores passam pela ciclovia na altura do Parque do Cantagalo. Eles temem que as grandes poças d'água perto das quadras esportivas sirvam de criadouro do mosquito.
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é que dá não olhar com carinho a saúde da população
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