Postes do Rio, de Eduardo Paes, ficam com as luzes acesas em pleno dia. No final do mês chega a taxa, ilegal, para os cariocas

A cobrança da ilegal taxa de luz do prefeito Eduardo Paes não é esquecida pela administração municipal, mas parece que a memória anda falhando quando a questão é apagar as luzes. O jornal Extra desta quarta-feira traz reportagem com flagrantes de desperdício de luz em vários bairros do Rio.

Leiam abaixo a íntegra:

Dia claro, 15h15m da tarde de terça-feira. Na altura do prédio do Centro Administrativo da Prefeitura do Rio, em plena Avenida Presidente Vargas, três altos postes já estão com as luzes acesas, desnecessariamente. O desperdício não é uma exceção.

O EXTRA encontrou vários pontos na cidade onde a situação se repete, a despeito de a prefeitura sustentar que precisa de mais recursos para melhorar a iluminação pública — razão pela qual instituiu mais uma taxa para o carioca.

Na Tijuca, é possível ver algumas ruas com mais de um poste com as lâmpadas acesas de dia. É o que acontece na Rua Barão de Mesquita: em frente ao número 59 e ao número 769, por exemplo.

— Essa luz fica acesa o dia todo, todos os dias, há anos. A síndica já reclamou na Rio Luz, mas não adianta nada — diz o aposentado Jorge Dias Arouca, de 86 anos, que mora no edifício 769 da Rua Barão de Mesquita.

No trajeto para o Méier a cena se repete nas ruas Uruguai, General Canabarro, Praça Afonso Pena... Na Rua Arquias Cordeiro, em Engenho de Dentro, na altura da Rua Piauí, uma situação inusitada: um poste fica com a luz acesa de dia, e o seu vizinho, com a luz apagada à noite:

— Todo dia é essa luz acesa. É a gente que paga, né? O pior é que à noite o outro poste ao lado, que fica bem em frente à minha empresa, fica apagado. Tive que mudar meus hábitos e sair mais cedo do trabalho, para não ser assaltado — disse o comerciante Bruno Sender, de 50 anos.


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