Colunista e jornalista desafia secretário de transportes a levar sua mãe ou tia para andarem no Metrô carioca e conhecerem a estação inaugurada de Ipanema, que não está pronta.
Deu no You pode:
Será que Julio Lopes tem mãe?
Eu não sei se o secretário de Transportes do Rio, o doutor Julio Lopes, ainda tem mãe.
Tomara que tenha.
Eu tenho e acho ótimo.
Mas mesmo com algumas diferenças com a minha, eu não levaria minha mãe para andar de Metrô, mesmo que, pela idade, ela viajasse de graça.
Mas adoraria ver a mãe do secretário, aquela tia querida, ou mesmo a madrinha – ele tem toda pinta de ter sido criado por madrinha – embarcando ou desembarcando na única estação inaugurada, sob a sua administração, e para qual ele trouxe até o mesmo o Presidente da República para romper a fita simbólica: a da Praça General Osório, em Ipanema.
Em primeiro lugar a estação ainda não foi concluída. Existem saídas, como a da rua Teixeira de Mello, por exemplo, cujo acesso continua fechado.Segundo, ela não tem uma única esteira ou escada rolante que funcione. Mas nenhuma mesmo.
Não preciso falar do atraso dos trens, do sistema de ar condicionado e da superlotação. Essas mazelas já são conhecidas de todos.
Os atuais dirigentes do metrô e mais aqueles que os nomearam ou escolheram, não só são incompetentes, ineptos ou relapsos. Eles são também meliantes, eles assaltam a população, pois não oferecem o serviço contratado, e são bandidos – não no sentido de assaltantes à mão armada, mas no sentido de malfeitores. Disso ninguém tenha dúvida.
Como todos são subordinados ao doutor Julio Lopes, este também é o maior culpado por tudo, assim como o seu chefe, o fanfarrão do Rio que prorrogou por 20 anos uma concessão que só expiraria em 2018.
Isso já foi dito aqui, mas não custa repetir: um dia o Ministério Público estudará a sério essa concessão e alguém terá de ir para a cadeia.Hoje é domingo de Carnaval, e ainda faltam dois dias para terminar os festejos de Momo.
Eu desafio o secretário Julio Lopes a levar qualquer parente seu – pode ser mesmo a esposa, se for casado, ou a namorada – para fazer um percurso de metrô, a qualquer hora do dia, desde que comece ou acabe na estação da Praça General Osório.
Ele não suportaria tamanha humilhação. Não porque fosse reconhecido.
Poderia ir até disfarçado, quem sabe fantasiado de Clóvis.
Seria bom que ele visse que a questão não é pessoal, embora ele seja o responsável pelo descalabro.
Se um grupo de pesquisadores for para a porta da estação entrevistar turistas, eles não encontrarão uma única pessoa que se declare feliz.
O secretário talvez se sinta perseguido pela crítica, mas o fato concreto é que ele não levaria a sua mãe para ir de metrô àquela estação.
Se o fizesse, é possível que, a primeira providência que ela tomaria, no primeiro dia útil, seria deserdá-lo.
Já o publico usuário, tenha certeza, fará um estrago maior.
Ele que aguarde.
Colunista desafia secretário a levar a família para andar nos superlotados vagões do Metrô-Rio
Marcadores: Cabral, estação de Ipanema, Julio Lopes, Metrô, superlotaçãoPostado por Amigos do Governador Garotinho às 11:49
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