Agência de Transportes não acredita que Sérgio Cabral conseguirá reduzir a violência no Rio

A Agência Nacional de Transportes não acredita no plano de segurança da dupla Cabral/Beltrame. A conclusão é do jornalista Eucimar de Olveira, em análise hoje no site YouPode.

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A violência e o trem-bala
// Postado por Eucimar de Oliveira

A matéria mais instigante e talvez a menos explicativa e, portanto, a mais incompleta dos jornais cariocas nesta quinta-feira está em O Globo. Trata-se da informação de que o sonhado trem-bala (ligação Rio- São Paulo) terá todo seu trajeto em área subterrânea na região metropolitana. Não por uma questão facilidade técnica, mas devido à violência. É o que diz a Agência Nacional de Transportes. E nisso ficou a reportagem.

Ora, construções embaixo da terra devem custar, no mínimo, o dobro daquelas feitas na superfície. Mas o jornal não informa em quanto esta imposição da violência tomará dos cofres públicos. Talvez bem mais do que os 340 milhões estimados pela secretaria de Segurança para erradicar o tráfico das favelas do Rio de Grande Rio.

O jornal também não parece acreditar na promessa do governo estadual de que a ação dos bandidos nestes lugares hoje perigosos vai acabar em algum tempo. Como o trem-bala é apenas para as Olimpíadas de 20′16, daqui a sete anos, seria razoável supor que este prazo é suficiente para o plano Beltrame-Cabral estar plenamente em vigor. Mas parece que a Agência de Transportes não leva isso em conta, pelo menos não foi indagada sobre o tema.

Talvez se baseie em publicações importantes como o anuário de Segurança, que indica um investimento maior na segurança do Rio nos últimos anos e uma paradoxal contrapartida: o crescimento do número de homicídios.O leitor de O Globo também se ressente de uma chamada na primeira página sobre a manobra parlamentar do presidente colombiano Álvaro Uribe que viu aprovada no parlamento uma consulta popular para o seu terceiro mandato, uma tentativa de se perpetuar no poder, como o jornal sempre tratou os plebiscitos chavistas.

O assunto sequer aparece nas páginas do Extra e de O Dia, não muito afeitos a questões de maior complexidade da política internacional. Mas não é razoável que também não tenha sido tratado pelo Jornal do Brasil.

1 Comente aqui:

Kadu disse...

Nem eu acredito que a dupla vai acabar com a violência. Não há plano algum