PR reúne multidão na Cinelândia e Peregrino compara campanha de Cabral à propaganda nazista





O comício de lançamento da candidatura de Fernando Peregrino ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, ocorrido na tarde desta terça-feira (dia 10), na Cinelândia, no Centro do Rio, serviu para mostrar o que será o primeiro debate entre os candidatos a governador marcado para esta quinta-feira (dia 12), na TV Bandeirantes.


O candidato da coligação "A Força do Povo (PR/PT do B), diante de um público de cerca de 8 mil pessoas, antecipou que irá questionar o governador Sérgio Cabral sobre a origem do dinheiro com o qual conseguiu comprar a mansão de Mangaratiba, avaliada, segundo declarou Cabral, míseros R$ 200 mil.

Peregrino comparou a campanha de Sérgioi Cabral à propaganda nazista. Ele justificou que o governador tenta controlar os meios de comunicação, fazendo crer que a opção pelo seu nome é a melhor para o povo.

O ex-governador e candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados, Anthony Garotinho, discursou durante 20 minutos, período em que usou para fazer severas críticas a Sérgio Cabral. Garotinho lembrou que foi vítima juntamente com sua família de uma perseguição insidiosa promovida por Cabral.

Garotinho lembrou que diante das resistências e dificuldades impostas ao seu nome, optou por fortalecer o Partido da República, candidatando-se a uma vaga na Câmara dos Deputados. Durante vários momentos do seu discurso, o ex-governador conclamou a plateia presente a lhe acompanhar no seguinte bordão: “Cabral é do mal”. A resposta foi imediata. Algumas pessoas empunhavam folhas de caderno improvisadas como cartazes, nos quais se lia “Cabral é do mal”.

Ao se referir a Fernando Peregrino, Garotinho disse que o candidato representa a esperança: “Você vai, no dia 1º de janeiro de 2011, começar a reconstruir aquilo que Cabral destruiu. Ele (Cabral) vai pagar pelo mal que fez”, afirmou Garotinho, enumerando diversos programas sociais que o atual governador encerrou, como o "Jovens pela Paz", onde 10 mil jovens trabalhavam em comunidades carentes, a degradação dos restaurantes populares e o fechamento das farmácias populares. Ao se referir ao público presente à Cinelândia, Garotinho ironizou as cerca de 500 pessoas que compareceram ao comício organizado por Sérgio Cabral para a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff.

“Aqui não tem funcionário público com medo de perder o emprego. Aqui não tem terceirizados ameaçados de ter o contrato rompido. Aqui está o povo livre, soberano e independente”, afirmou Garotinho, lembrando que a polícia, por ordem de Sérgio Cabral, vem exercendo cerco aos motoqueiros. Ao comentar as chances de Peregrino nas urnas, Garotinho se mostrou otimista.“Cabral é igual à corrida de cavalo. O cavalo que sai na frente, geralmente, não é o que ganha. O Cabral é um cavalo paraguaio”, comparou Garotinho, ressaltando "que toda grande vitória começa com um primeiro passo", previu o ex-governador fluminense.

Peregrino começou seu discurso rendendo homenagem ao ex-governador Leonel Brizola e a outro pedetista histórico, Jecy Sarmento, que apoia a sua candidatura. O candidato do PR prometeu resgatar os programas sociais lançados durante os governos Garotinho e Rosinha, como o "Cheque Cidadão", o "Restaurante Popular", o "Jovens pela Paz", as "Farmácias Populares", além de garantir que dará atenção especial à educação e à regulamentaçào do chamado transporte alternativo. Fernando Peregrino criticou a penúltima colocação obtida pelo Estado do Rio – superando apenas o Estado do Piauí – de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Prometeu também resgatar o modelo dos Cieps concebido por Brizola e Darcy Ribeiro, restaurando o tempo integral para os alunos.

O candidato do PR à sucessão estadual lembrou o vídeo exibido recentemente na internet, no qual Sérgio Cabral aparece xingando um jovem de 17 anos, morador da comunidade de Manguinhos. “O povo não é isso. Quem é otário é Cabral”, disparou Peregrino, lembrando que recentemente, Cabral comparou as mulheres grávidas, moradoras de comunidades carentes, a “fábricas de marginais”.

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