Infelizmente, a prefeitura de Eduardo Paes e o governo do Estado de Sérgio Cabral pensam que o Estado do Rio se limita ao Leblon, Ipanema, Copacabana e o Leme, pegando ainda São Conrado, Barra e Recreio.
Imortalizada por Noel Rosa - cujo centenário será tema de enredo este ano na Marquês de Sapucaí -, Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, vive um contraste, como mostra reportagem de O GLOBO, publicada neste domingo (24). De um lado, a sua importância para a identidade cultural carioca; de outro, o abandono e a insegurança.
A nota mais triste está registrada nas calçadas tombadas do Boulevard 28 de Setembro, onde fradinhos e até bancas de jornal avançam sobre o mosaico de pedras portuguesas que reproduzem as partituras de canções de Noel Rosa ("Feitiço da Vila", em parceria com Vadico) e de outros compositores como Chiquinha Gonzaga ("Abre-alas") e Sinhô ("Jura").
- Isso é o maior absurdo - protesta o morador Carlos Arêas, da Velha Guarda da Unidos de Vila Isabel.
A situação lastimável do antigo jardim zoológico é outro símbolo do descaso do poder público. O lago, mesmo imundo, atrai crianças dos morros São João e Macacos, e carros são abandonados no meio do matagal.
Responsável pelo projeto Rio Cidade da Vila, o arquiteto Pedro da Luz toca na grande ferida do bairro hoje em dia. Para ele, a Vila tem sido vista como um território conflagrado desde que houve um intenso confronto entre facções do São João e do Macacos, de onde partiram tiros de fuzil que derrubaram um helicóptero da PM, matando três policiais, em outubro passado.
Não à toa, Martinho da Vila, único autor do samba-enredo da Vila Isabel que homenageia Noel este ano, desabafa:
- Como pode um bairro com a importância cultural da Vila não ter um Memorial Noel Rosa? Uma casa de espetáculo? Um teatro? Se, além disso, acontecesse a urbanização do Morro dos Macacos, a Vila se transformaria num lugar muito bom.
Imortalizada por Noel Rosa - cujo centenário será tema de enredo este ano na Marquês de Sapucaí -, Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, vive um contraste, como mostra reportagem de O GLOBO, publicada neste domingo (24). De um lado, a sua importância para a identidade cultural carioca; de outro, o abandono e a insegurança.
A nota mais triste está registrada nas calçadas tombadas do Boulevard 28 de Setembro, onde fradinhos e até bancas de jornal avançam sobre o mosaico de pedras portuguesas que reproduzem as partituras de canções de Noel Rosa ("Feitiço da Vila", em parceria com Vadico) e de outros compositores como Chiquinha Gonzaga ("Abre-alas") e Sinhô ("Jura").
- Isso é o maior absurdo - protesta o morador Carlos Arêas, da Velha Guarda da Unidos de Vila Isabel.
A situação lastimável do antigo jardim zoológico é outro símbolo do descaso do poder público. O lago, mesmo imundo, atrai crianças dos morros São João e Macacos, e carros são abandonados no meio do matagal.
Responsável pelo projeto Rio Cidade da Vila, o arquiteto Pedro da Luz toca na grande ferida do bairro hoje em dia. Para ele, a Vila tem sido vista como um território conflagrado desde que houve um intenso confronto entre facções do São João e do Macacos, de onde partiram tiros de fuzil que derrubaram um helicóptero da PM, matando três policiais, em outubro passado.
Não à toa, Martinho da Vila, único autor do samba-enredo da Vila Isabel que homenageia Noel este ano, desabafa:
- Como pode um bairro com a importância cultural da Vila não ter um Memorial Noel Rosa? Uma casa de espetáculo? Um teatro? Se, além disso, acontecesse a urbanização do Morro dos Macacos, a Vila se transformaria num lugar muito bom.
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