No violento Rio de Cabral e Beltrame, população se protege com seguros de acidentes pessoais

Para o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o Rio não é violento. Já para o (des) governador Sérgio Cabral, o Rio vive "tempos de paz". Mas a população sabe que o Rio hoje vive um caos na violência e já procura soluções isoladamente. A população do Rio agora se rende aos seguros de acidentes pessoais (violência), que se tornou um dos mais vendidos segundo o Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro do Rio.


Vejm abaixo trecho da reportgem do jornal O Dia.

Cidade em que bala perdida foi eleita o maior pavor dos moradores, o Rio alimenta um mercado de vendas de seguros de acidentes pessoais que cresce no mesmo ritmo das rajadas de fuzis ouvidas rotineiramente no município. De acordo com o presidente do Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro do Rio (Sincor-RJ), Henrique Brandão, esse produto tornou-se um dos mais vendidos pelos mais de 100 bancos e seguradoras que atuam no estado. Segundo ele, esse plano — que cobre ferimentos por bala perdida — cresceu 34% no Rio, contra 28,36% em todo o País, em média. Esse mercado do medo movimenta R$ 110 milhões.
“Os problemas sociais transformaram os cariocas em reféns da insegurança coletiva, fazendo-os adquirir cada vez mais essa cultura de ter seguros de acidentes ou de vida”, afirma Brandão. Ele ressalta que as seguradoras passaram a oferecer planos para todas as classes: “Há mensalidades de R$ 5 a R$ 10 mil, com prêmios de R$ 10 mil a mais de R$ 1 milhão”.
Para chamar a atenção de clientes em potencial, algumas instituições, como o Banco Mercantil do Brasil, incluíram expressão ‘bala perdida’ em suas propagandas na Internet. Outras, usam o argumento na busca de segurados pelo telefone.
A designer gráfica Patrícia Alves se surpreendeu com a abordagem do corretor de um banco que lhe telefonou na semana passada. “Ele me perguntou se eu não estava interessada num seguro de acidentes pessoais que cobria até incidentes com bala perdida. Pensei comigo: ‘meu Deus, a que ponto chegamos!’”, comentou a designer. Ela recusou a proposta porque mora no Sul Fluminense, bem mais tranquilo que a capital.
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