Alerj pedirá explicações sobre desperdício de medicamentos e de dinheiro público

Deputados estaduais pedirão explicações à Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil sobre o desperdício de medicamentos e produtos médico-hospitalares.

Segundo relatório preliminar do Denasus, noticiado pelo jornal O Dia na segunda-feira (1), Sérgio Cabral jogou fora, entre julho e novembro do ano passado, R$ 15,6 milhões em produtos.

Para a Alerj, há descontrole com verba pública e desrespeito aos pacientes do Rio.

Leiam abaixo o artigo do presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro sobre a questão da privatização da sáude

Fala sério, deputado

Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro

Em entrevista a O DIA, no dia 21 de fevereiro, o líder do governo na Assembleia Legislativa demonstrou que o estado não possui política de RH, mas sim uma colcha de retalhos em que cada categoria é tratada diferentemente das demais, rompendo o princípio isonômico constitucional. Suas declarações indignaram os servidores públicos.

Em quase quatro anos de governo, o setor de saúde foi o único que não recebeu reajuste, e as promessas eleitorais foram para o espaço. O PCCS aprovado pelos seus pares foi ignorado e os servidores estão amargando o pior tratamento já recebido pelo setor.

Ao dizer que “o estado faz a escala e o médico não aparece”, o deputado insinua que os profissionais são irresponsáveis. Ao distorcer os fatos, tenta explicar a evasão dos médicos da rede estadual, motivada pela pior remuneração paga no País e pelo ambiente de trabalho degradado. Na verdade, esse médico que não está no plantão ou não existe ou adoeceu devido à falta de condições de trabalho.

Hoje, a inclusão dos bombeiros militares na rede encontra-se ameaçada pelas diversas baixas verificadas no último concurso da corporação, motivadas pela insatisfação com os salários e a carga horária. Para atestar isso basta verificar o funcionamento das UPAs: faltam médicos e o atendimento é demorado.

Já em sua afirmação de que o setor deve ter um novo formato está implícita a defesa da entrega da gestão à iniciativa privada, da terceirização da mão de obra com salários superiores aos dos servidores públicos, da dispensa do concurso público e do fim da estabilidade. O seu papel é esse mesmo. Como líder, desviar a atenção do problema, responsabilizando os médicos pelo que o governo deixa de fazer. Fala sério!


1 Comente aqui:

Neymar disse...

Um desperdício lamentável. Muito dinheiro foi para o lixo, dinheiro que poderia ser bem utilizado na educação.