Taxa de iluminação aumenta a inflação para os cariocas

Diretor da Fecomércio RJ, Natan Schiper publica artigo no jornal O Dia onde mostra que a taxa de iluminação pública, imposta pelo filho de Cabral, Eduardo Paes, à população além de abusiva traz aumento da inflação para os cariocas.

Vale a pena ler:

Natan Schiper: Cosip e inflação
Diretor secretário da Fecomércio-RJ

Rio - Um filme que retrata a velha lenda de Robin Hood está em cartaz, apresentado o herói como “o que rouba dos ricos para dar aos pobres”. A realidade é outra. Trata-se da luta entre a sociedade e o Estado, onde o Estado, com a função de promover o bem-estar coletivo, deveria saber cobrar e aplicar os recursos vindos dos impostos.

João Sem Terra, rei da Inglaterra, por impor ações extorsivas na cobrança dos impostos, é acuado pelos nobres, e assina, a contragosto, a Magna Carta. Na Carta, são estabelecidos limites para a instituição e para a cobrança dos impostos. Foi uma vitória da sociedade com consequências históricas. O rei, até então, era produto da vontade divina. Não poderia, portanto, ser contestado por mortais.

Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou os índices do IPCA-15. No Rio de Janeiro, o índice alcançou 0,87%, — 38% a mais do índice nacional — que foi de 0,63%. Algo está errado. E o “ algo” é a Contribuição Sobre Iluminação Pública (Cosip), segundo o IBGE, o vilão desse aumento.

Independentemente da contestação judicial quanto à constitucionalidade, já que pairam inúmeras dúvidas sobre o processo de aprovação da lei pela Câmara de Vereadores, o fato é que a tabela aplicada no Rio é um ônus para a sociedade. Agora, de modo oficial, o ônus reverte para o País, já que se reflete no IPCA nacional.

Os governantes desta cidade, incluindo seus vereadores, provavelmente, não imaginavam tamanha consequência para uma “simples taxa”, quando em uma sessão sem a devida publicidade, a aprovaram. Depois dessa informação pública e oficial, esperamos que tal contribuição seja revista. Para o bem do Rio, e também, agora, para o bem do Brasil.