Volta às aulas está um caos na Rede Municipal de Eduardo Paes

A volta às aulas na Rede Municipal de Educação está sendo um caos. Além da bobagem de se gastar verbas públicas com uniformes novos – que apenas trocam a cor laranja pela azul e que estão em falta - alunos e pais denunciam a ausência de professores.

Quem ainda não recebeu os novos uniformes está sendo dispensado das aulas. Ou seja, a prioridade de Eduardo Paes e da privatista Claudia Costin, a secretária de Educação (??) não é ensinar.

Vejam abaixo:

Pais e alunos queixam-se de problemas na rede municipal do Rio

Apesar de a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, avaliar como positivo o início do ano letivo na rede, pais e alunos queixaram-se de problemas. Algumas unidades encerraram o turno da manhã mais cedo. Os motivos: falta de merenda ou de professores.

Na Escola Municipal Fernando Tude de Souza, em Brás de Pina, os alunos foram dispensados às 10h. Segundo Bruno dos Santos, de 12 anos, que cursa o 6º ano na unidade, a direção alegou que não havia merendeiras para preparar a comida:

— Disseram que amanhã a situação estará normalizada. Vamos ver, né?

Na Escola Municipal Calouste Gulbenkian, na Cidade Nova, o horário de saída também foi antecipado. Mas, de acordo com os pais, por deficiência no quadro de professores.

— A direção convocou uma reunião para o próximo dia 4 para falar sobre os professores que ainda virão para cá — disse Rosângela Duarte, de 33 anos, que tem uma sobrinha no 4º ano do colégio. Pai de uma aluna também do 4º ano, o serralheiro Adalberto Dias de Lima, de 55 anos, lamentou a situação:
— As aulas já começam tarde, só depois do carnaval, e ainda acontece isso.

A secretária Cláudia Costin classificou os problemas como pontuais e garantiu que todos serão rapidamente solucionados. Em relação à falta de professores, ela frisou que um grupo de 1.094 começa a trabalhar em duas ou três semanas.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação informou que não houve falta de merendeiras na Escola Fernando Tude de Souza. Teria havido um problema com o gás de manhã mas, de acordo com o órgão, a comida foi preparada assim logo depois do reparo.

Com relação à Escola Calouste Gulbenkian, a assessoria alegou que os alunos foram liberados às 11h por conta de alguns professores que fazem dupla regência. O órgão esclareceu que a liberação da dupla regência já foi feita e está sendo encaminhada para a escola.

Hoje também foi dia de volta às aulas na rede estadual: cerca de um milhão e meio de alunos iniciaram as atividades em 1.437 escolas.

Sem uniformes novos

Outra reclamação dos pais foi em relação ao uniforme dos alunos: os novos, nos tons de azul adotados pelo prefeito Eduardo Paes, só começam a ser distribuídos em março. Resultado: ano novo, mas com camisa velha.

— A minha blusa já está apertada — disse Yasmin Costa, de 15 anos, aluna do 6º ano da Escola Municipal Fernando Tude de Souza.

Mãe de Rafael Silva, de 15 anos, aluno do 6º ano da Escola Municipal Grécia, em Brás de Pina, a dona de casa Rita Santos Silva, de 52 anos, contou que tinha tanta certeza que receberia camisas novas que jogou as usadas no ano passado no lixo:

— Quando soube que as novas só vêm em março, peguei um uniforme emprestado com um colega do meu filho. Ele só tem essa camisa. E, com esse calor, vou ter que lavá-la todos os dias. Tenho medo de o tecido não aguentar.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação informou que, caso a camisa do ano passado não tenha condições de ser usada, o aluno pode ir para a escola sem uniforme e não será barrado.

Além da falta de professores e de merenda, um outro assunto — considerado um verdadeiro “problemão” — não saía da cabeça dos alunos: o calor. Com os termômetros beirando os 40 graus, os estudantes temiam o que enfrentariam dentro das salas de aula.

— Vai ser impossível estudar desse jeito. O ventilador está quebrado. É quase uma sauna lá dentro. Quem é que vai prestar atenção na aula assim? — perguntou Larissa Cristine Araújo, de 13 anos, aluna do 6º ano da Escola Municipal Mário Paulo de Brito, em Irajá.

Nas salas em que o aparelho funcionava, a disputa foi por um lugar bem perto dele, para pode pelo menos sentir um ventinho.

— As aulas só deviam começar depois que o verão acabasse. Assim a gente não sofria tanto — disse Pâmela Fonseca, de 12 anos, aluna do 5 ano da Escola Municipal Fernando Tude de Souza.



3 Comente aqui:

Paulo Rodrigues disse...

Haja dinheiro público para satisfazer cada prefeito que entrar e que quer mudar a cor dos uniformes da garotada

Luciano disse...

As fábricas de uniformes devem estar gratas ao prefeito gastador

Ricardo Feijo disse...

Paes se preocupa mais com o visual do que com o ensino em si das crianças e dos jovens. Professor, melhores salários, capacitação dos profissinonais que é o mais importante nada.