Assim como na semana passada, a Justiça do Rio ficou ao lado da população e contra o prefeito filhote de Cabral, Eduardo Paes, na briga pela criação da taxa de iluminação.
Juiz proíbe prefeito de criar taxa de luz
Decisão que impede publicação da lei foi entregue na residência oficial
POR MARIA MAZZEI
Rio - Ontem à noite, a Justiça proibiu o prefeito do Rio, Eduardo Paes, de publicar no Diário Oficial de hoje a lei que cria a taxa de iluminação pública no município, a Cosip. O novo imposto chegou a ser sancionado por Paes na quinta-feira à noite, mas uma liminar judicial suspendeu, horas depois, a sessão extraordinária da Câmara de Vereadores que havia aprovado o projeto de lei que cria a taxa.
Na sexta-feira, Paes afirmou que, como não havia sido notificado, publicaria o ato no Diário Oficial do Município de hoje. Mas, no mais recente capítulo deste cabo de guerra, o juiz Carlos Alberto Machado, do plantão judiciário, decidiu que o projeto de lei, aprovado há uma semana e meia, “está maculado por vício insanável” e determinou que um oficial de Justiça fosse até a casa do prefeito ainda ontem.
O magistrado confirmou a decisão liminar da 7ª Vara de Fazenda Pública, que, quinta-feira passada, considerou que a tramitação do projeto desrespeitou o regimento interno da Câmara. A sessão extraordinária ocorreu, segundo o texto, “de forma clandestina”, por ter acontecido sem publicação prévia em Diário Oficial.
Autor da ação civil pública com o pedido de liminar, o advogado Vitor Travancas foi quem entrou ontem com novo requerimento no plantão judiciário. “Em matéria publicada sábado no jornal O DIA, eu soube que o prefeito Eduardo Paes estava ignorando a decisão e iria publicar no D.O. Então procurei a Justiça de plantão”, contou o advogado.
Ontem à noite, a oficial de Justiça Cristine Pestano foi até a Gávea Pequena, residência oficial do prefeito Eduardo Paes, para notificá-lo formalmente da decisão. Segundo os seguranças, ele não estava em casa. O documento foi deixado com empregados.
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