Líderes do PT reafirmam apoio a Anthony Garotinho

Está no O Globo de hoje mais uma defesa do PT para que Dilma e Garotinho caminhem juntos no estado.

O mais engraçado, risível mesmo, quase beirando à chacota, é o deputado Jorge Picciani cobrando coerência dos políticos.

Como dizia o falecido Muçum: “Cumo?”

Leiam abaixo:

‘No Rio, Garotinho já declarou que vai apoiar a Dilma. Não vamos recusar esse apoio. Em 2006, o presidente Lula foi em dois palanques em alguns estados, e não foi em alguns outros”

Ricardo Berzoini, ex-presidente nacional dp PT

Quando Lula fala isso (palanque único) está expressando o desejo dele. O fato de desejar um palanque único não significa que vamos recusar apoio. Isso seria uma estupidez política. No Rio, já facilitamos a vida do Sérgio Cabral derrotando o (prefeito de Nova Iguaçu) Lindeberg Farias”.

Luiz Sérgio, presidente do PT do Rio de Janeiro

O pré-candidato ao governo do Rio Anthony Garotinho (PR) reagiu ontem às declarações do presidente Lula. O ex-governador lembrou que lideranças do próprio PT já sinalizaram ser a favor da participação de Dilma Rousseff em seu palanque, apesar dos petistas apoiarem o governador Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição.

— Três lideranças do PT declararam apoio: o (deputado Cândido) Vaccarezza, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o José Dirceu. A declaração do Lula pode estar relacionada a outros estados, como a Bahia, e não ao Rio — afirmou ele.

Durante o carnaval, Cabral cobrou fidelidade de Dilma: — Acho o seguinte: quando há dois palanques, pode ser um problema. Como é que ela (Dilma) vai no mesmo dia para um palanque de situação e para um de oposição? Vai acabar perdendo o voto até da minha mulher.

O presidente do diretório estadual do PT no Rio, Luiz Sérgio, defendeu Garotinho afirmando que o partido não pode ter “postura arrogante”:

— Se a nossa aliança no Rio é com o PMDB, o palanque deve ser mesmo do Cabral. Mas nós não podemos ter uma postura arrogante e rejeitar outro apoio. Se o Garotinho for candidato, evidentemente que ele será muito bem-vindo.

É preciso ter coerência política, diz Picciani O vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), porém, lembrou que Lula já está dando o tom da campanha:

— Fechamos aliança com quase todos os partidos que foram oposição a Sergio Cabral em 2006. Agora, é partir para as eleições. O presidente está dando o tom. E nós temos que fazer o que ele pedir.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), pré-candidato ao Senado na chapa de Cabral, por sua vez, disse que Dilma seria incoerente ao subir em dois palanques:

— Ela não somaria votos.

Sendo Garotinho opositor de Cabral, como ela explicará para o eleitor? Vai ficar, ao mesmo tempo, num palanque da situação e da oposição? É preciso ter coerência política.

Segundo Picciani, o palanque duplo só fortaleceria as campanhas do deputado federal Fernando Gabeira (PV) e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidatos ao governo do Rio e à Presidência, respectivamente:

— Essa postura da Dilma só faria crescer a campanha do Gabeira e do Serra”.

1 Comente aqui:

RICARDO GAMA disse...

O povo sem casa, jornal O Globo informa o que Anthony Garotinho fez, e o que Sérgio Cabral não fez.
http://ricardo-gama.blogspot.com/2010/02/o-povo-sem-casa-jornal-o-globo-denuncia.html