O drama de Letícia: voltam ao Rio crimes que Garotinho havia eliminado

Letícia Botelho era uma simpática menina de 13 anos. Fez aniversário ontem e saiu com a mãe no bairro onde moram, Vicente de Carvalho, para escolher um presente. Ela pediu um urso de pelúcia. Estaria em casa, à noite, celebrando o aniversário com parentes e amigos, e não num cama do necrotério do Hospital Getúlio Vargas, depois de ter levado um tiro na barriga.

Letícia foi mais uma vítima inocente do descontrole da segurança pública do Estado.

Ela e mais quatro pessoas foram atingidas por tiros disparados durante a fuga de assaltantes de banco, que haviam sido atacados por um policial à paisana.

Deu tudo errado para Letícia e para as demais vítimas inocentes do tiroteio.

Primeiro, que tenha ocorrido um assalto a banco, crime que volta a ocorrer no Rio depois de ter sido praticamente extinto durante o governo Rosinha, quando Garotinho foi secretário de segurança pública.

Em segundo lugar, Letícia e os demais atingidos foram vitimas do despreparo de um policial, que decidiu por conta própria, sem pedir auxílio, entrar em confronto com quatro bandidos armados que fugiam do banco sem levar reféns, num local de grande movimento de carros e pedestres.

Erro primário.

O policial sabia que numa situação dessas não deve dar início a um tiroteio que pode atingir inocentes. Deveria saber, pelo menos, caso tenha sido treinado.

O mais preocupante, porém, é a volta de crimes que estavam extintos: assaltos a bancos, sequestros, assaltos violentos a transeuntes, homicídio, latrocínio...

Tudo o que o período Garotinho extinguiu, o governo Cabral: da incompetência à violência.

Mais uma vida perdida para a negligência do Estado.

Moradores de Vila da Penha reclamam da rotina de violência

Assalto a banco acaba com tiroteio e cinco feridos na agência do Bradesco na Vila da Penha. Projeteis encontrados em um bazar em frente ao banco.

Foto: Carlo Wrede / AG O DIA Rio

Muitos internautas que moram na Vila da Penha e redondezas revelaram uma rotina de insegurança no bairro, onde nesta quarta-feira uma menina de 13 anos foi morta e mais quatro pessoas ficaram feridas em um assalto a banco. Em comentários em O Dia Online, os leitores contaram experiências de violência no bairro, que vive dias cada vez mais perigosos.

"Sábado passado minha filha e eu não podíamos nem sentar no ponto de ônibus de tanto sangue que havia em frente a essa mesma agencia. Ou seja, já virou rotina; Esse fato é quase em frente onde uma senhora foi brutalmente assinada no dentista a uns 30 dias", conta a internauta Aline Fonseca Soares.

"Minha querida Vila da Penha, cada vez mais famosa por seus assaltos e balas perdidas, e tem gente que enche a boca pra falar que mora lá. Já estou ficando é com vergonha de dizer isso", relata Daniel Oliveira.

Confira outros relatos sobre a violência na Vila da Penha e deixe também o seu:

"Eu ia no banco Itaú próximo ao local que aconteceu este fato. Fiquei enrolando um pouco e quando me dirigi para pagar algumas contas no Itaú me deparei com a polícia e a aglomeração de gente. É no mesmo local onde uma mulher foi assassinada dentro do dentista há algumas semanas atrás. Nós estamos entregues a própria sorte e ainda tem gente que defende marginal. Tem que ter pena de morte para estes casos. Meu coração está triste pela mulher e pela criança morta, pois vira e mexe eu passo no mesmo local com meus dois filhos para ir ao banco Itaú. DEUS nos proteja pois estamos entregues a própria sorte".

Wallace Sales da Silva

"Para relembrar um fato que aconteceu a poucos meses no local: um policial civil foi morto na localidade. Será que não está na hora de colocar uma viatura no local pois é alvo de marginais? Vale lembrar que vi várias viaturas correrem para o local porém falta plano estratégico para quando um evento destes acontercer".

Mauricio Silva da Rocha Ferreira

"Eu moro lá!!!!! Cada dia o bairro está pior... Ou é tiroteio nos morros atrás do Olimpo (a qualquer hora, qualquer dia da semana), ou recentemnte policial morto em saidinha de banco, alguns dias atrás uma mulher morta dentro do consultório do dentista e agora mais uma tragédia... Costumo frequentar esta loja com minha filhinha nos fins de semana.. Onde vamos parar??? Quaado será tomada alguma atitude??? Só Deus pode nos ajudar!!!!!!"

Vania Mauricio

"Moro na Praça do Carmo. Gostaria de saber do Comandante do 16º Batalhão a estratégia de uma viatura ficar parada ao lado de um cartório na Av. Bras de Pina na Praça do Carmo? Do lado oposto ficam os Bancos, Itaú, Bradesco,Real,Brasil e Caixa. Uns dias atrás um policial foi assassinado na saída do banco Itaú, a Polícia estava do outro lado, mataram uma mulher numa clínica na Av. Vicente Carvalho, agora um assalto ao Bradesco na mesma rua com vitímas. Não estou entendento a presença da Polícia num local onde nunca houve assaltos..."

Ademil Ferreira Gaspar

"Eu ja estou de saco cheio em morar na Vila da Penha, ou melhor dizer no Rio de Janeiro, moro na Vila da Penha há 27 anos, e desde que eu nasci sempre teve roubo de carro por lá e a nossa querida vereadora Rosa Fernandes, sabe muito bem disso e não faz p.... nenhuma, só aparece na época das eleições, e por isso que não voto em ninguém. No sábado mesmo tiver que sair correndo, pois quando estava indo ao supermercado com minha mãe vieram dois vagabundos e roubaram o carro do meu vizinho, saí correndo para não levar bala na cara."

Tatiana Arantes

"Quando eu vim morar na vila da Penha há 15 anos todos faziam chacota do meu amado Xerém e de Vigário Geral; hoje eu prefiro voltar para Xerém ou comprar um barraco em Vigário; Isso aqui virou um inferno !!! Ainda tem malandro querendo vender apartamento por 280 mil erais, em um lugar que não tem segurança, as calçadas são dos carros, mendigo e criança de rua pra todo lado."

Aline Fonseca Soares