Dia claro, 15h15m da tarde de terça-feira. Na altura do prédio do Centro Administrativo da Prefeitura do Rio, em plena Avenida Presidente Vargas, três altos postes já estão com as luzes acesas, desnecessariamente. O desperdício não é uma exceção.
O EXTRA encontrou vários pontos na cidade onde a situação se repete, a despeito de a prefeitura sustentar que precisa de mais recursos para melhorar a iluminação pública — razão pela qual instituiu mais uma taxa para o carioca.
Na Tijuca, é possível ver algumas ruas com mais de um poste com as lâmpadas acesas de dia. É o que acontece na Rua Barão de Mesquita: em frente ao número 59 e ao número 769, por exemplo.
— Essa luz fica acesa o dia todo, todos os dias, há anos. A síndica já reclamou na Rio Luz, mas não adianta nada — diz o aposentado Jorge Dias Arouca, de 86 anos, que mora no edifício 769 da Rua Barão de Mesquita.
No trajeto para o Méier a cena se repete nas ruas Uruguai, General Canabarro, Praça Afonso Pena... Na Rua Arquias Cordeiro, em Engenho de Dentro, na altura da Rua Piauí, uma situação inusitada: um poste fica com a luz acesa de dia, e o seu vizinho, com a luz apagada à noite:
— Todo dia é essa luz acesa. É a gente que paga, né? O pior é que à noite o outro poste ao lado, que fica bem em frente à minha empresa, fica apagado. Tive que mudar meus hábitos e sair mais cedo do trabalho, para não ser assaltado — disse o comerciante Bruno Sender, de 50 anos.
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