Depois dos muros de Cabral e das câmeras estilo big brother que estão sendo instaladas na comunidade do Dona Marta, a população local se revolta agora com a falta de iluminação pública nos becos, vias e escadarias do morro.
Leiam o que escreveu o jornalista Eucimar Oliveira no blog You Pode a respeito da reportagem (mais abaixo) do Jornal do Brasil sobre a péssima iluminação do Morro Dona Marta.
A jóia não brilha tanto
// Postado por YouPode
A jóia da coroa da política de segurança do governo Sérgio Cabral não reluz tanto quanto tentam fazer crer alguns jornais. Pela terceira vez em poucos meses, o Jornal do Brasil, num notável trabalho de seus repórteres, mostrou que há ainda muita coisa errada e fora de ordem naquele showroom midiático chamado Morro Dona Marta, apresentado aos quatro cantos como uma vitoriosa estratégia contra o tráfico.
O Dona Marta foi a primeira favela a ser ocupada pela polícia e cercada com muros altíssimos.. A primeira em mil. Depois vieram mais três e ainda faltam 996. Ao ritmo de 10 ao ano, pode ser que em mais dois séculos todas já tenha entrado no plano de pacificiação.
Há tempos, o jornal noticiou que as ações do tráfico no Dona Marta continuam. Foram modificadas apenas e forma como agem os bandidos e os viciados. No lugar dos fuzis exibidos ostensivamente, discrição e um serviço de delivery para os consumidores. Depois disso, o JB registrou o aborrecimento dos moradores do local com a instalação de um cenário big brother no local, onde todos podem ser observados por diversas câmeras.
Na reportagem desta sexta-feira, sabe-se, pela narrativa do repórter Caio de Menezes, que a bisbilhotice já nem incomoda tanto mais os habitantes do Dona Marta. As câmeras, tanto quanto eles, sofrem com a precariedade de iluminação nas vielas e becos do local. Sim, o Dona Marta anda meio às escuras. O serviço público essencial não chegou por lá nesta área. Ruim para moradores, para a vigilância policial e bom para quem quer praticar alguma ação ilícita.
Não há luz na quadra (as peladas noturnas foram suspensas) e a escuridão não traz o silêncio para ajudar a dormir. Uma moradora reclama que constantemente na sua porta, uma pessoa, sem enxergar um palmo à frente, tropeça, cai, se machuca, xinga e faz um barulho enorme ao reclamar de tudo e de todos. Outra moradora, que teve sua nova casa construída no governo anterior, revela que há anos um poste de iluminação na sua porta está com a lâmpada queimada. E a Rio Luz não aparece para o conserto.
A Light andou por lá distribuindo geladeiras econômicas. A imprensa bateu o bumbo. Mas onde está a iluminação pública tão essencial à vida de qualquer comunidade? Quem responde? A empresa, o governo estadual, a prefeitura?
O Dona Marta, durante os folguedos de ocupação, primeira página de todos os jornais por vários dias, ganhou até um sistema wi-fi (sem fio) de Internet. Só que governo e jornais se esqueceram de um pequeno detalhe: não há sistema de iluminação wi-fi, sem os fios que foram arrancados pelas autoridades.
Segundo relato de moradores, há locais no Morro Dona Marta onde não é possível se enxergar um palmo à frente e muito menos que as recém-instaladas câmeras captem alguma imagem.
Leiam o que escreveu o jornalista Eucimar Oliveira no blog You Pode a respeito da reportagem (mais abaixo) do Jornal do Brasil sobre a péssima iluminação do Morro Dona Marta.
A jóia não brilha tanto
// Postado por YouPode
A jóia da coroa da política de segurança do governo Sérgio Cabral não reluz tanto quanto tentam fazer crer alguns jornais. Pela terceira vez em poucos meses, o Jornal do Brasil, num notável trabalho de seus repórteres, mostrou que há ainda muita coisa errada e fora de ordem naquele showroom midiático chamado Morro Dona Marta, apresentado aos quatro cantos como uma vitoriosa estratégia contra o tráfico.
O Dona Marta foi a primeira favela a ser ocupada pela polícia e cercada com muros altíssimos.. A primeira em mil. Depois vieram mais três e ainda faltam 996. Ao ritmo de 10 ao ano, pode ser que em mais dois séculos todas já tenha entrado no plano de pacificiação.
Há tempos, o jornal noticiou que as ações do tráfico no Dona Marta continuam. Foram modificadas apenas e forma como agem os bandidos e os viciados. No lugar dos fuzis exibidos ostensivamente, discrição e um serviço de delivery para os consumidores. Depois disso, o JB registrou o aborrecimento dos moradores do local com a instalação de um cenário big brother no local, onde todos podem ser observados por diversas câmeras.
Na reportagem desta sexta-feira, sabe-se, pela narrativa do repórter Caio de Menezes, que a bisbilhotice já nem incomoda tanto mais os habitantes do Dona Marta. As câmeras, tanto quanto eles, sofrem com a precariedade de iluminação nas vielas e becos do local. Sim, o Dona Marta anda meio às escuras. O serviço público essencial não chegou por lá nesta área. Ruim para moradores, para a vigilância policial e bom para quem quer praticar alguma ação ilícita.
Não há luz na quadra (as peladas noturnas foram suspensas) e a escuridão não traz o silêncio para ajudar a dormir. Uma moradora reclama que constantemente na sua porta, uma pessoa, sem enxergar um palmo à frente, tropeça, cai, se machuca, xinga e faz um barulho enorme ao reclamar de tudo e de todos. Outra moradora, que teve sua nova casa construída no governo anterior, revela que há anos um poste de iluminação na sua porta está com a lâmpada queimada. E a Rio Luz não aparece para o conserto.
A Light andou por lá distribuindo geladeiras econômicas. A imprensa bateu o bumbo. Mas onde está a iluminação pública tão essencial à vida de qualquer comunidade? Quem responde? A empresa, o governo estadual, a prefeitura?
O Dona Marta, durante os folguedos de ocupação, primeira página de todos os jornais por vários dias, ganhou até um sistema wi-fi (sem fio) de Internet. Só que governo e jornais se esqueceram de um pequeno detalhe: não há sistema de iluminação wi-fi, sem os fios que foram arrancados pelas autoridades.
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