Extra confirma: Unidades Precárias de Atendimento

Não é surpresa para esse blog o que constatou o Jornal Extra. Nós sempre chamamos as tais Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Sérgio Cabral de Unidades Precárias de Atendimento.

Não inventemos o péssimo atendimento – apenas lemos nos jornais que as tais unidades não passam de uma miragem eleitoral de Cabral.

Leiam o está hoje em O Extra:


Atendimento precário em UPAs e hospital na quarta-feira de cinzas

A quarta-feira de cinzas foi de atendimento precário em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) — Realengo, na Zona Norte do Rio, e Parque Lafaiete, em Duque de Caxias — e em um hospital estadual. Apesar da baixa procura, pessoas que foram aos locais buscando médicos acabaram sendo orientados por funcionários a irem para outras unidades ou voltar outro dia.

O autônomo Paulo Francisco Conte, de 53 anos, sofreu um corte profundo no pé direito há uma semana. Ontem, com o machucado bastante infeccionado, ele procurou a UPA de Realengo. Foi recebido por um funcionário que disse não haver médicos para realizar o atendimento:

— Estou com medo de ter que amputar meu pé. Isso é um absurdo. Sem falar que não tenho como ir a outro lugar porque não estou conseguindo andar. Para vir para cá, consegui uma carona.

A dona de casa Keila Emiliano, de 34 anos, também foi barrada pelo funcionário. Ela buscava atendimento para o filho, Gabriel Emiliano, de 5 anos, que estava com febre alta.

— O sujeito disse que não tem médico e disse que era melhor eu ir para outro lugar — contou ela.

Na UPA de Parque Lafaiete, em Caxias, a vítima foi a estudante Thaisa Rodrigues Ramos, de 19 anos. Ela teve uma queda de pressão e vertigens anteontem. Com medo de ser alguma coisa séria, foi à unidade:

— Mas os funcionários disseram só estar atendendo casos graves, como baleados. Eu voltei para casa e, depois, procurei uma clínica particular.

Mãe de Thaisa, a dona de casa Eliane Rodrigues Ramos, de 50 anos, ficou indignada com a situação.

— O lugar estava vazio e, mesmo assim, as pessoas consideradas casos leves não recebiam atendimento. É um absurdo. O dinheiro dos nossos impostos é que foi usado para construir essa UPA — disse ela.

Ambulatório fechado

No Hospital Getúlio Vargas, na Penha, o ambulatório estava fechado. A faxineira Vânia Carolina da Silva, de 28 anos, levou o filho Vinícius Eduardo da Silva de Oliveira, de de 10, à unidade. O menino operou o braço direito na quarta-feira passada e deveria fazer a troca de curativo ontem, mas não conseguiu atendimento.

— Disseram para eu voltar amanhã (hoje), mas não vou poder porque estarei trabalhando. Vou ver se o mau pai troca o curativo dele em casa mesmo. Vai ser o jeito — disse ela.

A assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Saúde reconheceu que, nas duas UPAs que o EXTRA visitou havia três médicos, ao invés de quatro — que seria o normal. Segundo a secretaria, "os profissionais faltosos são médicos cooperativados, que, se não justificarem sua ausência, serão automaticamente desligados". Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, não existe triagem, mas sim um sistema de classificação de risco nas UPAs. "Os pacientes são separados de acordo com a gravidade do caso e não por ordem de chegada". Quanto ao ambulatório do HGV, a Secretaria de Saúde informou que "o mesmo não existe há muito tempo e que o tipo de atendimento mencionado dever ser realizado em postos de saúde".

3 Comente aqui:

Veronica disse...

É uma pena que a população do Rio, especialmente as mais pobres, sejam maltratada desse jeito em hospitais de fachada

Fernando Lopes disse...

Se os políticos tvessem o mesmo empenho com a saúde que tiveram para trazer a Copa e a Olimpíada, cetrtamente a população agradeceria

Rafael disse...

Infelizemente, a saúde piorou muito com o Cabral. A verdade é essa