Veja denuncia o faroeste olímpico antes mesmo de ser construída a Vila para os Jogos

Atenção Eduardo Paes e Sérgio Cabral - os dois que nuncam sabem de nada sobre o que se passa no Rio de Janeiro: a revista Veja dessa semana alerta sobre o processo de grilagem que ronda a Cidade Olímpica.

Depois não digam que não foram avisados. Trecho da reportagem abaixo:

Faroeste olímpico
A ocupação ilegal de terras na área vizinha à sede da Olimpíada no Rio é um obstáculo para que a cidade se desenvolva com os Jogos.

Antes de 2016, ano da Olimpíada, o Rio de Janeiro precisa dar fim a um problema que perdura há décadas, e só piora: na região em torno da futura sede olímpica, na Zona Oeste da cidade, impera a mais completa desordem urbana.

Um levantamento sobre a área, com base em dados da prefeitura, revela não apenas a existência de dez favelas, que ali proliferam livremente, como também a de 191 condomínios de classe média em que 8 000 pessoas residem, a maioria sem pagar sequer IPTU. Sob o olhar complacente do poder público, boa parte dessas casas é abastecida de água e luz por meio de ligações clandestinas.

Trata-se de um retrato acabado de anos a fio de domínio da região por quadrilhas de grileiros. No controle da área, que equivale a três vezes a de Copacabana e se estende por quatro bairros, eles chegam a circular armados, em plena luz do dia, sem que nenhuma autoridade coíba sua ação – cena de faroeste.

À base da força, os bandidos vão se apoderando dos terrenos, que passam adiante a preços de mercado, como se o negócio fosse legal.


É justamente a não mais que cinco minutos de carro dali que será erguido o maior dos quatro polos com instalações olímpicas no Rio – com quatro estádios, centro de imprensa e alojamento para os atletas.

Arquiteto responsável pelos projetos de infraestrutura nos Jogos de Barcelona, em 1992, o catalão Lluís Millet lança luz sobre as consequências do caos vizinho ao polo: "Além de insegurança, a desordem representa um obstáculo para que o Rio se desenvolva com a Olimpíada".

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