Presidente da Alerj, amigo de Sérgio Cabral, rejeita pedidos de CPI do Metrô

Como diz o ditado: quem tem amigos não morre pagão, não é mesmo!


Desta vez, o (des) governador Sérgio Cabral não precisou nem de sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, cujo escritório de advocacia faz a defesa do metrô, para livrar a sua queridinha e intocável concessionária Metrô Rio do descaso com a população, da precariedade dos serviços e da superlotação, entre tantos outros problemas que afetam o dia-a-dia dos trabalhadores cariocas.

Na noite desta quinta-feira (4), o presidente da Alerj e amigo de Sérgio Cabral, o deputado estadual Jorge Picciani, arquivou o pedido de alguns deputados de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Para Picciani, que assim como Cabral, vive em outra cidade, longe da realidade dos cariocas, o metrô é lindo e maravilhoso. Ou seja, para Cabral e Picciani, dane-se a população e viva os empreendedores que vão investir - SERÁ? - no Rio para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Leia abaixo a reportagem publicada em O Globo On Line

Presidente da Alerj veta CPIs para investigar metrô, trem e agência reguladora dos transportes

O calor dos vagões do metrô, que ainda sofre com problemas de ar-condicionado e superlotação, não chegou à Assembleia Legislativa (Alerj). O presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que arquivará todos os pedidos de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Os deputados Alessandro Molon (PT) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) pedem a investigação de irregularidades no metrô, no trem e na agência do estado que regula os serviços, a Agetransp.

Mesmo que deputados aprovem, CPI será vetada

Picciani alega que os pedidos protocolados em 2010 - ambos com assinaturas acima do mínimo necessário, o que implicaria aprovação automática - estão prejudicados por conta de um outro pedido de abertura de CPI, feito em novembro de 2009 por Molon. Este primeiro requerimento será levado a plenário, onde haverá uma votação. No entanto, mesmo que seja aprovado pelos deputados, o presidente da Casa o vetará. De acordo com Picciani, não há fato que justifique a criação de comissão de inquérito:

- Não se pode, a qualquer custo, abrir uma CPI num momento em que o Rio vai recepcionar uma Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os investidores não podem se sentir inseguros.

O parlamentar afirmou, ainda, que o metrô está se modernizando e que os investimentos estão sendo feitos. Picciani disse que vai transferir a investigação para a Comissão permanente de Transportes.

O presidente da Alerj também defendeu o governador Sergio Cabral, alegando que este foi o primeiro governo a investir nos últimos 15 anos, implantando o bilhete único e comprando mais vagões para metrô e trens, que só começarão a chegar em 2011.

Molon, por sua vez, afirmou que entrará na Justiça contra Picciani. Ele quer um mandado de segurança que o obrigue o presidente da Alerj a instalar a comissão parlamentar.

Abaixo-assinado por CPI será feito na porta do metrô

- O presidente não tem o direito de escolher os temas que vão ou não ser investigados. Só há duas CPIs em funcionamento na Casa, não há razão para impedir a investigação do caos que chegou ao metrô. A decisão do presidente é uma afronta ao sofrimento que a população vem experimentando no transporte metroviário e ferroviário - afirma o deputado.

O petista anunciou uma campanha a partir desta sexta-feira para recolher assinaturas de usuários do metrô que apoiem a instalação da CPI. Ele pretende passar o documento na porta das estações de trem e metrô.

Já Corrêa da Rocha, o primeiro a protocolar em 2010 um pedido de CPI, afirmou que a abertura de um novo ano legislativo abre a perspectiva de que não é necessário consultar pedidos anteriores. Tanto que ele colocou um assessor na fila desde o dia anterior, para garantir que o pedido dele seria o primeiro a ser protocolado.

- A CPI precisa ter objeto definido. Obedeci aos princípios: fato determinado existe. Em relação ao pedido de CPI de novembro de 2009, não li a justificativa, não sei como está escrito. Mas as questões todas são de ponto de vista, de discussões, faz parte das quedas de braço entre oposição e governo - disse o tucano.

Leiam abaixo os comentários de alguns internautas de O Globo On Line

Ricardo Lafayette Pinto

05/02/2010 - 00h 19m

Isto é um absurdo ! Esses caras não tem idéia de que estão destruindo o metrô carioca. É preciso investigar sim e urgente esses absurdos que estão sendo feitos no metrô do Rio. O Picciani com certeza ta a serviço do Cabral e do Zé Gustavo, que se acha o novo dono do metrô. Lamentável !

José Ricardo da Silva Freire

04/02/2010 - 23h 52m

Esse desgraçado não utiliza o metrô, e está com rabo preso com o Cabral. Se ele ou alguém da sua família utilizasse essa droga de serviço, rapidinho ele aprovaria.
Vamos juntar essas assinaturas.


2 Comente aqui:

Anônimo disse...

Anônimo disse...
Michel Temer, Renan Canalheiros, José Sarney, Serginho Cabral, Picciani. Viram só que time? Pois bem, nao espere muito dessa corja. Pois eles fazem parte do PMDB oportunista aquele que faz pacto com Deus e com o diabo para se manterem no poder, aquele mesmo que puxa o saco do Lula e bajula a elite do PT e estão se lixando oara o povo é aquele também que traiu o ex governador garotinho e o atirou na cova dos leões. Portanto meus companheiros não vamos desistir da luta, mais não devemos
esperar muito desses sanguessugas da nação não.

Paulo Rodrigues disse...

Picciani é da mesma turma do Cabral. Inacreditável um sujeito assim ficar ao lado da bagunça e do descaso de Cabral e ignorar o povo. E ainda por cima ele quer se candidatar ao Senado. Desse jeito, contrariando o desejo do povo de ver o metrÔ organizado e poder ir e voltar do trabalho em paz?