Mantra de campanha era só isso: mantra de campanha

O site Youpode, independente, revela o que a maioria da população está sentido na pele: a propagada cooperação União/Estado/Município não vem funcionando como foi anunciada e pela população é desejada.

Esse mantra das campanhas eleitorais de Sérgio Cabral e Eduardo Paes foi repetido à exaustão.

Exaustos estão agora os cariocas e fluminenses que sofrem com o descaso dos dois governantes em relação ao combate eficaz da gripe suína, com a má conservação dos trens e barcas, com o caos no trânsito. Enfim, com o total desleixo que governam.

Paes, a bem da verdade, ainda circula e aparece em hospitais. Cabral nem nisso. É o medo das vaias, que o faz cancelar eventos públicos.

No fim de semana, por exemplo, iria à Baixada, que ele nem conhece. Não foi. Estava com unha encravada.

Ele machucou o dedo do pé ao tropeçar no pé do Pateta na sua última e recente viagem à Disney

Leia nota do site

Resistente à gripe
Nos humanos, a chamada gripe do porco pode causar menores ou maiores danos à saúde. Nem todos os organismos têm a mesma capacidade de resistência. Alguns reagem melhor e outros custam mais a responder. Parece que no jornalismo dá-se o mesmo, pelo menos na cobertura da epidemia que assola o país e mostra, no Rio de Janeiro, descoordenação entre as autoridades de saúde. A propagada cooperação União/Estado/Município não vem funcionando como foi anunciada e pela população é desejada. Os casos gritantes são mostrados com muito mais evidência e profundidade por O Dia.

Há algumas edições, ao contrário de seus concorrentes, o jornal revelou o cipoal burocrático que existe para o Tamiflu, antiviral essencial no tratamento, seja ministrado aos pacientes. O sujeito está doente, o médico diagnostica, um funcionário da Secretaria de Saúde pega uma moto, um ônibus, uma bicicleta, não se sabe o quê, e vai a um depósito com um papel pedir o remédio. Perde algumas horas nisso para só então voltar com a medicação, que, sabe-se deve ser dada de imediato.

Nesta terça-feira, O Dia revela também, e só ele, o drama de uma grávida (talvez já sejam mais de 60 infectadas no Rio) que precisou de auxílio policial para ser atendida no hospital Miguel Couto. Os demais jornais estão passando ao largo das histórias humanas, dos dramas, dos casos que realmente expõem como o combate à epidemia está sendo conduzido.

Também O Dia, mesmo que em pequena nota, noticia que o disque-gripe, o serviço de atendimento telefônico lançado pelo estado com enorme atraso, teve problemas de atendimento tal a demanda. Era previsível. Globo, Extra ignoram. O JB diz ter testado o serviço e o considerou satisfatório. Deveria fazê-lo ao longo de todo o dia e não apenas num pequeno período de tempo.

Ao Extra, o mérito de ter descoberto ser 0800-2810100 o telefone do disque-gripe, que no domingo já era de conhecimento de outros jornais

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